Capítulo VII

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— Sentiu minha falta, peggyzinha? — Alena não estava respirando direito, e tossiu cinco vezes ao falar. O tempo não foi nada favorável com ela, estava com a aparência de alguém velho e completamente acabada. — Então, como eu estou? — Alena sempre se gabava da sua beleza jovial, e tendeu a não perder o costume.

— Está velha. — A resposta já estava na ponta da língua. Carter deu alguns passos para frente, adentrando a sala, deixando a Natasha parada no porta. Tinham que ficar de olho nos corredores, para o caso de algum agente inimigo se aproximar. — Onde está aquela sua beleza maravilhosa? — Peggy estava tão focada nos olhos verdes da mulher, que se esqueceu de analisar o ambiente.

— Minha beleza deixou de importar, depois que minha missão aqui no mundo foi cumprida. — Alena apoiou-se no canto da cama velha e com dificuldade, pôs-se em pé. — Fazer você sofrer.

Peggy cerrou os punhos, e se segurou para não bater na mulher. Ela já vem tendo alguns flashbacks do passado, e agora, eles estão sendo cada vez mais constantes.

"— Você é só uma garotinha assustada, que se encolhe no canto da cama e chora a noite inteira. — Alena ditou com um sorriso nos lábios. Carter de fato chorava todas as noites, pois a dor que sentia ia além da física."

Ela respirou fundo, e por alguns segundos tirou as suas atenções da mulher. Olhou para todos os cantos, e notou que Natasha ainda estava ali, e que ela havia decidido não se meter na conversa. O quarto era sujo e precário. Havia duas camas velhas, e um ou dois cobertores sobre o colchão. Ao avistar a segunda cama, Peggy se viu intrigada para saber de quem era.

Olhou para o outro canto, um que estava mais escuro que o normal e a lâmpada de cima estava queimada. Havia alguém, que estranhamente era conhecido, encolhido no canto. Assim que a pessoa percebeu que estava recebendo todas as atenções da Peggy, pôs-se em pé em menos de dois segundos.

Assim que o rosto do homem se tornou visível para ela. Peggy deu dois passos recuando para trás, e arregalou os olhos. Não fazia sentido. Ele não poderia estar ali, diante dela. Sorrindo de modo debochado, como se estivesse feliz com aquele momento. Peggy sentiu o medo correndo pelas suas veias e teve que pensar rápido no que fazer.

— Sentiu minha falta?

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Do outro lado da base, Daisy, Steve e Camila se separaram, indo cada um para um lado. Steve foi para o lado oeste com o escudo em mãos, e esperto. A única coisa que ele quer, é entender o que está acontecendo e jurou para si mesmo que não vai embora até que isso se concretize.
Steve tivera que lutar com dois homens armados, mas não teve muita dificuldade ao fazer isso. Fora relativamente fácil. Rogers não sabia para onde estava indo, ele só queria encontrar algo que pudesse lhe abrir mais os olhos para compreender o que está acontecendo. Ao virar no corredor esquerdo, ele ficou frente a frente com o que parecia ser, uma agente da Hidra. A mesma parou bem no meio do corredor, e deixou que fosse impossível qualquer pessoa passar por ele. Ela franziu a testa e olhou Rogers de cima abaixo.

— O que está fazendo fora do quarto? — ela tocou no rádio que estava em sua cintura, já preparada para chamar reforço. — Cadê a Alena?

— Cadê quem? — ele arrumou o escudo em suas mãos, o prendendo no braço e fitou a mulher com expressões um tanto quanto confusas.

— Agora a madame vai se fazer de desentendida? — ela tirou a mão do rádio e abriu um sorriso de canto. Ela deu dois passos em direção ao homem, já preparada para lutar com o mesmo.

Rogers decidiu não usar o escudo, e o prendeu nas costas, colocando os pulsos para cima. A mulher fez a mesma coisa, e se aproximou mais dele. Direcionou uma sequência de três socos, e dois chutes nele, sendo que apenas um acertou a face do mesmo. Steve não queria revidar, mas se viu obrigado a fazer. Devolveu com dois socos, e um chute lateral, apenas para que pudesse afastar a mulher de si.

— É sério que você não vai desistir? — Ela se recompôs rapidamente e ergueu os punhos. — Quantas vezes já tentou fugir e falhou? Por que acha que dessa vez vai dar certo?

— Pode por favor me explicar o que está acontecendo? — Rogers abaixou as duas mãos, mostrando que não queria mais lutar. Foi nesse momento, que a agente se deu conta de que aquele homem que estava ali, não é o mesmo que fica trancado em um quarto com a Alena. Ela franziu a testa, e fez os mesmos movimentos com a mão o imitando.

— Como foi que entrou aqui? — indagou. Mas, Steve não teve a chance de responder pois um som agudo tomou conta do ambiente. Era o grito de uma mulher, que logo a garota reconheceu ser o da Alena.

Ela correu em direção a fonte do barulho e deixou Rogers para trás sem se importar com ele. Ao chegar perto da sala, viu Natasha - a mulher que havia colocado lá dentro junto com a Peggy. Ela parecia estar fazendo a segurança do local, e estranhou o momento.

— O que está acontecendo? — Danyela, a agente que anteriormente estava lutando com Steve questionou. Danyela é uma agente infiltrada que sua mãe a ajudou a fugir, e a garota decidiu continuar ajudando a mulher. Algumas vezes, a hidra esteve perto de encontrar a Carter, mas graças a Danyela não encontrou.

Ao adentrar a sala, notou que Rogers estava de joelhos no chão e Peggy pressionava seu pescoço com toda a força, e se quisesse poderia quebrá-lo se quisesse. Ela estava cerrando os dentes, pressionando a mandíbula com ódio. Alena, estava no chão do outro lado quarto berrando, com uma fratura exposta na perna. Alguma coisa parecia ter dado bem errado lá dentro, e algo pior estava prestes a acontecer.

— Você vai me dizer, exatamente o que está acontecendo aqui! — Peggy apertou mais forte o pescoço do Rogers, e ele estava ameaçando desmaiar. Aquilo estava sendo, no mínimo, insano. Danyela havia acabado de conversar com Steve em outro corredor e agora ele está ali, sendo enforcado pela Carter. Natasha avistou Steve correndo em direção a ela, e franziu a testa confusa. Ninguém estava entendendo nada.

— Você… — ele deu dois tapas nas mãos de Peggy, e ela cedeu um pouco apenas para deixá-lo falar. — Foi tão idiota! Você realmente acreditou que eu era ele, em todos aqueles anos. — O homem ajoelhado no chão, sentiu os dedos da Peggy se afastarem de seu pescoço e deixou seu corpo ir para o chão. O homem apontou para Steve, que havia adentrado o quarto junto com Natasha.

A inglesa olhou para a porta, e notou que haviam dois Steve Rogers dentro da sala. Um, que ela havia lutado contra horas antes e outro, que havia passado mais de trinta anos torturando-a. A confusão em sua mente era completamente compreensível.

— A hidra não conseguiu colocar as mãos no verdadeiro Capitão América, e por isso, ela criou outro. — ele se arrastou até a parede mais próxima, e tentando voltar a respirar normal, se encostou nela. — Todos os arquivos, estão enterrados bem longe daqui.

A essa altura, Alena já havia parado de gritar mas a dor de estar com a perna quebrada ainda era presente. Natasha não estava sabendo o que fazer, o verdadeiro Steve observou tudo com os olhos arregalados e incrédulo por conta do que acabara de ouvir.

Peggy não tinha mais nada para falar, e se fosse pensar em agir, iria matar Alena e o falso Steve sem pensar nas consequências. Ela olhou para o verdadeiro Rogers, relativamente arrependida por ter batido nele. Natasha, que estava ao seu lado, estava parada no lugar sem saber o que fazer. Carter colocou as duas mãos no bolso, e saiu da sala sem olhar para trás.

Sua vida nunca foi muito certa, e agora, o pouco de estabilidade que tem acabou de ser abalada.

>Essa cap ficou menor e eu peço desculpas.
>Talvez não tenha ficado bem claro sobre o que aconteceu com a Peggy, mas o próximo será focado nisso.
>jeansxmaxine prometo que juro que no próximo vai ter aquilo RSRS.

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