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A ideia de ir num evento de Park Jinyoung já nao era convidativa para Hyungwon, somar Yoo Kihyun compartilhando a limosine com ele era o ápice de seu nivel de paciência. Ele simplesmente não aguentava ficar junto dele sem que algo saísse do controle.

A verdade é que a relação de Hyungwon e Kihyun era muito complexa — ou muito simples, dependendo de como você considere — pois, ao mesmo tempo em que eles pareciam se odiar, dava para ver a estranha cumplicidade que existia ali, bem no fundo de toda aquela névoa de caos.

A última vez em que eles se encontraram foi, há 4 meses atrás, no dia em que Kihyun foi apresentado como novo contratado da Starlight.

Durante a reunião de apresentação havia um clima pesado rondando Hyungwon, e todos notavam o quão irritado ele estava com a presença de Kihyun ali.

E quando o chefe, Lee Jooheon, os chamou para uma conversa privada o clima só pesou mais.

Alguns achavam que eles interpretavam um papel para a mídia, mas isso estava longe de ser verdade. E nem a mídia conhecia o princípio daquilo tudo, e como poderia quando ninguém verbalizava sobre ou sequer o fato de que eles se conheciam desde antes da fama

— Olha — Kihyun falou, quando Jooheon os deixou sozinhos em sua sala, se levantando da poltrona — Eu sei que nunca estivemos em bons termos e tudo o mais — Ele falou, se aproximando da poltrona onde Hyungwon estava sentado — Mas sabemos que há algo entre nós dois, algo atrativo. E se você estiver interessado em descobrir o que é, eu estou mais que disposto — Kihyun falou, sem papas na lingua, colocando as mãos de cada lado de Hyungwon e se inclinando para mais perto de Hyungwon, seus rostos se aproximando. — E ai, topa?

Kihyun sempre foi do tipo de cara que era direto ao que queria, nunca usava eufemismo para se expressar. Para alguns, aquilo poderia ser visto como algo negativo, mas era exatamente isso que Hyungwon achava tão sexy com respeito a ele.

Eles se olhavam nos olhos, estudando um ao outro. O fogo de desejo brilhava mais uma vez em seus olhos.

A lingua de Kihyun se aventurou por entre seus lábios, molhando seus avermelhados lábios. O movimento havia atraído a atenção de Hyungwon que, como uma cobra seduzida pelo som da flauta, se aproximou do outro, acabando com o espaço que havia entre eles.

Suas respirações se fundiram. Os olhos se fecharam e os lábios se colaram em um beijo violento, agressivo. Intenso.

As mãos de Kihyun agarraram as roupas de Hyungwon, o puxando mais para si, querendo acabar com o espaço entre seus corpos e Hyungwon o puxou pelas coxas, o obrigando a se sentar em seu colo, mas não duraram muito tempo nessa posição. Pois Chae se ergueu, ainda com Kihyun em seu colo e o colocou sobre a mesa de Jooheon, jogando os livros, e objetos decorativos que o outro tinha sobre a mesa, no chão. 

Hyungwon levou suas mãos para as roupas de Yoo, retirando o paletó e jogando longe a peça, logo levando as mãos para a propria camisa e se livrando ao retirá-la por cima da cabeça.

Kihyun sorriu, olhando para Hyungwon e o puxou para um novo beijo, a sua lingua penetrando na boca do outro e tomando espaço, explorando e sentindo o sabor do outro, o gosto do café recem tomado na reunião apenas deixando as coisas mais inebriante.

Chae quebrou o beijo e o empurrou, obrigando a se deitar na superficie de madeira maciça e subiu em cima da mesa também, ficando por cima de Kihyun. Ele o observou por um instante, admirou a beleza de Kihyun por um momento.

Yoo Kihyun é um cara belo, mas naquele momento com os lábios tão vermelhos pelo beijo, o cabelo bagunçado apontando para todos os lados e os olhos sedutores ele estava estonteante.

Fora nesse dia em que Hyungwon assinou o pacto com o demônio, provando de sua carne e se embriagando pela luxuria do pecado.

Agora, olhando para ele depois de quatro meses, estando com ele em um espaço tão pequeno, fazia algo em seu estômago se contorcer e os dedos formigarem.

Hyungwon olhou para a janela querendo evitar olhar para Yoo e ignorar aquelas sensações. O veículo já estava em movimento, os prédios passando como borrões. Chae não sabia quanto tempo levaria para chegarem no lugar do evento, mas sabia que a tortura só havia começado quando sentiu uma mão em sua coxa e uma respiração bater em seu pescoço, arrepiando sua pele.

Kihyun havia se movido sorrateiramente, sem fazer qualquer barulho, como uma raposa esperta preparada para atacar sua presa inocente. Ele havia achado graça como Hyungwon estava agindo e não pôde evitar se aproximar para um teste. Ele havia achado que os dois haviam superado essa fase de aminimigos, mas o que esperar de Chae Hyungwon senão o inesperado.

— Está tentando me evitar? — Kihyun perguntou, sentado meio de lado para observar completamente Chae. Sua mão esquerda fazendo um carinho na coxa esquerda de Hyungwon, movendo-a para cada vez mais perto do membro do outro.

— O que você está fazendo?

— Tentando ser civilizado e conversar com meu colega de limosine.

— Tem certeza que você está tentando ser civilizado?

— Claro. Sou de uma familia conservadora, levamos a sério os bons modos — Kihyun falou em um tom sério. Mas como levar a sério aquelas palavras quando seus longos dedos de pianista estavam agora passeando bem perto do falo do outro.

Chae virou parcialmente o tronco, um sorriso divertido nos lábios. Seus olhos se encontraram com os de Kihyun que o olhava desafiador, com a sobrancelha — a que tem uma sexy pinta pouco acima — erguida.

— Familia conservadora? Você é o cara mais libertino que conheço.

— Minha família é... Nunca disse que eles foram bons em transmitir seus valores... — Kihyun falou abrindo um sorriso que exibia todos seus dentes e deixava seus olhos diminutos, o que apenas o deixava mais bonito e atrativo. Hyungwon observou o outro por completo, seu cabelo estilizado para deixá-lo impecável, exibindo sua testa, seu traje caro, sua maquiagem que o deixava tao perfeito quanto uma boneca.

Seus olhos pairaram sobre os labios de Kihyun, que estavam tão rosados e brilhantes por causa do liptint e gloss.

Ah, como Hyungwon queria bagunçar a aparência de boneca de Yoo.

— Vamos, Wonie — Kihyun falou em um tom provocativo, sua mão deixando a coxa de Hyungwon para subir lentamente por seu tronco plano, dando tempo para que Chae reagisse ou deixasse levar — Você quer tanto quanto eu... — Yoo falou levando sua mao para o pescoço do outro. Ele sentiu quão tenso estava o esternocleidomastóideo e como a pulsação estava alta sob seus dedos.

Seus dedos foram até a nuca de Chae.

Seus olhos nunca desviaram dos do outro, o que permitiu Kihyun ver quando as pupilas de Chae dilataram quando seus dedos se fecharam entre os fios de seus longos cabelos.

Kihyun abriu a boca, para continuar com a provocação, mas antes que ele pudesse continuar Chae acabou com o espaço que havia entre eles, pressionando seus cheios lábios contra os mais finos. Logo suas linguas se chocaram e Kihyun deixou o banco para se sentar sobre o colo do outro com as mãos de Chae indo para o botão de seu terno para retirá-lo o quanto antes.

C O N T I N U A...

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