Capítulo 5

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A Sala da Diretora

- Parkinson...

 - Eu sinto muito por isso. Eu aceitei voltar a ser monitora, agora num rango superior junto com alguns outros monitores que voltaram, e sei também que não fui o suficientemente eficaz, assim que se você quiser pode tirar meu posto. Não faz a mínima diferença para mim.

 - Não vou tirar seu posto, Pansy – elas se olharam, não era a primeira vez que a Diretora usava seu primeiro nome, mas aquilo a fazia sentir tão frágil, como se alguém estivesse tomando conta dela sem ela perceber, e era uma sensação estranha e reconfortante – Já te tiraram muitas coisas nessa vida. Apenas colocarei um acompanhante de ronda até que você volte o trem para os trilhos.

 Pansy fez que sim. Tranqüila, vendo a diretora pegar um bule de chá e servir duas xícaras, deixando a dela justo em frente. Pansy o aceitou de bom grado.

 - Pansy, isso que aconteceu foi por Daphne? – ela perguntou baixo, como se fosse um segredo entre elas.

 - Isso que aconteceu foi uma estupidez tremenda, por que Astoria nunca vai deixar de ser uma menina mimada – murmurou, tomando o chá, sentindo a língua quase queimar e depois agradecer pelo calor que o líquido trazia – ela me contou sobre Daphne e disse algumas coisas e... Enfim, fui uma idiota, como sempre.

 - Você não é uma idiota – elas se olharam, e por algum momento acreditou que McGonagall estava falando muito seriamente – Apenas acho necessário te advertir que em seu lugar, eu tentaria não me envolver com ninguém, para depois não me machucar.

 Pansy fez que sim, aquilo era certo. Ela terminou o chá com certa pressa em voar longe dali e agradeceu, tanto o conselho quanto o chá.

 *

 - NÃO! – falou alto – Não professora, qualquer pessoa, menos ela!

 - Não seja exagerada! – murmurou servindo o chá.

 - Não, por favor, Diretora McGonagall, tudo menos isso, prefiro perder o posto de monitora.

 - Parkinson, acontece que estive falando com Slughorne sobre o ocorrido e ele me sugeriu que te colocasse em parceria com a senhorita Granger porque vocês desempenharam um trabalho de Poções em conjunto com uma nota simplesmente extraordinária. Isso quer dizer que trabalham bem em grupo.

 - Isso quer dizer que eu fiz a poção e ela o relatório – reclamou, cruzando os braços.

 Bateram na porta e então aquela cabeleira de cachos mal-definidos entrou em silencio e sentou. Naquele segundo, Hermione orou a Deus, Merlin e todos os santos e magos poderosos que ela se lembrou, que a Parkinson não houvesse reclamado da atitude dela no outro dia.

 - Hermione, – cumprimentou a diretora, indicando-lhe a xícara de chá – Ambas me surpreenderam com o resultado do trabalho em grupo que fizeram na semana passada em Poções.

 - Obrigada... – murmurou a grifinória, bebericando o chá.

 - Estava pensando em quem colocar como acompanhante da senhorita Parkinson nas suas rondas noturnas, depois de um pequeno incidente que não deve se repetir, e o professor Slughorne teve a amabilidade de lhe indicar, Granger.

 Hermione fazia toda a força do mundo em não olhar para a esquerda e se deparar com a figura levemente ausente de Pansy, ela não saberia reagir. Ela havia entregado a poção e o relatório na presença da outra, mas ela não haviam trocado nenhuma palavra desde o fatídico rompante da sonserina.

 - Como? – Hermione perguntou com a voz tremendo levemente.

 - Sim você e Pansy farão uma dupla nas quintas e segundas, que são as rondas da senhorita Parkinson, e não terá que fazer suas rondas sozinha, não quero sobrecarregar-lhe, já colocarei alguém nos seus dias.

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