RENASCIDA DAS CINZAS

Capítulo 9- Voltando a sombria Romênia

(Anita Draco, narrando):

Aquela mulher é a Luna! Como não pude se lembrar? Precisamos ter entrado em assuntos específicos para eu ter essa lembrança dela, e sinto uma dor insuportável em minha mente.

De repente meu corpo começa a queimar e eu acabo caindo no chão do meu castelo, ardendo em dor.

-------- X ------------------------  X -------

(Luna Moldavo, Narrando):

- Luna!!! Porque está ficando quente e saindo fumaça do seu corpo?

- Anita!! Posso senti-la , e está em plena dor. Sabrina me leve para Romênia, rápido!!

Meu corpo está quente quase entrando em chamas, Sabrina precisou ir rápido comigo em suas costas, senão poderia acabar queimando-a também. Seguindo o cheiro de Anita, Sabrina rapidamente conseguiu chegar até o castelo da Família Draco.

- Anita!! - Exclamamos em uníssono, nome dela. Que estava a se debater em agonia.

- Saiam daqui! Não quero que me vejam assim! E Luna! Eu sei quem você é, agora saiaaa!

Olhei pra Sabrina com certa fúria, mais meu corpo esquentou, meus olhos entraram em chamas, e, conjurei palavras em latim.

“Tui gratia Iovis gratia sit cura. Arbor bona fructus bonos facit. Litterae non entrant sine sanguine."

E comecei a escrever tudo isso em sangue, no chão perto da Anita, que eu mesma tirei de mim.

Meu fogo começou a crescer, Sabrina quase ficou cega com a luz que irradiou de mim.

"Litterae non entrant sine sanguine!!!"- Gritei as últimas palavras de conjuração e o fogo que saltou de mim, foi parar no corpo de Anita, causando nenhum dano a ela.

Sabrina ficou perplexa de como isso poderia ser possível? Meu fogo não ser capaz de queimá-la. Há de quem diga que fogo só traz destruição, eu já digo por experiência própria, que não. Ele é a vida. A forma mais pura de manifestação da vida. Quando algo queima você está transformando essa matéria, não destruindo-a, isso é química, não magia, ou, algo sobrenatural. Magia é o nome dado para quem não entende como funciona a ciência, já dizia o Leonardo Da Vinci, fui da época dele. Bons tempos!

Eu consigo sentir dor quando a Mãe Natureza queima contra sua ordem natural, quando ela não planeja seu próprio renascimento, ela sofre e faz todos nós sofrermos, para nos mostrar que todos nós somos raízes dela e ligadas a ela não importa quão longe esteja.

- Luna, veja! Ela está levantando... - Gritou Sabrina.

Saí do meu transe cósmico (como prefiro chamar essa experiência extracorpórea). E, meu corpo se estabiliza.

- Que dor perturbadora na cabeça, o que aconteceu? - Pergunta como se estivesse refém de sua falha memória.

- Não sabemos, você apenas chegou aqui..  Em seu castelo na Romênia, conforme havia dito.

- Ah, é verdade. Você então é a minha prima... É um prazer saber que tenho um parente meu vivo.

Olhei a Sabrina e sabíamos que durante a conjuração do feitiço de proteção a ela, acabou eliminado talvez suas memórias mais recentes. Fiquei desapontada pela segunda vez. Não sei se meu coração será capaz de suportar toda essa situação.