Capítulo 8- Passado na Romênia

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- Sabe o que é mais importante do que o amor, Sabrina? A confiança... - Disse eu, certa do que dizia.

- Eu descobri algo falar nisso... Sabe o livro?

- Ah, o livro... O que diz a respeito?

- A linhagem da bruxa que lançou esse feitiço, ou, maldição, como preferir chamar, é da mesma que a sua.

- Intrigante. E o que essa linhagem tem em comum com a família real romena?

- Você é a última protetora da família real Draco.

Na hora tive um lampejo, que me fizera lembrar de como se chamava a ordem da qual minha linhagem bruxa pertence.

- Filhas de Mitra! - Sabrina olhou incrédula, não esperava que eu me lembrasse e de fato até surpreendeu a mim.

- Sim... Como conseguiu se lembrar?

- Não faço ideia, mas, senti... O que sabe sobre a relação da minha linhagem com a da Draco?

- Esse livro não diz, você teria que procurar pelo livro de sua família, no caso a árvore genealógica das filhas de Mitra.

Anita escuta nossa conversa e se manifesta.

- Mitras?! Ainda estão vivas? São minhas parentes!

Quando Anita disse isso, percebi tudo, e, inclusive a razão da maldição. Éramos primas de primeiro grau, no caso mesmo sangue e linhagem de certa forma, mas, não diretamente. Sabrina me olhou espantada, como se tivesse também entendido tudo.

- Eu sou a última filha de Mitra. E sua prima. - Falei com certa dor, afinal, Anita era meu grande amor.

- Por isso eu sentia que te conhecia de algum lugar!

Ela me abraçou fortemente e eu chorei discretamente, acho que a pior maldição é ter memória. Preferia estar amaldiçoada junto dela, ou, talvez, eu possa fazer isso!!

- Sabrina, Luna... Acho que quero voltar para Romênia novamente.

- Mestra... Tem certeza?

- Tenho. Lá é meu lugar, onde nasci e meus pais viveram.

- Anita... Seus pais estão vivos. E logo, farei algum feitiço de localização, para trazê-los até você novamente.

- Vivos?? Mas, estamos no século XXI, como é possível?!

- Sabrina você explica... Preciso refletir algumas coisas.

Na verdade eu estava triste, por conta do que foi revelado, Anita e eu nem renascendo de novo, conseguimos nosso final feliz e sei que está longe ainda mais disso ocorrer. Como posso continuar a amá-la? Se acabo de descobrir que é minha prima!

- Luna... Se sente bem? - Vem Sabrina.

- E eu deveria estar bem? Agora tudo faz sentido. Nossas mães nos condenaram, por conta do nosso parentesco.

- Os faraós se casavam de forma incestuosa. Vocês não são irmãs, são primas, não é tão ruim assim.

- Sabrina, Anita é o amor da minha vida. E olhar pra ela agora sabendo que não me reconhece como sua amante, apenas prima, é mais tortuoso ainda.

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(Anita Draco, Narrando):

- Amor da sua vida? - Repeti o que ela disse só que para mim mesma e baixo.

Como tenho uma bela audição, escutei tudo, mesmo estando um pouco longe delas. E, de repente, uma memória chega rapidamente.

"Por favor Luna tem que se lembrar de quem você é pra mim, você é a mulher da minha vida, não posso te perder novamente."

Quando abro os olhos, lágrimas de sangue tomam conta do meu rosto e acabo sumindo dali imediatamente, após essa memória. O lugar para onde fui? Para onde tudo começou!

RENASCIDA DAS CINZASOnde histórias criam vida. Descubra agora