RENASCIDA DAS CINZAS

Capítulo 15 - A Ordem ainda vive

- Meu mestre! É uma honra te ver novamente! - Disse Sabrina.

Eu ainda permanecia incrédula. Minha mãe veio ao encontro de meus braços, se pondo a chorar.

- Você está viva... Não sabe o quanto sentimos sua falta.

- Mãe... Como nos encontrou?

- Intuição de bruxa... Onde está a Luna?

- Foi em busca de uma coisa estranha chamada celular. Demorei a me acostumar com esse nova Ordem Mundial.

- Minha amada filha, Anita Draco, preciso conversar a sós contigo.

Meu honroso pai, o imortal Príncipe e guerreiro da Romênia, uma filha herdeira do trono jamais se curva ao seu pai, líderes da casa Draco nunca se curvam. Minha mãe estava feliz em ver Sabrina também, e as duas ficaram conversando no salão central.

- Filha... Temos tanto o que conversar, não sei por onde começar. - Rapidamente eu o abracei.

- Pronto. Matamos a saudade de alguns séculos passados. A última vez que me viram, não foi uma boa hora, estava tomando sol fresco. - Meu senso de humor era estimulante.

- Seu humor sempre foi estimulante. Devemos agradecer a sua amada Luna, sem ela... Não teríamos você de volta. E sobre o que queria falar contigo, é sobre a Ordem.

- Igreja Católica? Infelizmente fui informada por uma descendente da família Helsing, que a ordem é agora unicamente a Igreja Católica.

- Não! A igreja Católica não faz mais parte da ordem, cortaram os vínculos com os cavaleiros templários. E quem fazia parte da antiga ordem da nossa família, eram os templários, fomos traídos pela igreja católica.

- Por que nós usamos o nome Ordem Draco, se a história os chama de cavaleiros templários?

- Meu pai... Foi fundador da ordem Draco, e, seu leal general, o duque, criou a dos templários. Ambos eram leais a santa igreja católica, fui morto pela igreja católica e não pela ordem. A ordem sempre permaneceu leal a nossa família, inclusive a linhagem da Luna por parte do pai, é a dos templários. Você já deve saber que Sabrina é a herdeira legítima da Romênia.

- Pai... Não anseio pelo trono da Romênia. E nem Sabrina. Independente do que ela fez a minha Luna no passado... Nós tínhamos um único e certo objetivo, acabar com a igreja católica. Quero a cabeça do papa.

- Filha percebo sua maturidade, você tem um forte poder de liderança, mas, não estamos no século 14, não pode simplesmente ir lá no Vaticano e matar o papa. Estamos num século onde somos vigiados pelo mundo todo. E inclusive pela igreja católica.

- Não tenho medo de nada! Sou invencível! E Luna meu grande amor, está comigo!

Sabrina entra na sala e me escuta dizer isso ao meu pai.

- Você... Se lembra de quem ela é?! - Questiona com certa preocupação.

- Sabrina. Estávamos numa conversa particular.

- Não respondeu minha pergunta, Anita.

- Sim, eu me lembrei de quem ela é... Surpresa?! E eu sei quem entregou Luna para Van Helsing.

- De novo esse assunto? Seja direta! Está me acusando de algo?

Meu pai ficou entre nós duas que quase nos enfrentamos.

- Sei quais foram suas reais intenções ao entregar minha Luna, queria minha cabeça no lugar. Mas, se você tivesse confiança em mim, que sou sua irmã... De sangue, teríamos conseguido acabar com nosso inimigo.

- Sua irmã... De sangue? O que significa isso mestre?

- Sabrina... Você é minha filha. Uma verdadeira vampira e a herdeira. Eu escondi essa verdade, porque não achava você digna do trono e sim Anita.

- Esses séculos todos... Eu fui a sombra de Anita! A seguidora de Anita! Mas na verdade eu era a herdeira legítima??!!!

- Sabrina... Você sempre foi irracional, uma líder sempre zela pela segurança de todos e você traiu nosso próprio sangue, ao entregar Luna a Van Helsing.

- Elas eram primas!!! Isso era e ainda é abominável!!

- Não!! Pelas nossas leis ancestrais não era crime!! Você seguiu leis católicas da época, das quais foram as mesmas que traíram a sua linhagem!! - Meu pai estava dando lição moral em Sabrina.

Num ato inesperado, Sabrina ataca nosso pai e depois vai atrás da minha mãe. E eu com fúria nos olhos ao ver meu pai quase morto, consegui contê-la, mandando minha mãe fugir e encontrar Luna.

- FUJA!! E ENCONTRE LUNA! - Meus olhos ficaram vermelhos. E mesmo Sabrina sendo uma vampira pura eu ainda era a mais forte.

- ME SOLTE, ANITA! ELES NOS TRAÍRAM!!

- VOCÊ TAMBÉM ME TRAIU E EU TE MATEI????!

- Você sabia do que fiz a Luna?

- Soube uma hora atrás. Mas, havia escolhido não te matar por conta disso, porque entendo seus motivos. E o trono é seu, não o desejo, então não sou uma ameaça.

- Você.... E eu... Transamos... E eu era apaixonada por ti. Somos irmãs de sangue!Não desejo esse maldito trono também. Ainda continuo a desejar o fim da igreja católica. Sinto muito pelo meu ataque de fúria ao nosso pai... Ele vai sobreviver?

- Sim. Luna e minha mãe poderão salvá-lo. E quanto a nós duas, precisamos fazer uma visita no Vaticano. - Sorri de forma gloriosa.

- Essa é a Anita que sempre quis ao meu lado. - Abracei-a forte. E nos acertamos.

A lealdade é mais importante do que um título de nobreza.