RENASCIDA DAS CINZAS

Capítulo 17 - Família Asgard

- Anita, viemos ao Vaticano apenas para roubar um livro antigo?

- Roubar é uma palavra muito feia, eles que roubaram isso da minha família, só estou tomando o que me pertence. Eu tive uma ideia.

- Tenho medo de suas ideias... Pois ultimamente não sei se anda com a mente no lugar, com o retorno da Luna novamente.

- Vou pegar os restos mortais do Papa Leão V do século XIV, o que destruiu a nossa família e pedirei para que minha mãe e Luna, ressuscite-o.

- Bruxas podem fazer isso? - Sabrina me olhou incrédula.

- Por que acha que elas são as protetoras da nossa linhagem? Porque são muito mais poderosas do que nós, elas podem nos enfeitiçar, no caso controlar, ressuscitar e até matar. Nosso poder como vampira é apenas a imortalidade e força animal. Felizmente não sou uma vampira pura.

- Pra mim você sempre foi. Afinal o nosso pai escolheu você como a líder da nossa família, em vez de mim.

- Isso te incomoda. - Olhei-a séria.

- Sabe o que me incomoda de verdade? Eu ter sido enganada todos esses séculos.

- Não é isso que vejo. O que te incomoda ainda é o fato que eu só tenha olhos para a Luna. Quando vai entender que ela é a minha alma gêmea?

- Ache logo esses restos do papa Leão V e vamos embora daqui.

Sabrina mudou de assunto, e eu percebi que isso poderia ser um problema futuro, o fato da minha irmã não gostar do que tenho com a Luna. Descemos no subterrâneo do Vaticano, usando passagens antigas, onde descansavam os papas do passado. Até que chegamos na lápide do papa Leão V.

- Maldito homem que perseguiu e matou minha família. - Cuspi nos restos mortais do papa.

Colocamos os ossos do Papa Leão V numa bolsa, e fomos rapidamente embora daquele lugar horrível, onde apenas se tem lembranças de dor e destruição para minha memória.

Chegando na Romênia, vejo Luna com minha mãe, e o olhar da minha mãe estava irado, podia ver a raiva queimar seus olhos. E ouço minha mãe falar uma linguagem estranha, mas, que de forma inesperada, acabo entendendo o que dizia.

(Idioma Dinamarquês antigo):

"Jeg påkalder visdom fra Frigga, frugtbarhedens gudinde, og jeg påkalder dødsguden, Odin, for at give mig kraften i Valkyrerne, så jeg kan sende denne mangelfulde væsen til underverdenens rige. "

Minha mãe estava amaldiçoando a Sabrina, pelo que entendi, e parece que... Luna estava repetindo a mesmas palavras, eu vi uma luz cegar nossos olhos e nisso Sabrina simplesmente desaparecer dali.

- Que idioma vocês estão falando? E por qual motivo eu entendi tudo?

- O idioma nórdico da sua antiga linhagem. Você não tem apenas sangue romeno, e, sua irmã mereceu a punição, ficará em prisão no reino de Niflheim, até Luna conseguir aprender a ressuscitar os mortos, infelizmente não tenho essa habilidade como bruxa de descendência do reino de Asgard. Esse reino que eu mandei sua irmã é governado pela deusa Hel, deusa do inferno e filha de Loki o pai da mentira.

- Eu sou uma bruxa nórdica? Já li muito sobre a mitologia nórdica, por que nunca me contou?

- Seu pai e eu não tínhamos certeza da minha origem familiar. E muito menos fazíamos ideia que eu era da linhagem guardiã da casa dos Draco. Só descobri meu poder após minha morte verdadeira...

- E quanto a mim Iona? Não sei quase nada da minha família e origem. Só sei que sinto uma forte conexão com a Terra.

- Você é da descendência do reino de Asgard também, mas, você é a mistura de dois reinos nórdicos, por conta da sua outra parte da família, os cavaleiros templários, que descendem do reino de Midgard, governado pela deusa Jord, guardiã da Terra, conhecida por nós humanos como Mãe Terra. O símbolo do sagrado feminino e da fertilidade da mulher. Por isso você é a mais poderosa bruxa até hoje na história da nossa linhagem Luna, porque você é descendente da filha da Mãe Terra (Jord) com Odin o Deus supremo de Asgard e demais reinos.