Passado - Imagine Cinco.

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Capítulo com alterações feitas após a segunda temporada para manter a coesão. :)

Espero que gostem :3

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•Salto Temporal•

      Eram 6 da manhã de sábado. Acordava cedo assim todos os dias pro café, papai era um homem de negócios e quase não descansava, fazendo questão de que eu mantesse a mesma rotina dele. Nós estávamos em Dallas, pra uma viagem rotineira de negócios e meu pai precisaria sair, porém minha mãe ainda não tinha acordado. Eu já estava pronta para passar o dia em casa, afinal era sábado e eu só tinha 14 anos, mas papai pediu para que eu fosse na padaria, que ficava a mais ou menos uma quadra dali. Era uns 10 minutos de casa, 20 minutos de ida e volta, sem contar o tempo da fila, e pensando, decidi pegar o caminho mais curto. Era um beco? Era. Estava um breu? Estava, mas fazer o que? Ia ir e voltar do mesmo jeito.

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      Passava pela rua estreita, já fazendo o caminho de volta, quando escuto um barulho.

— Que droga... – me assustei. Eu era muito medrosa com essas coisas. Meu pai nunca me deixou sozinha na infância, e eu também raramente ia a algum lugar sem minha mãe. Acho que era porquê ele fazia questão de ler e assistir ao jornal todos os dias, inclusive pelas manhãs. Vivia fazendo comentários sobre as atrocidades que ocorriam e as merdas do mundo. 

       Novamente escutei o barulho estranho, senti um calafrio ao escutar passos. Quando finalmente decido olhar para trás, vejo dois garotos, que pareciam ter 18 ou 19 anos, atrás de mim. Por instinto, comecei a correr, e os dois fizeram o mesmo. Eu estava em desespero. A cada respiração, olhava para trás e via aqueles dois idiotas atrás de mim.

    "Que merda (s/n), que merda! Sempre toma decisões erradas, sempre!" pensei, alternando o olhar entre o caminho pra casa e eles. Eu já não conseguia pensar em mais nada, tomar qualquer decisão, só correr. Chegando já na rua vazia da minha casa, tropecei e caí com a cara no chão. 

     Escutava os passos rápidos dos dois, vindo em minha direção. Minha respiração estava ofegante, meu cérebro não parecia processar a situação direito. Senti um deles segurar os meus braços, e então sem saber o que fazer, fechei meus olhos e, em desespero, gritei. Me esqueci totalmente do resto, só gritei. Pude sentir tirarem as mãos do meu braço, e ouvir algo que parecia um grito, mas não sei dizer se era deles ou de meu pai, que abriu a porta e os expulsou com um revólver.

    Minha visão estava meio embaçada, mas conseguia ver meus pais correrem até mim. Sentia meu corpo frio, tudo parecia girar para mim. Lentamente fui voltando ao normal.

 — Entra no chuveiro, toma um banho de água quente, anda!

      Mal havia me levantado e meu pai gritou comigo. Mesmo não estando nem um pouco contente com a reação do meu pai, me calei e fui pro chuveiro fazer o que mandou. 

       Depois de me trocar fui até a sala, e meu pai e minha mãe estavam me aguardando, pareciam preocupados. Minha mãe mediu minha temperatura, disse que a febre tinha passado. Eles me abraçaram, choraram, e no final de tudo, me deram um notícia.

—  Sei que não é uma boa hora, mas... Olha, a questão é que você vai precisar trocar os seus remédios, só isso, vamos buscá-los na casa de um conhecido, lá tem umas crianças da sua idade também. Então, não podemos nos atrasar ok? Vamos pro carro. – minha mãe explicou, calma como sempre.

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 Chegando lá, uma garota nos recebeu, junto a um senhor. Meus pais e ele subiram e eu fiquei na sala. A casa era gigantesca e muito luxuosa. Claramente ele era podre de rico. Eu fiquei sentada no sofá, parecendo uma planta, até que uma das filhas dele veio falar comigo, uma garota de cabelos lisos e franja. Ela era meio introvertida, mas puxou assunto. Disse que os outros irmãos dela estavam ocupados treinando. Eu não tinha entendido muito bem. Ela me mostrou uns livros da gigantesca estante que eles tinham na sala. Devo admitir que peguei "emprestado" um dos livros e um dicionário de grego também, tem vários, ninguém vai notar, e claro que vou devolver depois. Meu pai, vai devolver na verdade.

     Na volta pra casa, foi uma conversação irritante. Teve umas conversas bem estranhas.

— Eu sabia. Janine, eu sabia.

— Cala a boca Daniel. Eu desconfiei mas você achou que já estava tudo bem e que era bobagem.

— Eu falei que havia algo de errado.Não achei que fosse se repetir. 

—Mas eu disse que não tinha sido normal. Que era preocupante. 

— Tá tá tá...Não vamos discutir sobre isso Janine, já resolvemos o problema não é? Então está tudo certo agora...

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Espero que tenham gostado, Sorry pelos erros e obrigado por ler até aqui 🥰 

Bjssssss🥰😘

Imagines The Umbrella Academy {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora