Família - Parte 2 Imagine Luther

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  Algumas alterações estão sendo feitas, nada demais, só pra manter a coesão :)

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   Devo admitir que passar aqueles poucos minutos com Luther foi uma experiência incrível! Luther é um cara muito além da brutalidade aparente dele. Na verdade, é o contrário do que parece ser! Caramba, eu realmente não esperava que pudesse haver uma pessoa tão sensível e pura de baixo de todos os músculos. Enquanto estávamos sentados na grama, ele me contou sobre como era a vida dele na Lua. Foi realmente uma conversa muito boa.

— Poxa, devia ser muito bonito ver a Terra de lá de cima.

— Era... Era lindo, mas... Seria muito mais bonito se não houvesse a solidão... Sabe, ela consegue transformar as coisas mais lindas nas mais horríveis. Mas, agora estou aqui, gostaria de ter voltado antes, mas...  Não foi possível. Voltei na pior hora.

— Sinto muito pelo seu pai... Devia ser um homem muito bom...

— Não... não foi um homem tão bom assim... Mas... Foi uma pessoa boa, em alguns momentos.  A gente deveria voltar, não acha?

— Melhor...

— Também acho, sinto muito atrapalhar o momento romântico de vocês a luz do luar mas é que ta na hora do jantar e eu to morrendo de fome. - uma voz infantil ecoou atrás de nós. - E comeria numa boa sem vocês mas Klaus quer vocês lá.

—  Já vamos Cinco... - disse Luther, se levantando e estendendo a mão para mim.

— Não me disse que tinha um irmão mais novo. - peguei sua mão e me levantei.

— É...Uma história complicada.

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    O jantar hoje foi em um local diferente do esperado por mim, que não estava familiarizada com o ambiente e imaginei que jantaríamos na cozinha, onde havia tomado café da manha naquele memorável dia. 

   Todos se reuniram na imensurável mesa de madeira, sem muitos detalhes chiques que geralmente encontramos nas mansões. 

— Não vai sentar? - perguntou Luther

—  Vou esperar todo mundo escolher um lugar.

    Esperei que todos se sentassem, devo admitir que estava na esperança de sobrar um lugar ao lado de Luther, mas Alisson foi mais rápida. Pelo menos pude sentar de frente para ele, assim fico menos... Isolada, digamos assim.

   Klaus fez questão de puxar assunto para me deixar mais confortável, percebi isso. Ele ainda não tinha falado sobre mim, nem feito apresentações ou perguntas. Mas não durou muito, como imaginado, já que ninguém me conhecia e Klaus espalhou que gostaria de apresentar uma nova amiga a família.

— Então, não vai nos apresentar a sua amiga, Klaus?

— Claro... Só estava familiarizando um pouco mais nossa convidada. Pessoal, essa é a (s/n), (s/n), esses são Diego, Alisson, Cinco, e Vanya. Tem também o Pogo e a Grace. - disse, sinalizando cada um deles. -  Acredito que não vá estranhar o Pogo, já está acostumada... - sussurou.

— Se você gostasse dessa fruta, Klaus, diria que estão se pegando, mas você tem preferências. - disse Diego, tirando um riso meio sem graça de alguns.

— Ela tá pegando o Luther. 

    Nunca quis tanto socar um garoto na minha vida. O olhar de espanto de Alisson me deixou um pouco preocupada. Ela parecia ser a com maior controle e com maior estabilidade emocional. Se ela reagiu assim, imagine os outros! Me pergunto se iria presa por bater num moleque de 14 anos.. Só um soquinho...

— Cinco! - Vanya chamou sua atenção.

— Eu imaginei que fosse o Diego até ver os dois juntos. É melhor contar logo do que deixar que a gente descubra.

    Luther disparou um olhar atravessado para Cinco.

— Acho que não precisamos comentar sobre certos detalhes. Vão deixa-la desconfortável! Desculpe por isso, meus irmãos são idiotas. Não precisa responder nada que não queira. – Vanya tentou controlar a situação.

— Tudo bem.

—  Então... (s/n), você faz o que da vida?

— Sou desenhista. Me formei a algum tempo em artes visuais e design gráfico, um ano quase.

— Nossa! É algo realmente muito interessante! Tenho conhecidos nessa área e sei como é incrível e difícil. Uma pena que por estar no início, talvez não tenha muito reconhecimento... Imagino como deve ser difícil para você.

Não tenha reconhecimento? Difícil pra mim. Isso foi uma forma mais discreta de dizer que eu devo ser uma fracassada? Realmente é difícil, mas isso não soou muito agradável nem educado da parte dela... "Tenho muitos conhecidos na área", ah! Pelo amor de Deus!

    Mantenha a calma (s/n)... Você não quer explodir aqui...

— RS... É... É...

—Mas, acredito que você deve tocar muito bem. Como acabou de se formar... Imagino que seja muito mais nova do que todos nós rs... Tem... Uma vida toda pela frente.

— Talvez rs... Tenho 23. Não sei a idade de nenhum de vocês...

— Ah... Imaginei que soubesse... Todos nascemos no mesmo dia, temos 30. - diz de forma debochada

   O jeitinho dessa Alisson  tá começando a me irritar de formas inexplicáveis.

— Vocês são todos irmãos?

— É... Tipo isso. – responde Cinco

— Tem irmãos? – Diego perguntou com a boca cheia.

— Não...

     Essa era uma pergunta um pouco desagradável para mim... Mas preferi não entrar no assunto.

— E seus pais? – novamente Alisson me faz perguntas.

— Não gosto muito de falar da minha família.

— Bom... Então vamos mudar de assunto... Não acham? – disse Luther. Eram muitas pessoas falando, perguntando... Isso já estava me deixando desconfortável... – Podemos falar de nós também, não só enchê-la de perguntas...

— É por que... Acho que deveríamos saber melhor com quem estamos falando, conversando, ou qualquer outra coisa... – ela encarou Luther de uma forma nada discreta.

— Não sou uma psicopata ou criminosa, se é isso que te preocupa.

— Não é isso... É que, nós mal te conhecemos, acho que deveríamos te fazer perguntas, apenas para saber o tipo de gente com quem falamos e trazemos para dentro de casa.

    O tipo de gente?

— Que tipo de gente, você imagina que eu sou?

— Olha (s/n) eu...

— Responda. Que tipo de gente eu aparento ser para te causar tanta preocupação?

— Eu só não acho apropriado trazer uma qualquer para dentro de casa, ainda mais quando ficou com ela, uma desconhecida!

— Não acho apropriado o tom arrogante que tem usado desde o início do jantar.

— Nem era para você estar aqui! Não lhe cabe dizer o que é ou não apropriado aqui. Está é minha casa, e eu tenho todo direito de duvidar de você.

— Dentro da sua casa ou não educação é essencial, e isso te faltou. Se não sou bem vinda, melhor ir embora. – me levantei sem pensar duas vezes, indo em direção a saída – Obrigada pelo convite Klaus, Luther...
    
   Pelo menos gravei o caminho para a porta...

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    Ainda vai ter maaaais ✌🏼😗









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