Capitulo 115

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Alfonso: Daí a Dul, cega de raiva, deu maior *pau* nela.

Christian: Você? – apontou para a amiga, incapaz de acreditar no que ouvia.

Dulce: Sim, ela bem que mereceu! Tasquei belos tapas. Infelizmente, não pude arrebentar aquela desgraçada de quinta! – cruzou os braços.

Christian: Você poderia ter sido presa, Dulce. – estava de olhos arregalados.

Dulce: Dane-se! Aquela filha da *puta* estragou o meu relacionamento. Me fez ficar longe dele, pensando mal, sofrendo que nem uma condenada. E pior, fazendo meus amigos xingarem ele, pensarem mal dele, irem contra ele, sem nem querendo ouvi-lo ou acreditar nele, não é Chris? – suspirou e o encarou.

Christian: Tem razão. – suspirou – Eu agi muito errado. Mas não poderia ver você chorando por ele, sofrendo daquela forma... E ele por perto, você sofria mais. Claro que eu não acreditava nele. Impossível até acreditar. – abaixou a cabeça por um momento e logo levantou seu rosto - Me perdoe, Dul. Tentei fazer as coisas que achava certo. É, estou tentando me justificar, justificar o meu comportamento. E quero que você me perdoe.

Dulce: Tudo bem. – novamente ela estava respirando fundo – Mas por favor, nunca mais na vida, se intrometa na minha vida, mesmo que você se ache com razão. É a minha vida, poxa! – descruzou os braços – Sabe o quanto mal fez, quando tentava fazer minha cabeça contra ele? Sabe o quanto eu precisei de um amigo e você só enchia mais a minha cabeça? – negou com a cabeça – Eu poderia, quem sabe, ter esquecido a tal – fez aspas – traição, mas você nunca deixou que eu mesma esquecesse. Estava lá todo dia me lembrando. – virou seu rosto – Aquilo me doía, sabe? – voltou a olha-lo – Claro que nunca iria esquecer, mas lembrar... Me fazer lembrar, foi cruel. – soltou o ar que prendia – O único, único que sempre estava do meu lado, sem nem ao menos saber de tudo, era o Poncho. – olhou o amigo de forma terna – E foi ele que tentou me contar a verdade, mesmo que tenha sido frouxo. – deu um pequeno sorriso – Mas pelo menos, ele estava do meu lado, e não contra. - olhou novamente Christian.

Christian: Sei que não fui um bom amigo e... – ele não pôde falar mais, pois ela o interrompeu.

Dulce: E não foi mesmo. – engoliu a seco, tendo a coragem necessária – Eu não sei se, se algum dia, eu possa chamar você novamente de amigo. – Chris abriu a boca, mas calou-se – Eu realmente não sei. – ficaram algum tempo em silêncio. Poncho queria poder dizer algo, acabar com aquele clima pesado, mas não sabia o que falar, afinal, era amigo de ambos, e sabia que ela estava certa, mas tinha pena do amigo. Ela estava decidida, e os dois ali, sabiam que quando decidia algo, era pra valer.

My Dear Teacher || (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora