Assim que o ônibus virou em uma esquina, a paisagem de um azul-esverdeado surgiu. Era o mar. Aquele era o único lugar que a acalmava de verdade. Como necessitava pensar, resolveu que desceria ali mesmo. Ela caminhou até achar uns banquinhos, onde sentou-se. Sentiu seu celular vibrando dentro da bolsa. Assim que abriu a bolsa, parou de tocar, mas mesmo assim, pegou o celular. Viu uma mensagem dele. Suspirou, mas não fez questão de abrir. Não naquele momento, talvez depois.
Pensou em todos os momentos, tudo o que havia passado com ele. Toda a dor que sentiu meses atrás por uma armação absurda, mas não doía mais, apenas passava por sua mente tudo o que viveram. As brincadeiras, a forma de se entregarem um ao outro, os carinhos, a forma como ele a olhava.
Quando sentiu que sua raiva havia passado, resolveu enfim pegar o celular e ler a mensagem. “Me perdoa, sei que agi por impulso e pela raiva, mas eu amo demais você e é algo que eu não posso controlar. A raiva me domina quando vejo um cara com segundas intenções... Quando você puder, podemos conversar? Espero que sim, mas se acalma primeiro. Sei que pode até não ser hoje ainda, mas espero.”
Respirou fundo, ela sabia que ele estava sendo sincero. Entendia as cenas dele, afinal, quando sentia ciúmes, não queria ver nada pela frente.
Continuou ali por um tempo, até que viu em seu relógio que era quase meio dia. Depois de tanto pensar, havia decidido algo. Saiu dali, indo até o ponto de ônibus. Tinha que ir a um lugar.
Era por volta de meio dia e vinte,quando Dulce parou na frente de um prédio. O porteiro foi até ela e avisou que sim, que Christopher estava em casa. Ela pediu para que não avisasse de sua chegada, pois queria fazer uma surpresa. O homem sorriu e assentiu.
Dulce pegou o elevador e apertou o andar do apartamento de Ucker. Iria conversar com ele. Isso era o certo, afinal não poderiam ficar assim, simplesmente por ciúmes bobos. A porta se abriu e ela saiu. Logo parou na frente do apartamento. Respirou fundo e apertou a campanhia e ela logo ouviu uma certa movimentação do lado de dentro. A porta se abriu e uma mulher loira, de olhos azuis apareceu vestida com um roupão branco.
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My Dear Teacher || (Continuação)
Fiksi PenggemarParte primeira da história termina com dois corações sofrendo e sangrando um pelo outro. Sofrendo por uma história mal interpretada. Sangrando por uma mentira. Além de que, toda aquela história ficou com um espaço incompleto. Um vazio que nenhum daq...