EPILOGO 1.1

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Já faziam cerca de três anos desde o casamento de Dulce Maria e Christopher. Ela estava em um parque e Jade estava ao seu lado sentada. A prima falava sobre o término do namoro com Gabriel. Ainda estava injuriada. Havia cerca de um pouco mais de dois anos desde o fim do namoro.

Dulce estava meio que relutante sobre expor a sua opinião ,afinal a prima depois que terminou o namoro, foi fazer um intercambio fora do pais. E com isso, a ruiva não pôde conversar muito com ela. Mas agora que ela estava de volta, podiam conversar as claras.

Dulce: Sei que não tivemos tempo para falar sobre isso... – virou-se para a prima – Mas já passou da hora de falar tudo o que penso. – a garota suspirou – E nem reclame. Você falou muito sobre meus relacionamentos e está na hora de me meter na sua vida. – respirou fundo – Gabriel era um cara legal, disso não podemos negar. Mas acontece que o relacionamento de vocês se desgastou e antes mesmo do meu casamento. O problema foi que os dois negaram para si mesmos. Talvez por medo de ver que seria melhor vocês separados. O que tinha entre vocês já tinha dado o que tinha que dar. – a prima enrugou a testa e arregalou os olhos – Perdão se nunca falei, mas nunca quis me meter, afinal era bem capaz de você negar tudo isso, me dizendo que eu estava louca. Porque como você mesma me falava que eu nunca poderia entender algo tão lindo que vocês viviam, pois eu nunca tive não é? – suspirou – Mas acontece que eu sou mais velha que você. Já vivi muito. Pode até me achar idiota por te falar isso agora, mas é a pura verdade. Você se magoava muito fácil e sinceramente depois de tantas coisas, não acho que fosse realmente seguir adiante tudo isso de vocês dois. Os dois ficavam nessa de ir e voltar, mas o respeito já tinha ido a tempos. Inclusive o amor-próprio, que sinceramente, tem que ter. – a garota virou a cara – Sei que discorda de tudo o que eu falo. Sei também que o primeiro amor, aquele de adolescência é a coisa mais linda que existe. É algo que achamos perfeito, que durará para sempre. Mas nem sempre isso acontece. Achamos que não podemos viver sem aquela pessoa, mas não é assim. Eu mesma já passei por várias coisas e pensei isso. Mas olha agora: Não foi assim! Estou aqui de pé e feliz. Entenda minha flor, a dor e aquilo de acharmos que nunca mais existirá alguém, não é eterna. Isso muda, pode demorar, mas muda. – pegou as mãos da prima – Então pare de se remoer.

Já passou muito tempo. Você tem que viver e seguir a sua vida. Tem que aceitar que quanto mais você ficar assim, sem pensar em você, é pior. Afinal, temos que pensar na gente primeiro, do que querer que alguém se lembre da gente. Qual o respeito que vão ter conosco, se nem mesmo nós, nos impomos isso? Se nem mesmo nós agimos com respeito sobre nós mesmos? Quem iria nos respeitar? Ninguém não é?! Então respeite a você mesma e mais a frente, alguém irá te respeitar como você merece. – a garota nada disse, apenas saiu dali. A ruiva suspirou, sabia que não era fácil dizer e até ouvir aquilo, mas tinha de ser dito. Aliás, em sua opinião, todas as garotas deveriam ouvir aquilo, pelo menos uma vez na vida. E ela sabia que todas aquelas palavras faziam sentido agora. E somente com a maturidade, a prima poderia entender. Ela só esperava que isso não fosse tarde demais. Já basta a quantidade de pessoas frustradas no mundo que se arrependiam ou viam aquilo depois dos seus trinta anos, e a vida, os anos, não voltam.

My Dear Teacher || (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora