Capitulo 138

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Christopher, antes de Dulce aparecer ali, havia contado a mãe o ocorrido daquele dia. Ela o aconselhou: pediu para que tivesse calma e também que refletisse melhor com relação ao que estava fazendo, pois se Dulce o amava, não teria o cabimento das crises de ciúmes dele. Como Alexandra sabia, viu que estava na hora de se retirar, para deixa-los sozinhos e conversarem. Inventou de que queria ir a shopping e se encontraria com uma conhecida, mas na verdade era somente um pretexto.

 

Assim que a mãe saiu de seu apartamento, Christopher puxou a namorada para a varanda e sentaram de frente um ao outro. Seria a hora para botarem os pontos nos ‘is’ e não brigarem mais por besteiras.

Dulce: Eu andei pensando... – começou a falar, mas ele a interrompeu.

Christopher: Espera – segurou as mãos dela – acho melhor eu começar, afinal, fui eu quem errei. – ela assentiu, não para que ele ficasse culpado, mas sim, pela expressão nos olhos dele – Eu pensei muito sobre a crise de hoje, assim como das outras crises de ciúmes que eu tive ao longo desses meses. – abaixou a mirada, encarando as mãos dela – Sei que fiz muitas besteiras, que agi de uma forma totalmente errada. Eu deveria parar com isso. Mas meus instintos de te proteger, de ser o único pra você, me fazem perder a cabeça. Mas minha mãe me disse algo. – levantou sua cabeça e a encarou – Se eu quiser que nosso relacionamento tenha futuro, eu tenho que parar de crises idiotas como a de hoje. Passamos muito tempo separados, coisa a qual, não nos fez bem, coisa a qual não tivemos bem culpa.

Dulce: Eu hoje, quando vi sua mãe aparecendo na porta, eu não podia imaginar quem era, porque na minha mente veio aquele dia que a... – respirou fundo – a Carol me atendeu. Eu tive medo de sofrer tudo de novo, de acontecer algo parecido, ou que depois da briga que tivemos mais cedo, você... – suspirou, afinal era difícil dizer aquilo.

Christopher: Entendo. Mas eu não te trairia, Dulce. E eu não fiquei magoado. Entendi perfeitamente que era receio devido a tudo o que aconteceu.

Dulce: Sim. A diferença foi que naquele tempo, eu não bati o pé e entrei aqui para comprovar. Na verdade, acho que eu tinha medo de ser verdade. Eu não queria ver. – engoliu a seco – Mas hoje, ao lembrar daquela outra vez, falei para mim mesma que eu teria que ver para crer em qualquer coisa que se passava pela minha cabeça. Daí eu entrei e na verdade, se eu tivesse ido embora como fiz da outra vez, eu teria errado completamente. Eu errei da outra vez, porque eu deveria ter ficado e não corrido como uma menina indefesa. Eu tinha que enfrentar, assim como fiz hoje.

My Dear Teacher || (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora