Capítulo 11

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Dia 19 de agosto, às 00 horas, eu tentei acabar com meu sofrimento.

Fui fraca e me deixei levar.

Muitos eventos ruins acontecerem comigo na semana que tinha se passado.

Eu tentei, eu juro que tentei conversar com os meus amigos sobre oque tava acontecendo. Eu mandei mensagem, mais de uma vez, mas todos estavam ocupados.

Ironia, não é? Quando eles precisavam eu estava ali, quando eu precisei, cadê?

Eu tomei muitos remédios, fui para o hospital, joguei os remédios pra fora (efeito da injeção) e voltei pra casa como se nada tivesse acontecido, foi oque os meus pais decidiram fazer. Ignorar.

Depois disso resolvi voltar pro psicólogo, e remarquei o psiquiatra. Estou em acompanhamento. Estava bem até ontem.

Ontem meu pai e minha irmã ficaram zombando e jogando piadinhas sobre a minha tentativa de suicídio fracassada. Eles riam, zombavam. Eu prometi a mim mesma não me deixar abalar.

Mas hoje eu desabei.

Ele é meu pai!!! Ele não deveria me abraçar, ficar do meu lado e dizer que tudo ia ficar bem?

Porquê?

Essa pergunta não sai da minha cabeça.

Eu queria tentar de novo e calar a boca dele, porque dessa vez eu ia fazer dar certo.

Mas eu não vou fazer isso.

Estou escrevendo isso porque eu não tenho mais com quem conversar. Quem eu achava que era meu amigo, não era. O amigo era só eu.

Por favor, não ignore o amigo tristinho, desanimado. As vezes ele pode tá até sorrindo, mas se você reparar bem, o sorriso não chega aos olhos.

Por favor, não tome decisões precipitadas, nós temos muitas coisas boas para viver ainda.

Você é forte.
Você merece ficar bem.
Você é suficiente.
Você não é desnecessário ou um erro.
Você merece ser amado.

Não deixe que as paranóias na sua cabeça te digam o contrário.

#setembroamarelo 💛

Uma Carta À Minha Ansiedade Onde histórias criam vida. Descubra agora