| Capítulo 22 | PASSOS

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| Náufraga do Tempo: 1943 |
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We are Not Afraid - Markus (Detroit: Become a Human);

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Capítulo 22 | Passos
(1º de Agosto de 1943)
Algum lugar de Quioto | Desconhecido 🏷
✍🏻 NARRAÇÃO: ALMARA COSTA

Hiruma mal podia crer no que eu havia lhe entregado assim tão inesperadamente. Ele me olhava um tanto quanto desnorteado, se perguntando mentalmente de onde diabos eu havia tirado aquilo. Mas não tínhamos tempo para isso, e eu responderia todas as suas perguntas se sobrevivêssemos aquele maldito dia.

A mulher em nossa frente fazia um escândalo digno de cinema. Todos os homens daquela sala voltaram sua atenção à ela, preocupados com o que poderia ter acontecido com sua preciosa "boneca". De fato, ela parecia uma boneca prestes a se quebrar a qualquer toque, e, ao "cair" no chão, ela de fato havia se "quebrado". Todos aqueles brutamontes que carregavam armas pesadas estavam apavorados com a ideia de que a moça que lhes servia tão afetivamente pudesse ter, de alguma forma, se ferido. Mal imaginavam que muito possivelmente aquilo era tudo uma encenação. Tudo para distraí-los. E estava funcionando.

Hiruma tentava cortar as suas cordas rapidamente. Aproveitou que a atenção não era mais fixada em nós dois para se mexer com mais liberdade. Ele, diferente de mim, não foi tão discreto ao corta-las, e isso resultou que ele fosse solto quase que imediatamente. Se livrou delas de forma incrivelmente veloz e desengonçada.

Eu esperava quieta e imóvel que ele terminasse de se soltar para então fugirmos. Aqueles minutos quase não se passavam de tão ansiosa e nervosa que eu me encontrava. Tentava (inutilmente) pensar por onde poderíamos sair daquela casa fortemente protegida. Mas eu não tinha ideia.

Não tínhamos planejado nenhum "esquema" para sair dali. Eu ao menos não tinha nada em mente. Estava tudo acontecendo na forma do improviso. E não haveria outra oportunidade melhor que aquela para se fugir, visto que certamente não teríamos outra distração como a que a prostituta fazia. Eu quase acreditei nela, quase.

Ainda olhava para aquela cena vexatória no meio da sala do gângster quando, sem que eu notasse, Hiruma se aproximou disfarçadamente até meu rosto. Não só já havia se soltado, como também havia pensado em algo para fugirmos. Disfarçadamente sussurrou em meu ouvido direito:

NÁUFRAGA DO TEMPO: 1943 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora