| Capítulo 40 | CUIDADO

216 42 15
                                    

| Náufraga do Tempo: 1943 |
© Copyright 2020. Todos os direitos reservados.

🎧 SUGESTÃO: para uma melhor experiência, leia o capítulo ouvindo a música fixada 🔊

 🎧 SUGESTÃO: para uma melhor experiência, leia o capítulo ouvindo a música fixada 🔊

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Is This the End — Hidden Citizens

▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
Capítulo 40 | Cuidado
(25 de Agosto de 1943)
Isahaya-shi, Nagasaki 🏷
✍🏻 NARRAÇÃO: ALMARA COSTA

Se antes eu não conseguira dormir por culpa de meus pensamentos agitados, agora que realmente não iria mais. Não conseguiria, não após ouvir barulhos terrivelmente suspeitos em minha porta. Quem seria aquela hora da noite? Tentando abrir minha porta?? Com todos dormindo...??

O tal ruído havia começado por volta das 22h50. Assim que eu o havia escutado pela primeira vez, me levantei tão rápido que quase caí da cama. Fui depressa me certificar se a porta estava efetivamente trancada. Sim, ela estava.

Após isso, fui em busca da maior escova de cabelos que possuía. Eu a usaria como uma "defesa", para caso esse alguém viesse realmente entrar ali. Também empurrei (da maneira que podia) a penteadeira até a minha porta, para que pudesse servir de "proteção". Uma espécie de escudo contra quem tentava passar...

Seja lá quem fosse a pessoa que tentava entrar, não era alguém amigável. Se viesse ser o caso, simplesmente bataria na porta. Mas não o fez. Tentava destranca-la, de fora para dentro.

Temendo sempre o pior, eu me escondi portanto ao lado de minha porta, contra a parede, já pronta para "atacar" a pessoa que com tanto empenho tentava entrar em meu quarto, mesmo que tudo estivesse muito bem trancado. O meu coração batia rapidamente e eu estava assustada. Assustadíssima.

Eu havia sido acomodada justamente no último quarto do segundo andar. Era o quarto de hóspedes... sabia que as chances de Hiruma ou mesmo Hiroki ouvirem os meus possíveis gritos de socorro eram incrivelmente baixas. Eu diria que eram nulas. É. Eles simplesmente não ouviriam os meus gritos por ajuda, caso eu o fizesse.

Eu estava sozinha.

O som que esse alguém fazia sobre a maçaneta e tranca não pararam, não paravam por nada! Apesar que eu já tivesse dando "indícios" (mais do que suficientes) de que eu estivesse desperta, o barulho não cessava. Não afugentou como eu gostaria quem quer que fosse.

NÁUFRAGA DO TEMPO: 1943 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora