| Capítulo 08 | HIRUMA

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| Náufraga do Tempo: 1943 |
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Kim Yuna (김윤아) — Yeon(연) (Saimdang, Memoir of Colors (사임당, 빛의 일기) OST - Part. 2);

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Capítulo 08 | Hiruma
(02 de abril de 1943 — terça-feira)
Quioto | Shimogyō-ku 🏷
✍🏻 NARRAÇÃO: ALMARA CASTRO

HIRUMA!!

Gritei sem ao menos perceber o que havia feito. Eu já estava com praticamente todo o meu corpo dentro daquela saída em forma de buraco. Somente as minhas mãos e cabeça estavam do "lado de fora" do túnel vertical.

Eu tentava criar coragem suficiente para começar a me "arrastar" até a suposta saída, quando ouvi a ameaça furiosa de Iwane. Claramente um aviso mortal ao jovem médico que agora corria risco de vida justamente por ter me ajudado. Talvez nem fosse realmente uma ameaça e sim uma sentença.

O general japonês certamente havia feito algum daqueles pobres coitados pacientes delatar a minha presença. Não deve ter sido realmente muito difícil convencê-los a dizer a verdade... bastava uma pergunta um pouco mais evasiva ou mesmo assustadora e pronto, alguém já teria me delatado. Não poderia culpá-los entretanto. Quem resistiria ao terrível general Iwane?

Agora que o general tinha certeza que sim, uma estrangeira e possivelmente uma espiã do inimigo norte-americano havia estado naquele lugar, a "Máquina de Matar" não iria descansar até que cumprisse o seu desejo: me aniquilar. Aniquilar todos aqueles que me ajudavam, todos que me escondiam. Aniquilar impetuosamente. Aniquilar Hiruma, a única pessoa que me ajudará até então.

O buraco em que eu estava formava um túnel escuro. Muito embora não pudesse enxergar praticamente nada, ele me pareceu suficientemente "reto" pelo caminho em que seguia, como se fosse um escorregador, um escorregador natural de terra. Estava bastante gelado e úmido. Terrivelmente escorregadio. Eu sabia que do outro lado devia existir uma saída, qualquer espécie de escapatória, pois um barulho horripilante de vendaval saía dele. Aquele túnel tinha portanto uma "outra ponta". E era exatamente naquele lugar fúnebre que estava a minha única salvação.

Eu estava imóvel. Sentia um terror que nunca antes senti. Sem coragem alguma para prosseguir, segurava com as duas mãos, uma de cada lado, as bordas daquele buraco. Eu precisava fugir imediatamente, mas não era capaz de me mexer. Prendia a respiração como se ela fizesse alguma diferença em meu esconderijo. Tremia tanto que nem imaginava ser possível um ser humano tremer da maneira em que me encontrava. Eu só pensava em uma pessoa:

NÁUFRAGA DO TEMPO: 1943 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora