| Capítulo 23 | FUTURO

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| Náufraga do Tempo: 1943 |
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Capítulo 23 | Futuro
(1º de Agosto de 1943)
Algum lugar de Quioto | Desconhecido 🏷
✍🏻 NARRAÇÃO: HIRUMA

A nossa velocidade ia se esgotando conforme o tempo passava. Estávamos consumidos pelo estresse, medo e fadiga física e aos poucos a nossa esperança também se extinguia.

Eu e Almara estávamos de mãos dadas correndo sabe-se-lá por quanto tempo em meio a um tiroteio absurdo, quando ambos olhamos quase esperançosos. Ouvimos um trem, sim, um trem...! Uma sequência de locomotivas que passavam por perto, visto que podíamos ouvir bem nitidamente o seu som entre os trilhos.

Sem pensar duas vezes, levei Almara até aquele som admirável. Não poderia realmente estar muito longe de nós, não. Após corrermos um pouco mais, constatei a nossa suspeita: encontramos o caminho dos trilhos que já tremiam devido a locomotiva que por perto percorria.

Não saberia dizer com franqueza se tiros diminuíram ou se havia sido o som do trem que os "abafara"... mas não permiti realmente dar-me esperanças. Afinal, as nossas vidas estavam mais do que em risco perigosíssimo naquele momento e qualquer prostração à boas expectativas poderiam ser o nosso fim...

As cenas que se seguiram foram impressionantemente rápidas: corríamos desesperados até nos aproximamos suficientemente dos vagões que chegavam com altíssima velocidade até onde estávamos. Eles passavam por nós um a um, incrivelmente insanos e desatinados. Sem pedir a devida permissão, segurei Almara pela sua cintura. Precisava dar-lhe um impulso que fosse suficientemente forte para que ela realmente conseguisse saltar (e entrar) naquela locomotiva em movimento. Não tínhamos tempo para falar absolutamente nada, então, mesmo que fosse realmente desrespeitoso segura-la assim de certo modo, eu só o pude fazer. A firmei fortemente em meus braços e a arremessei para cima. Literalmente. Almara pareceu tão pouco se importar do inesperado "abraço", visto que rapidamente entendeu o meu propósito. Esticou-se imediatamente e agarrou um metal da locomotiva. Logo após o meu "arremesso" ela já subia no trem veloz. Em realidade ela foi praticamente "levada" para longe após efetivamente se segurar. Com toda certeza teve alguma subluxação no ombro... no mínimo.

NÁUFRAGA DO TEMPO: 1943 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora