Alzheimer e vandalismo

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No dia seguinte

Senti meu corpo pesar, minha visão turvar. Quando finalmente acordei, estava desorientada, deitada em uma cama de hospital, meu crânio latejava.

─ Onde diabos estou? ─ exclamei, erguendo-me com pressa, imediatamente lamentando a dor latejante que percorreu minha cabeça.

─ Fique calma, você teve muita sorte ─ alguém disse, me ajudando a recostar na cama.

─ Quem é você? E... como diabos eu vim parar aqui? ─ perguntei, buscando respostas.

─ Você está em um hospital ─ a pessoa respondeu.

─ Isso eu já percebi ─ resmunguei.

─ Sou o médico responsável por cuidar de você. Logo, você vai se lembrar de como chegou aqui. Ah, antes que eu me esqueça, você tem visitas ─ o médico disse, e a porta se abriu.

Minha mãe, meu irmão, Beverly e alguns dos "losers" entraram pela porta, já que havia um limite de visitantes por dia. Minha mãe, que também era médica, soltou um sorriso forçado antes que o médico saísse do quarto, e assim que ele fechou a porta, ela começou a soltar os cachorros.

─ Você está louca, garota!? O que diabos estava fazendo naquela casa abandonada!? Não sabe que esses lugares estão caindo aos pedaços!? ─ não quis ouvir o resto e concentrei-me nos meus amigos, que pareciam um pouco envergonhados pela presença da minha mãe.

Alguns momentos depois, minha mãe saiu do quarto e pude ter uma conversa mais tranquila com meus amigos e meu irmão.

─ Então, a coisa te pegou, hein? ─ Richie comentou.

─ Não se preocupem, pessoal, estou bem. Afinal, desistir felizmente não está no meu sangue ─ declarei, olhando para meu irmão, que tinha lágrimas nos olhos.

─ Essa é minha irmã ─ meu irmão enxugou as lágrimas e sorriu.

─ Falando em hospital e tudo mais, como é que eu vim parar aqui? ─ perguntei.

─ Estávamos andando de bicicleta quando vimos a coisa te arrastar para dentro da mansão ─ Ben começou a explicar.

─ Conseguimos entrar bem a tempo, quando a coisa estava prestes a te atacar, mas o teto desabou, e... bom, acabei caindo em cima de você ─ Beverly explicou.

─ É, então nós... quebramos a porta e te tiramos de lá ─ Bill gaguejou.

─ Eddie e Stan trouxeram você até aqui, e ligamos para o seu irmão, que avisou sua mãe ─ Beverly disse.

─ Onde estão eles? ─ perguntei.

─ Lá fora ─ meu irmão disse, um pouco mais calmo.

─ Peça para eles entrarem, quero agradecer a todos vocês ─ sorri.

Agradeci a todos eles por terem me salvado, embora eu não pudesse realmente ser considerada uma "loser" já que não sofria bullying nem era antissocial. Ter uma aparência de usuária de drogas não contava.

O horário de visitas logo acabou, pois o médico os mandou embora para que eu pudesse descansar. Recebi mais um sermão da minha mãe quando ela descobriu a minha incrível aventura naquela manhã. Pelo menos não apanhei, já que estava toda machucada.

Logo, o médico retornou ao meu quarto.

─ Olá, Violeta Swan ─ ele examinou sua prancheta. ─ Agora vou precisar dar a você uma injeção ─ ele se aproximou.

─ EU DETESTO INJEÇÕES! ─ gritei.

─ Não vai doer ─ ele disse, tirando a seringa do bolso. Esse porra louca já estava preparado. ─ Dê-me seu braço.

𝐄𝐮 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐞𝐦 𝐈𝐭: 𝐀 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚! ─ ᴵᵗ ¹⁹⁸⁸Onde histórias criam vida. Descubra agora