Como não começar uma missão

1.2K 101 32
                                    

No dia seguinte

Finalmente, o dia se arrastou até o seu triste fim e nos encontramos deitadas, cada uma em uma cama no quarto, refletindo sobre a missão que estava prestes a testar nossos limites.

─ O chefe quer ver vocês no escritório dele agora. ─ Jack risonho entrou no quarto sem se dar ao trabalho de bater na porta, com um sorriso travesso no rosto.

─ O velho de terno nos convocou? ─ esbocei um sorriso irônico.

─ Sim, daqui a dez minutos. ─ Isa saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

─ Bem, vamos lá, então! ─ comentei, deslizando para fora da cama.

─ Estamos nessa, com toda animação do mundo. ─ Isa se levantou, acentuando a ironia.

─ Não nos resta outra opção, não é? ─ murmurei, enquanto abria a porta e encaminhava-me em direção ao escritório do tio Slender.

No escritório, deparamo-nos com a figura imponente de Slender, sentado atrás de uma escrivaninha. Offenderman estava ao seu lado direito, e a atmosfera estava tão densa que poderíamos cortá-la com uma faca enferrujada.

─ Já que estamos aqui, não percam tempo. ─ Dei uma pitada de sarcasmo à minha pergunta.

─ Garota mal-educada. ─ Offenderman interveio, sentado ao lado de Slender.

─ Obrigada, estou realmente preocupada com a sua opinião. ─ Sorri cínicamente.

─ Chamei vocês aqui para assegurar que não tenham esquecido da missão. ─ Slender interrompeu qualquer discussão. ─ E para garantir que estejam exatamente no meio do parque de Derry às dez da manhã.

─ Ah, ótimo! Então além de ser um desgraçado, o Pennywise também é uma mercadoria VIP que precisa ser encontrada no lugar certo e na hora exata? ─ Eu não podia acreditar no que ouvia.

─ Não estão aqui para reclamar! Agilizem-se. Têm apenas meia hora para chegar lá, então não percam tempo. ─ Slender parecia irritado.

─ Tudo bem, ninguém vai contestar isso. ─ Levantei as mãos em sinal de rendição e saí do escritório.

─ Antes de se perderem na floresta... ─ Offenderman chamou nossa atenção. ─ usem isso, com isso vocês podem teleportar. ─ Interrompi suas palavras com sarcasmo enquanto pegava os dois braceletes vermelhos que ele jogou pra a gente.

─ Ah, obrigada por essa informação tão útil. ─ Sorri de maneira irônica e saí, fechando a porta com força enquanto vestia a jóia.

─ Incrível, você não tem medo de nada? ─ Isa perguntou, com medo visível em seus olhos enquanto colocava seu bracelete.

─ Duvido que ele tenha o que é preciso para nos derrubar. ─ Joguei o cabelo para trás com confiança, enquanto caminhava em direção à porta.

Não demorou muito e já havíamos feito todos os preparativos necessários. Após meia hora de teleportação para lugares completamente aleatórios, finalmente chegamos ao parque de Derry.

─ Certo, vamos resolver isso de uma vez. Estou tão a fim de fazer uma cena à la Yandere com um taco. ─ Comentei, exibindo um sorriso e mostrando o taco de beisebol que havia encontrado jogado na mansão.

─ Calma, precisamos esperar o Pennywise. ─ Isa se acomodou em um banco, tentando manter a calma.

─ Oh, é verdade. Eu tinha esquecido desse indivíduo. ─ Uma hora se passou, e minha paciência começava a esgotar-se.

─ Caramba, esse sujeito demora demais! ─ Comecei a perambular de um lado para o outro, irritada.

─ Fique calma. ─ Isa tentou acalmar-me, embora também estivesse claramente entediada.

─ Peço desculpas pela demora. ─ Uma voz sarcástica e presunçosa ecoou atrás de nós.

─ Hein? ─ Virei-me para trás e vi o Pennywise em sua forma humana, acho que chamam-no de Bill. ─ Céus, quem é você, e o que aconteceu com aquele palhaço?

─ Podemos começar agora? ─ Isa questionou, estirando-se no banco, claramente entediada.

─ Sim. ─ Pennywise respondeu com um desinteresse evidente, lançando um olhar de desprezo na direção de Isa.

─ Espera! ─ Ela piscou os olhos e se ergueu abruptamente, logo se arrependendo de sua expressão entediada. ─ Este é o Pennywise desta história? ─ Indagou, surpresa.

─ Claro que não! Se ele fosse assim desde o início, eu já o teria pegado! O que, honestamente, é bastante óbvio. ─ Disse rapidamente, sem pensar, corando intensamente com minhas próprias palavras.

─ Não sei bem o que dizer sobre isso, mas... ─ Ele estava me olhando com seus olhos azuis, mas logo desviou o olhar para Isa. ─ Sim, sou o Pennywise, mas enquanto estiver nessa forma, podem me chamar de Bill.

─ Entendi. Mas posso fazer uma pergunta? ─ Com olhos brilhantes, dirigi a pergunta a ele.

─ ãm... Claro.

─ Posso tirar uma foto sua para provar que anjos existem? ─ Peguei meu celular.

Um silêncio prolongado pairou no ar enquanto eu esperava ansiosamente por sua resposta, e Isa mantinha um olhar que oscilava entre nós, com uma expressão que dizia: "Não digo nada, apenas observo." Até quebrar o silêncio.

─ Talvez seja melhor começarmos a andar. ─ Virou as costas para nós e iniciou a caminhada.

Enquanto perseguíamos aquele sujeito pela cidade inteira, eu e Isa mantivemos uma conversa silenciosa através de nossas expressões faciais. No início, ela me lançou um olhar que gritava "O que diabos foi aquilo que eu vi?" e eu respondi com um olhar de inocência que parecia dizer "Do que você está falando?". Isa, não satisfeita, revirou os olhos e me lançou um olhar acusatório que claramente expressava "A selfie com o anjo". Eu a respondi com um empurrão leve que o retribuiu, meu olhar agora transmitindo a mensagem "Não me empurre, garota!". Ela me encarou furiosa, sua expressão deixando claro "Você ainda não respondeu". Eu, por minha vez, agi como se não entendesse a pergunta, e Isa simplesmente rolou os olhos em desistência, transmitindo uma mensagem clara de "Deixa pra lá".

─ Agora só precisamos esperar. ─ Pennywise interrompeu nosso teatro de expressões, parando repentinamente em frente a casa do xerife, onde Henry Bowes estava.

─ Nós precisávamos esperar. ─ Corrigi, apontando para o xerife que estava entrando no estacionamento em seu carro.

─ Ele já chegou? ─ Ele pareceu surpreso.

─ Não, claro que não. Ele passou por aqui só para avisar que está chegando. ─ Isa respondeu com uma pitada de ironia, embora eu soubesse que ela estava inquieta por dentro.

─ Você usa ironia demais. ─ Pennywise observou com desgosto.

─ Ironia é multar um mendigo porque ele urinou na rua! ─ Isa protestou indignada.

─ Tudo bem, pessoal, chega de conversa fiada, vamos ao que interessa. ─ Interrompi o debate, posicionando-me entre eles.

─ Certo, vocês já prepararam suas mochilas? ─ Ele perguntou, suspirando.

─ Sim, mas quanto tempo vamos passar lá? Qual é o plano? ─ Perguntei, tentando manter uma abordagem educada.

─ Primeiro, não há plano. Vocês precisam se virar. ─ Pennywise cruzou os braços. ─ E em segundo lugar, têm meio dia para concluir a missão, senão se tornarão alvos dos creepys.

─ Mas meio dia não é muito pouco tempo? ─ Fiquei confusa.

─ alvos!? ─ Isa pareceu indignada.

─ Sim, alvos. E de todos nós de uma só vez. ─ Ele respondeu de forma incisiva.

─ Meu Deus, Penny. ─ Inventei um apelido na hora. ─ Tudo bem, chega de enrolação, vamos nessa. ─ Disse, saindo do local e sendo seguida por Isa. ─ Tchau, Pennyzinho.

Continua..............................................

🎉 Você terminou a leitura de 𝐄𝐮 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐞𝐦 𝐈𝐭: 𝐀 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚! ─ ᴵᵗ ¹⁹⁸⁸ 🎉
𝐄𝐮 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐞𝐦 𝐈𝐭: 𝐀 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚! ─ ᴵᵗ ¹⁹⁸⁸Onde histórias criam vida. Descubra agora