–Vocês poderiam me falara o que deixou meu irmão assim? – Pergunto para Jin e Yoongi.
Ver aquela cena me assustou, assustou bastante. Ver meu irmão mais novo encolhido na cama chorando, sendo consolado por Yoongi e jin vou no mínimo preocupante.
–Foi um ano depois que você e a mãe foram morar no Brasil. –Jin começou a explicar. – O pai teve quer ir em uma viagem de negócios, e deixou eu e o Tae com o tio Minho, nos primeiros três dias foram perfeitos. – Jin ainda fazia cafuné em Tae que suspirava tranquilamente durante o sono.
–Mas no quarto dia, a namorada terminou com ele, e então ele encheu a cara. Layla, ele bebeu muito, muito mesmo, ate se a gente respirasse incomodava ele. – Jin baixou o rosto e olhou para Tae, ele deu um leve suspiro. –Eu tinha ido a biblioteca, com o Yoongi.
–Quando nós dois chegamos, ouvimos gritos no andar de cima. – Yoongi começou a explicar quando percebeu que a voz de Jin começou a falhar. –Layla foi horrível, ouvimos os gritos de socorro de Tae e não podíamos fazer nada, a porta estava trancada. Ate tentamos abrir a porta a força, mas não conseguimos.
–Ouvimos barulho de pancadas e de coisas quebrando, mas o pior era os gritos de Tae. – Yoongi engoliu em seco. –Nos desesperamos quando o barulho parou, não havia mais barulho de pancadas, coisas quebrando, ate o Tae ficou quieto.
–Quando Minho saiu do quarto, nós dois finalmente podemos entrar, Tae estava jogado no chão em cima de uma poça de sangue, ele foi espancando ate inconsciência, Tae passou uma semana completa no hospital. Logo após isso, seu pai internou Minho em uma clinica onde ele foi tratado.
–Tae ainda faz acompanhamento psicológico– Jin tentou da um leve sorriso olhando para o mais novo. –Só que ele nunca mais voltou a ser como era, Tae odeia gritos e não suporta ver violência, meio que criou trauma.
Eu não consegui falar nada, apenas não sei o que falar, eles deveriam ter me contado antes, não? Me senti um pouco excluída da família por não terem me contado. Mas se tivessem me falado, iria culpar a mamãe por não esta por perto para cuidar de todos nós, sim, eu teria posto a culpa nela. Se não tivéssemos ido para tão longe, poderíamos ter ficado essa semana juntos, Tae não teria passado pelo que passou, tudo teria sido diferente se tivéssemos ido morar no outro lado da cidade em vez de outro país.
–Layla, para de pensar. – Jin me olha. – Conheço essa cara, você esta se culpando. Vamos dormir, esse dia foi agitado.
–Tá. – Respondo baixo. –Se quiserem tomar banho, aquela porta fica o banheiro. – Falo apontando para a porta do meu banheiro. –Vou pegar umas roupas para vocês dois.
–Você tem roupas que sirva para a gente? – Yoongi pergunta meio atordoado.
–Eu tenho mais roupas "masculinas" do que femininas. – Faço aspas com os dedos, para mim não existe essa coisa de roupas para homem o para mulher, são tudo roupas. –Também tem pizza e água no frigobar. –Digo para eles.
–Você planejava se refugiar no quarto? –pergunta jin
–Sempre querido irmão. – Pisco para ele.
Pego roupas que provavelmente caberiam nos dois, entrego para ambos. Não evito rir quando eles começam a brigar, para saber quem iria tomar banho primeiro. Yoongi acabou ganhado a guerra quando desceu a calça de jin, quando jin foi levantar a calça, yoongi correu para o banheiro e trancou a porta. Eu apenas ri dos dois, o clima tenso que ficou depois da conversa, começou a se dissipar.
(...)
–Bom temos uma cama de casal e um sofá de dois lugares. – Que eu acho que não é muito confortável para dormir. – Não completo minha frese em voz alta.
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história de uma suicida
RomanceLayla Rose Clifford vivia na Califórnia com seus pais e dois irmãos, Taeyhung e Seokjin. Com a separação dos pais, Layla viajou com a mãe para o Brasil onde ela morou a maior parte da vida. Problemas em casa e na escola, fezeram a garota desenvolver...