Judy Smith

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Nunca fui o tipo extrovertida que gosta de chamar a atenção, sou considerada fora dos padrões, por estar a cima do peso mas sempre fui confiante e centrada

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Nunca fui o tipo extrovertida que gosta de chamar a atenção, sou considerada fora dos padrões, por estar a cima do peso mas sempre fui confiante e centrada.

Apesar de sonhadora e romântica, nunca fui o tipo boba apaixonada, tive alguns relacionamentos e aprendi com eles.

Amo romances, mas não espero viver um conto de fadas.

A quatro anos me formei em arquitetura e após alguns estágios e especializações fui contratada pela Caffrey Construtora, a dois anos fui promovida a chefe de departamento e não poderia estar numa fase melhor da vida.

Até que...

- Bom dia Senhorita Smith, o Sr Caffrey pediu que compareça a sua sala imediatamente.

- Bom dia Adele, estou indo, grata.

Droga, será que fiz algo errado, ainda tenho algumas horas antes da apresentação de resultados mensal, claro está tudo pronto e dentro dos conformes.

O que pode ser... sou tirada de meus pensamentos ao esbarrar em alguém no corredor.

- Droga, olha por onde anda garota.

- Desculpe, mas não fui a única a esbarrar em alguém.

- Haaa... nem tenho tempo e paciência para isso... (o ogro sai reclamando algo que nem presto atenção)

Encontro a Adele em sua mesa, como de costume muito educada e simpática.

- Ola Adele.

- Bom dia Judy.

- Então quem era o ogro que acabou de sair daqui, mal educado esbarrou em mim e nem para se desculpar... idiota.

- Então Judy, você deve ter encontrado o fi... ( ela é interrompida pelo Sr. Caffrey um pouco estressado que já me esperava)

- Esquece, depois conversamos, vou entrar.

Entro na sala grande de paredes cinzas claro, móveis de mogno escuro, sofás de couro marrom com detalhes em bege, uma enorme mesa com uma imponente cadeira nos mesmo tons dos demais moveis da sala, em frente a janelas enormes que mostram boa parte da cidade, amo essa vista, e detalhe eu que projetei a sala.

- Bom dia Sr. Caffrey, desculpe a demora.

- Bom dia Smith, não se preocupe. Lhe chamei aqui porque preciso de sua ajuda em um novo projeto.

- Sim... em que posso ser útil.

- Estou contratando um novo engenheiro, ele não tem experiência administrativa (sinto uma pontada de tristeza em sua voz) na verdade ele não tem nenhuma experiência... (ele para, passa a mão na testa como se para acalmar ou buscar a paciência) - Trata-se do Neal... meu filho Neal.

Apenas abro a boca e fecho quando ele continua.

- Estou farto da vida que ele vem levando, irresponsável e desregrada. Preciso que ele se estabeleça, que aprenda, que tenha consciência que tudo aqui pertence a ele. Ele tem que dar continuidade ao legado Caffrey.

- Entendo Sr. Será uma honra auxiliar o Sr Neal. (#SóQueNão)

- Não irá auxiliar ele, eu quero que ele comece por baixo e cresça, não quero regalias ou facilidades por ser meu filho. Você é a melhor e quero que o ensine tudo, será superior à ele até ele ter o mérito de sentar na minha cadeira.

- M... mas Sr...

- Não Judy, sem mas... Você é capacitada e confio em você.

- Ok... e quando o Neal começa?

- Amanhã... e quero relatórios períodicos do desenvolvimento dele.

- Sim Sr. Caffrey.

O que aconteceu aqui? Como assim vou ser chefe do filho do meu chefe?
Ai meu Deus...

O filho do meu chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora