~ ǝzuo ~

254 14 2
                                    

Acordo com uns estalos médio violentos e logo vejo que era o Simão.

- Disseram-me que te viram falar sozinha com um gajo qualquer, quem era? - pergunta com um tom de voz agressivo.
- Ninguém que te interesse - respondo sem pensar muito e este ri-se com um ar irónico estampado na cara.
- Tu deves é querer apanhar uma porrada e ir parar ao hospital, tu e o teu amigo. É com aquele que andas a dormir, é?
- E se for? - mal acabo de proferir esta frase sinto uma mão pesada chocar contra a minha cara, logo coloco as minhas mãos sobre o local onde o Simão me deu um estalo para tentar amenizar a dor.
- Tu parece que não aprendes. Vou perguntar de novo, é com aquele que tu andas a dormir?
- Tu nunca vais saber com quem é que eu ando a dormir, nunca! - volto a sentir a mão dele na minha cara, mas desta vez acertou no meu lábio, logo de seguida trinco-o o que faz com que comece a sangrar. Logo a seguir levo a minha mão direita ao lábio para tentar estancar o sangue, mas sem sucesso.

- Isto foi por te armares em engraçada comigo. Já te disse que essa cena de te armares em engraçadinha comigo vai te correr mal, a ti e ao teu amigo. Quando descobrir quem ele é vai levar tanta porrada - ri num tom malicioso.
- Não te atrevas a fazer-lhe mal - levanto-me para o enfrentar, mas este empurra-me o que fez com que eu caísse sobre a cama.
- Se não o quê? Vais me bater é? - gargalha.
- Não preciso de descer ao teu nível para te pôr na linha, ou melhor para te pôr atrás das grades - ameaço.
- Vais te armar em corajosa agora? - volta a gargalhar - eu acabo com vocês os dois antes de teres tempo de fazer queixa à polícia, miúda. Tu podes andar a trair-me com ele, mas não sais desta sem ser morta. Bem, agora vou indo, porque ainda tenho muita coisa a fazer hoje, e encontrar o teu amigo é uma delas - ele vira-se de costas para mim e assim que tenho oportunidade agarro no comando da minha televisão e atiro-lhe, acertando-lhe na cabeça. Logo ele se vira e corre até mim, colocando as suas mãos pesadas em volta do meu pescoço. Começo a ficar sem ar e por isso começo a bater-lhe nos braços com as últimas forças que me restam, até que finalmente ele me larga e vai embora deixando-me sobre a cama em algumas dificuldades. Fiquei durante algum tempo deitada na cama a tentar ganhar forças para me levantar daquela cama. Assim que me senti com força para caminhar, levantei-me mudei de roupa e saí de casa.

- Já vou! - ouço a voz do Pedro do outro lado da porta do seu apartamento - Aurora... - levanta o seu braço levanto-o até ao meu lábio inferior que ainda se encontrava a sangrar. Abracei-o com todas as minhas forças e este correspondeu com um abraço igualmente forte.
- Eu estou farta disto, Pedro - digo a chorar, ainda abraçada a ele.
- Anda, vamos para dentro - puxa-me gentilmente para dentro do seu apartamento. Fomos até ao sofá e este ajuda-me a sentar.
- Já de manhã na marmelada? - fala o amigo do Pedro.
- Agora não Moura, por favor - ele aproxima-se de nós e agacha-se ao pé de mim.
- Então miúda, o que é que se passa?
- Foi o namorado dela - responde o Pedro por mim.
- Outra vez? Miúda tens de fazer queixa dele, olha só para ti.
- Desculpa - Pedro surrurra perto do meu ouvido e dou-lhe um leve sorriso.
- Eu vou sair para vos deixar mais à vontade, mas olha, qualquer coisa que precises podes falar comigo, okay? - abano afirmativamente a cabeça e este despede-se de nós os dois e deixando-nos sozinhos no apartamento.
- O que é que estás a pensar em fazer? - pergunta Pedro.
- Eu pensei bem depois disto de hoje e decidi que quero apresentar queixa na polícia contra o Simão, ele não ameaça só a minha vida mas também a tua Pedro, e eu não quero que nada de mal te aconteça - volto abraçá-lo.
- Nada de mal nos vai acontecer, eu vou agora contigo à polícia para fazeres queixa e vou te proteger dele, prometo.

Descemos até à garagem pelo elevador do prédio, entramos no seu carro preto com os vidros escurecidos e iniciamos a nossa curta viagem até à polícia.

- Pronta? - pergunta-me o Pedro à porta da esquadra.
- Sim - suspiro.

Entramos na esquadra e logo nos dirigimos ao balcão onde somos atendidos por um senhor que nos dirigiu até a um gabinete onde iria formalizar a queixa.

- Pode ficar tranquila que daqui para a frente nós tratamos de tudo e aconselhamos a que evite andar sozinha ou ficar sozinha com ele, visto que ele tem chaves de sua casa e que ele vai receber uma intimação para comparecer aqui na esquadra - estica-me a mão e dá-me um passa bem à porta do gabinete, onde estivemos cerca de meia hora, e logo de seguida repete o gesto com o Pedro.
- Muito obrigada - sorrio na direção do polícia.

- Pronto, o pesadelo acabou - abraçou-me.
- Será que isto era o certo a fazer, Pedro? Não, eu vou lá de novo retirar a queixa, não consigo fazer isto.
- Aurora, não. Não vais lá nada, tu fizeste o melhor para ti.
- Ter feito queixa só vai piorar as coisas, ele vai ficar possesso.
- Sabes o que é importante agora que fizeste a queixa?
- O quê?
- Mudar todas as fechaduras de tua casa. É importante para que ele não consiga entrar lá e fazer-te mal a ti ou à tua família.
- Como é que lhes vou contar isto tudo do Simão? Eles gostavam todos tanto dele...
- Tens de contar, é para o bem de todos vós.

Olá babez🧡Tudo bem? Espero que sim! Mais um capítulo e finalmente a Autora decidiu avançar com a queixa contra o Simão, já estava mais do que na hora ahm? Conseguirão estes dois ser felizes?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá babez🧡
Tudo bem? Espero que sim!
Mais um capítulo e finalmente a Autora decidiu avançar com a queixa contra o Simão, já estava mais do que na hora ahm?
Conseguirão estes dois ser felizes?

See you👋🏼

SHAWTY || Pedro MarteloOnde histórias criam vida. Descubra agora