SHAWTY || Pedro Martelo

~ sıǝs ~

Acabamos de chegar agora ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e temos cá os pais da Inês que nos fizeram o grande favor e sacrifício de faltarem umas horas ao trabalho para nos levarem para casa.

- Olá meninas, então e a viagem? - perguntou a mãe da Inês.
- Ótima mãe, para repetir - olha para mim e dá um ar de riso.
- Por essas carinhas foram rapazes aos potes - diz desta vez o pai da Inês.
- Nem por isso papi, a Aurora namora e eu ainda estou traumatizada com a minha última relação, por isso não - gargalhou e não exitei em fazê-lo com ela. Seguimos para casa da Inês onde iriamos descansar da viagem e depois sim seguiria caminho para minha casa.
Dormimos durante grande parte do dia, quando acordei a Inês já se tinha levantado e por isso resolvi ir procurá-la para me despedir dela.

- Bem amiguinha, vou-me embora - digo assim que a encontro.
- Já?
- Sim, a minha avó já deve estar preocupada comigo.
- Ah sendo assim, vai lá - fomos até à porta e ali nos despedimos. Fiquei um pouco de tempo à espera do táxi que havia chamado, e assim que lá chegou fui para casa.
Mal entrei em casa pude sentir um cheirinho a bolo de cenoura da minha avó.

- Mas que delícia de cheiro aqui nesta cozinha dona Augusta - disse assim que cheguei até à cozinha onde a minha avó preparava o bolo - já ia uma fatia - gargalho.
- Depois de uma viagem tu ainda tens cabeça para pensar em comida - gargalhar juntamente comigo.
- Comida nunca é demais, mas já descansei durante muito tempo em casa da Inês, por isso tenho direito a pelo menos uma fatia do teu bolo.

Depois de algum tempo a falar com a minha avó, subi até ao meu quarto onde comecei a desfazer a mala que havia levado para a Corunha.

Algum tempo depois de ter começado a desfazer a mala finalmente acabei e decidi deitar-me na cama, mas não durou muito porque ouvi a minha avó chamar por mim para jantar. Desci e quando cheguei à sala de jantar já toda a minha família se encontrava à mesa à espera que eu chegasse para darmos início à nossa refeição. Todo o jantar decorreu sem uma única palavra dirigida pelos meus mais, nem uma única pergunta sobre a viagem que acabara de fazer. Nada que já não me surpreendesse para falar a verdade, nunca se importaram muito com o que corria bem ou mal na minha vida e não era agora que se iriam importar.

- Sim obrigada, a minha viagem correu bem. Obrigada por perguntarem - não aguentei e falei.
- Aurora, agradecia que não falasse no meio da refeição.
- E eu, agradecia que agissem como pais normais que perguntam aos filhos como é que correu a viagem que fizeram. Ah pois esqueci-me que vocês não querem saber disso.
- Não admito que fale nesse tom - aumenta o tom de voz.
- Filho, não fales assim com a menina, por favor. Ela só quer que vocês lhe deixam um pouco de atenção - intervém a minha avó.
- Vó, deixa estar. Já estou habituada. Com licença - levanto-me da mesa onde se encontram os meus progenitores e a minha avó, cumprimento-a dando-lhe um beijo na testa e de seguida subo para o meu quarto.

Depois de estar algum tempo entediada no meu quarto resolvi mandar mensagem ao Simão para ele vir ter a minha casa.

Mi amor❤️

baby
estás ocupado?

Não porquê?

apetecia-me estar contigo, you know matar saudades

Em tua casa?

sim 😉
E trás boa disposição 😋

para já 😏
Até já ❤️

Depois de recebida a última mensagem do Simão, fui até à minha mesinha da cabeceira, à primeira gaveta onde tinha a minha roupa interior e vesti uma lingerie para receber a visita do Simão e por cima o pijama que já havia vestido.
Um quarto de hora mais ou menos depois a campainha tocou e desci a correr.
Quando cheguei até ao hall de entrada já a minha mãe tinha aberto a porta e parecia estar a massacrar o Simão com perguntas e por isso fui lá tirá-lo daquela situação.

- Pronto mãe, agora já pode libertar o meu namorado, porque temos coisas a fazer lá em cima - consigo observar a cara perturbada da minha mãe pelo canto do olho - temos de tratar da nossa viagem - digo enquanto puxo o meu namorado pela mão.

Quando subimos as escadas começamos um beijo lento e intenso que se prolongou até à parte de dentro do meu quarto, onde paramos o nosso beijo para que o Simão trancasse a porta para estarmos mais à vontade. Isso feito voltamos ao mesmo de à poucos minutos, mas desta vez já sobre a minha cama.
Quando já o Simão estava sem a sua camisola e se encontrava a retirar a minha o teu telemóvel toca.

- Deixa-me ver quem é - digo ofegante.
- Depois - fala igualmente ofegante.
- Pode ser importante - respondo - chega-me lá o telemóvel - o Simão acaba por se render, sai de cima de mim e pega no telemóvel que se encontra na mesinha de cabeceira mais próxima de si.

- Quem é este, Aurora? - pergunta desconfiado ao mesmo tempo que olha para o meu telemóvel que se encontra nas suas mãos.
- Este quem? Mostra - tento apaziguar as coisas.
- Este Pedro que continua a ligar-te insistentemente. Explica-me quem é que é este gajo, Aurora! - aumenta o tom de voz para mostrar que não se encontra feliz por ver outro rapaz ligar para a sua namorada.
- É...é um rapaz que a Inês conheceu na Corunha.
- Se foi a Inês que o conheceu, porque raio é que ele está a ligar para ti? Diz-me! - diz sem nunca mudar o seu tom.
- Ele queria o número dela e ela deu o meu porque não queria que ele a chateasse.
- Estás a mentir-me à cara podre Aurora - levanta-se, atira o meu telemóvel para a cama, veste a sua camisola e sai disparado batendo fortemente com a porta.

Pedro

Pára de me mandar mensagens e ligar, já causaste demasiados estragos, okay?
Vive a tua vida é deixa a minha em paz, obrigada.

Olá babez🧡
Tudo bem? Espero bem que sim!
Como vão as vossas férias? Espero que estejam a ser melhores que as minhas, acreditam que ainda não pisei areia este ano!?
De volta a Braga e à ciumeira do Simão, acham que esta relação dura muito? Acham que é possível uma futura relação entre a Aurora e o Pedro? 🤔

See you👋🏼