California.

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bitches broken hearts - tocando no fundo

O amor é uma droga extremamente perigosa, que te arrasta para a escuridão e isolação. É muito difícil tê-la, mas quando tem, ela acaba com você, te deixa de cabeça para baixo e você sente um furacão em seu estômago e a única luz que você tem, vai se apagando pouco à pouco. Eu sou Any, e vou te contar como o amor me deixou em pedaços, e agora estou apenas em osso.

Meu primeiro dia, na California Arts. Uma escola de talentos muito conhecida em Los Angeles, sinto que vou vomitar. Eu sou brasileira, e ao contrário do que muitos pensam aqui em Los Angeles... Não, sinto decepcioná-lo, mas não temos macacos pulando pelas ruas e não andamos pelados como índio, e não é carnaval todo dia, eu não sei nem sambar e o principal, nem todo brasileiro gosta de futebol. Eu tento encarar isso como um desafio. Minha irmã Thifany morreu, ela era viciada em drogas e teve uma overdose. A casa estava em silêncio o som ensurdecedor que vinha de seu quarto já não tava mais tremendo a casa, caminhei lentamente até o quarto dela, chamando por seu nome, e eu sentia que algo tinha acontecido, não estava normal. Ao
abrir a porta vi minha irmã no chão com sua boca suja, comecei a gritar pela minha mãe, onde meus gritos já não faziam mais sentido, mas eu gritei, gritei o mais alto que pude, eu gritei até perder a minha voz... Minha mãe se proibiu de viver depois disso, ela não queria mais sentir a presença de ninguém em volta dela, Thifany amava cantar... Ela sempre quis estudar na California Arts, sinto que não realizo apenas o meu sonho, mas também o sonho dela. Esta noite tive um sonho estranho, vivia em uma nuvem, e eu era um anjo, minhas asas cresciam e eu me sentia poderosa, ao mesmo tempo ouvia uma voz suave e calma  de um enorme anjo... Seu nome era Lilith.

mãe: Any, acorda! Seu primeiro dia de aula. Any! Any?. — Disse mãe de Any ao entrar no quarto. —
     Eu saí antes dela acordar, o mundo estava girando para mim, mas calma, eu deixei uma carta. Ela vai ficar bem.

California Arts era maior do que eu pensava, armários ao invés de segurar suas coisas, uma tela com GPS ao invés de perguntar aos monitores, esse garoto lindo ao invés de... O que eu tava falando mesmo?.

any: Ei, desculpa! sabe onde fica a sala 568?.
xxx: Claro, eu tenho aula nessa sala agora!. Quer vir comigo?. — Disse uma aluna que estava passando por ali. —
any: Por favor.
xxx: Eu sou a Sabina — Disse Sabina enquanto estendia a mão.
any: Legal, me chamo Any.
sabina: Any?. — Disse Sabina tentando pronunciar o nome.
any: Desculpa, a pronúncia é difícil para vocês aqui.
sabina: Muito difícil, você é de onde?. — Perguntou Sabina curiosa em relação à Any.
any: Brasil.
sabina: Ótimo, uma latina para apimentar as coisas. Vem te levo para a sala. — Sabina puxou Any levando ela para a sala. —

E então sabina foi a primeira pessoa que eu falei no meu primeiro dia... Mas calma! Ela não é a pessoa por quem eu me apaixonei. Ser nova naquela escola me dava o benefício da dúvida, eu poderia ser completamente diferente do que eu era antes. Aqui em Los Angeles, eu posso ser quem eu quiser e eu espero conseguir expressar a melhor versão de mim mesma.

Do estacionamento vinha um barulho extremamente insuportável de um carro e lá estavam eles, os garotos mais populares da escola: Joshua Beauchamp e Noah Urrea.
Joshua Beauchamp, chamado por Josh, teve 456 transas no ano passado, incluindo um homossexual de categoria 4 e um mendigo. Pois é, ele precisava muito transar, beijou 789 garotas, 790 se contarmos com um beijo que ele deu na mãe dele, segundo ele, estava escuro.
Noah Urrea, chamam ele de Noah, toca violão e qualquer garota clássica americana quer beijar e transar com ele, parece um vocalista de uma boyband de 2012, não faz o meu tipo, mas eu transaria no capô de um conversível bem caro e se estivesse bem escuro.
   Do outro lado da sala, estava Diarra Sylla, Heyoon Jeong  e Hina Yoshihara as Garotas mais populares e ricas da escola. Heyoon passou suas férias no Hawaii e voltou após saber que Josh, tinha traído ela com sua melhor amiga... Diarra. Mas os dois negaram o caso, Diarra é conhecida no bairro por que fazia conteúdos sexuais para a internet, fazia vídeo chamadas com velhos que lhe proporcionava uma grande quantia. Não julgo, faria o mesmo. Hina é a melhor dançarina da escola, ela realmente é boa. Tinham acabado de entrar na sala, Shivani e Sofya as garotas mais dedicadas e inteligentes da escola, elas conseguiram hackear a Nasa... Ai! eu não devia ter falado isso. Mas enfim, aos 6 anos Shivani ganhou 17 prêmios envolvendo estudos acadêmicos e sofya viajou por 26 países, em concursos intelectuais, adivinha? Ela ganhou todos. Eu passei o dia todo conversando com a Sabina, tentando entender como funcionava as coisas aqui. Não entendia nada, era tudo diferente da minha vida e eu me sentia trancada em uma caixa sem refúgio, sem saída, sem conseguir respirar ou me mover. Tinha acabado a aula de matemática, o que eu estava desejando, o professor tinha cheiro de batata.
   Fomos para o campo, e lá estava Heyoon, Hina e Diarra, as líderes de torcidas com seus pompons ridículos.

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