POV Elsa
Mérida entregou-me a espada do meu irmão que se tinha esquecido no castelo do Jack. Foi um dia exaustivo, por isso, decidi ir jantar cedo para ir para a cama cedo.
- Senhora.- chamou a Anna
- Anna, quantas vezes tenho que te dizer que me podes tratar por Elsa? Nós já fomos irmãs, certo?- perguntei
- Se queres que eu te seja sincera, acho que nunca fomos irmãs. Houve sempre uma divergência entre nós: eu não ter poderes e tu teres. Isso foi o que fez com que nos afastássemos uma da outra durante anos, mas depois voltamos a encontrarmo-nos mas não deu em nada, só piorou a nossa relação. Eu ajudei-te a superar os teus poderes, e eu quase morri por isso.- disse ela fria
- Mas e o beijo de amor verdadeiro que eu te dei?- perguntei
- Elsa, poupa-me. Tu naquela altura só tinhas uma relação íntima comigo. Tinhas o teu amigo Jackson mas ele só te vinha praticamente proteger do Breu.- disse ela
- Anna, porque estás a ser assim tão fria comigo?- perguntei confusa
- Porque eu sofri muito enquanto fui tua irmã. Não quero que aconteça o mesmo ao Hiccup. Ele é muito frágil e precisa de ajuda.- disse ela retirando-se.- Já agora, o Hiccup bebeu tanto que até caiu para o lado.
Eu apenas suspirei fundo. Resumidamente, Anna considera-me um monstro, tal como os outros. Eu cresci. Eu já não fujo do castelo só porque tenho medo da reação das pessoas.
- Obrigado, a tua companhia já não é necessária para mim neste momento.- disse tão fria quanto ela
Ela retirou-se de vez. Eu acabei com o meu jantar e pelo corredor, passei pelo quarto do meu irmão.
A porta estava semi aberta, por isso entrei e vi o namorado da Anna, o Kristoff Bjorgmané, pegando no meu irmão no colo e colocando-o dentro da sua cama.
Olhei de onde ele tinha pegado o corpo, e vinha da parede, com uma garrafa de uísque vazia e algum no copo.
Coloquei a espada do meu irmão em cima de um armário baixo, e isso fez com que o Kristoff notásse na minha presença.
- Elsa, nem notei a sua presença.- disse ele surpreendido
- Parece que virei invisível.- disse só para não ficar sempre com aquele ar melancólico
- Ele irá ficar bem. Foi só uma recaída.- disse tirando a sua única bota, pois o Hiccup é perneta desde os 15 anos de idade.
- Não foi só uma, Kristoff. Este último ano tem sido muito doloroso para ele. Ele não tem conseguido se controlar.- disse e escorreu-me uma lágrima pela cara
- Não chore alteza. Os seus pais não gostariam de vê-la assim.- disse o Kristoff vindo na minha direção e abraçando-me
- Então como é que queres que eu fique? Os meus pais morreram no naufrágio e só tenho a ele. Eu não o quero perder.- disse chorando
- Os seus pais gostariam que a rainha estivesse com esperanças para ajudar o seu irmão e que nunca desistisse dele. Elsa, precisa de ser forte, não pode mostrar sinais de fraqueza.- disse ele
- Obrigado.- disse e dirigi-me até ao meu irmão
Inclinei-me e dei-lhe um beijo na testa. Sai do seu quarto para ir para o meu quarto, pois estava exausta. Vesti o pijama e assim que entrei na cama, adormeci.
No dia seguinte acordei com os raios de sol a baterem na minha cara. Tomei um duche, vesti-me e fui tomar o pequeno, só que não encontrei lá o meu irmão, e ouvi barulhos de lá de fora, por isso decidi ir ver o que era.
Vi o meu irmão sentado num banco com uma rapariga loira de olhos azuis, com uma trança e roupas... a viking! Ela usava um top vermelho e uma saia de espinhos, com umas botas a viking.
Eu decidi aproximar-me para ouvir a conversa.
- Hiccup, vou direta ao assunto. Eu ouvi uma conversa entre os teus pais. Eles sabiam desde o início que tu irias ter poderes. Por isso é que quiseram ficar contigo.- disse ela
Acho que eles já iam a meio da conversa. Tenho que depois falar com o Hiccup sobre isto.
Eu sei que este não é o momento oportuno para pensar, mas veio-me á cabeça que talvez o senhor da Excalibur poderia ser a senhora ou o senhor Haddock. Como eles fizeram tanta asneira, qualquer um pensa que foram eles que armaram isto tudo.
- Porquê?- perguntou ele confuso
- Para terem boa reputação. A Valka nunca pode engravidar, por isso raptou-te porque és perfeito. Tu eras semelhante a eles e eles também pensaram na probalidade de poderes defender Berk.- disse ela
- Porque é que isto me soa que foste tu que inventaste isto tudo?- perguntou ele desconfiado
- Hiccup, estou a falar a sério.- disse ela séria
O Hiccup levantou-se do banco como se quisesse apanhar um pouco de ar. Notava-se pela cara dele que ele estava frustrado e cansado desta vida. Ele não dorme, ás vezes falo com ele e ele não ouve.
O clima estava a começar a ficar estranho, por isso chamei a Anna em sigilo de forma a que eles não ouvissem, e para que ela chamasse os outros com máxima urgência, porque o meu sexto sentido estava a falar.
- O que é que vieste mesmo aqui fazer, Astrid?- perguntou ele desconfiado
Astrid? Astrid é um bonito nome. Se é quem eu estou a pensar, ela deve ser da família Hofferson, uma das famílias mais conhecidas da história viking.
- Lá em Berk mal nos falávamos, depois de eu terminar contigo.- disse ele
- Hiccup, eu passei-te uma informação importante e é assim que me agradeces? Poupa-me.- disse ela
- Tu por acaso paraste para pensar que eu estou com a cabeça a mil? Não é fácil virar de viking para príncipe, e ainda por cima com uma história dolorosa pelas costas!- disse ele irritado. Os olhos do meu irmão começavam a ficar em chamas.
De repente um colar, que estava escondido, começou a flutuar. Era um colar de prata com uma safira bem bonita. Havia uma chama roxa dentro dela na qual eu acho que é a energia que a faz flutuar.
Ele estava a flutuar na direção do Hiccup. Os olhos dele voltaram ao normal num instante e fixaram-se na safira brilhante. A Astrid e o meu irmão entreolharam-se.
De repente, os dois tiraram as armas para fora. O Hiccup com a sua espada de fogo e a Astrid com o seu machado. Puseram-se em posição de ataque, como se um fosse fazer mal ao outro.
- Quem és tu?- perguntou o Hiccup
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não te escondas
FantasyÁs vezes, precisas de te expores para salvar o mundo... Mesmo que isso acabe contigo, tens de fazê-lo... Tens a chance de defenderes a ti e ao mundo, por tanto mal que nos fizeram... Os bons momentos não passam de uma miragem?... Ninguém tem o direi...