Chama acesa

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Ter uma vida sozinha e despreocupada era algo que eu valorizava, nada era melhor que a minha paz, a busca pelo mundo e as descobertas que minha alma trazia. Antes de conhecer Vitor Bongiovanni eu era apenas alguém que me permitia conhecer o mundo através de todos os olhos que movimentava todo esse hemisfério. Mas ele chegou e mudou minha vida. Nos conhecemos na faculdade, cursamos arquitetura. Nossa paixão era a mesma. E por isso compartilhamos o mesmo corpo e a mesma alma e desse fruto de amor nasceu Kauã. Era a forma mais pura de um amor que lutou muito para conseguir sobreviver a tantas coisas. E mesmo assim não conseguimos nos livrar de um destino frio e impiedoso. Vitor se foi em um acidente. E desde ai nada mais tinha tanto sentido a não ser seguir e dar o melhor a nossa luz mais forte, Kauã.

Me dediquei cada hora e segundo nesse projeto, virei a noite atrás de artigos, sites, até esgotar todos os meus recursos. Meu único objetivo era conseguir ganhar o prêmio e minha maior motivação era meu filho, vê-lo curado era minha maior provação.

– Meu kauã, te prometo, eu irei fazer tudo para conseguir te curar, eu prometo te dar o meu melhor. Por nós. Por ele. - me ajoelhei chorando ao lado de sua cama.

(....)

Hoje era um grande dia Ana reuniria todos os seu funcionarios da Binyapi para informar sobre o novo projeto que eles haviam acabado de conquistar. Os corredores já estavam repletos. E os burburinhos cada vez mais altos.

– Acho que agora sim vocês fizeram jus ao nome dos seus pais. – Marilia sorriu.

Ana desceu a escada e pediu silêncio.

– Hoje é um grande dia para nossa empresa. Fechamos um contrato com a Hold e os prédios da nova construção na Grêcia é nosso. Satisfeita mãe ? - perguntei sorrindo.

— Com toda a certeza que sim. Mais ainda ficará as pessoas que estarão trabalhando nessa obra e a geração de novos empregos. Isso é incrível – Monica tentou se aproximar da filha.

– Como fizeram para que todos participassem dessa maneira, digo, estão todos aqui reunido no salão eu nunca havia visto isso aqui antes? – Marilia perguntou curiosa.

– Bem acho que foi prometido algums doces e aumento de salarios. - Thomas se aproximou sorrindo.

– Não é bem assim - Ana resmungou. - Só precisou de um pouco mais de autoridade, ate porque ainda mando nisso aqui.

– Ana... - Thomas olhou para a amiga - Para de ser sem graça, deixa eu brincar um pouco, tira um pouco dessa seriedade toda ai. ‐ a repreendi.

– Bem já fiz minha boa ação né ? Agora irei trabalhar não tenho o mesmo tempo que vocês.

Ana se despede da mãe e da tia com um aceno e vai de encontro a porta.

(...)

Vitoria conseguiu concluir seu projeto na manhã de quinta, faltava apenas carregar o arquivo na página do concurso e aguardar a resposta que sairá na sexta feira a tarde. E o prêmio será entregue no sábado a noite. Tinha esperança que tudo desse certo e que se não fosse premiada pelo menos conseguisse algum emprego em uma pequena empresa.

Na noite de sexta feira, kauã ardia em febre, teve uma parada respiratória e Vitoria precisou leva-lo urgentemente na emergência. O desespero tomava conta do seu corpo, só em pensar em perder o homem da sua vida.

(...)

A construtora andava muito bem, mas Ana queria renovação. Disputar com outras construtoras era complicado principalmente quando não se tinha um arquiteto a altura da empresa. Enquanto Ana pesquisava sobre as atualizações do concurso da fundação Hally, eram dois predios comercias de 20 andares cada um. Um projeto em tanto para a empresa. E mereciamos ganhar essa.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora