– Ainda não estou acreditando que isso tudo aconteceu. Como você sabia que eu ia dizer sim? Como acreditou?
– Bem eu não tinha...
– O que faria se eu dissesse que não?
– Ia continuar pedindo, uma vez, duas vezes, milhares de vezes. - a abraçou.
– Até quando?
– Até que disesse sim... tá feliz?
- Extremamente sim!
(...)
– Porque será que o Thomas teve tanta pressa? Por que fez isso? Quer dizer? Será que ele fez achando que ficariamos mais tranquilas com ele?
– Não sei por que está pensando assim Ana. Eu acho que Thomas entendeu que estava apaixonado pela Julia e quis demonstrar foi só isso.
– Então tu acha que ele ama?
– Eu acho que ele percebeu isso. E como antes já a machucou tanto...
– Mais ainda assim estou chateada com ele porque se casou antes da gente. Eu queria ser a primeira.
– E o que isso importa? É só uma assinatura.
– Sim! É verdade, lindo mesmo é morar na mesma casa, partilhar a mesma cama, sentir sua presença enquanto durmo, e que seu rosto seja o primeiro que eu veja quando abrir meus olhos.
Ela tomou a minha mão e me levou a caminho de uma noite inesquecível. Seu cabelo cheirava a brisa da manhã, é algo que invade o nariz e percorre diversos circuitos mentais de prazer, como um veículo zero percorre uma pista oval. Como o cheiro dela. Não, não é algum perfume dela, aquele líquido em um frasco, mero coquetel cítrico ou adocicado demais e sem alma. É o cheiro dela que é incomparável. O silêncio predominou o momento. Sua mão direita livre, tão fria, pousou em minha coxa e em seguida entrou em minha blusa, me causando uma sensação eletrizante. Meu corpo estava quente e o dela também. Suas mãos pareciam que foram mergulhadas em um balde cheio de gelo, eu tive certeza assim que elas acariciaram meu rosto. Mesmo com certa dificuldade, um sorriso involuntário surgiu em meu rosto, eu já estava me deixando levar pelos seus encantos. Ela segurou meus cabelos e me beijou, me tirando o fôlego como se eu tivesse subindo as escadas, eu a ataquei, arrancando seus primeiros gemidos mordendo seu lábios e explorando seu corpo com a minha língua. Fiz ela arfar sem fôlego, Deixei que ela sentisse seu próprio gosto em minha boca e lhe dei um beijo ardente, recebendo elogios de que minha boca era quente. O livrei de suas calças e tênis. Sem julgamentos ela segurou meus cabelos e me beijou com o mesmo fogo de minutos atrás. Eu a ataquei, arrancando seus primeiros gemidos com sexo oral.
Era tão leve."Você passa a vida pensando que ninguém nunca será capaz de te dominar, até olhar para os lados com desinteresse e algo lhe prender o olhar. Ao piscar os olhos, o cheiro de bobagem te invade e seu autocontrole vai para os ares. Aí, quando você percebe, já é tarde demais, você está lá com os braços envolvidos em outra vítima do cupido e sequer sabe como chegou até ali."
Sussurrei, sussurrei e nada. Ela apenas observou as palavras saírem da minha boca, formando uma canção de fundo para o nosso prazer ser mais livre, a coisa toda estava fora do contexto. Eu estava inteiramente domada por aquelas mãos tão frias e delicadas a cada toque, aquele sorriso pra lá de branco e aquela voz suavemente rouca. E eu que jurei nunca me apaixonar novamente. Meus olhos estavam pesados, minha boca estava seca e uma sensação de estar nas nuvens predominava em mim. Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, não resistisse àquele encontro de desejos. O calor irradiado pelo seu toque moveu-se como uma onda, um tsunami de sentimentos não descobertos por mim, uma explosão de desejos. A boca dela estava na minha, sua língua percorria dentro da minha boca e me deixava zonza. Suas mãos puxaram o meu corpo contra o seu com delicadeza e ao mesmo tempo com uma violência sutil, e foi aí que me despedi de meu sutiã. A boca dela desceu para meus seios e os sugou de uma maneira que eu achei deliciosa, deixei que meu corpo se desmanchasse naqueles braços. Não conseguia pensar em nada, apenas sentir, sentia tudo e mais um pouco. Ela me deitou na cama e sua boca foi percorrendo todo meu corpo. Acariciou cada curva inclusive o clitóris, e massageou a minha intimidade, que já se encontrava molhada. Num movimento de entra e sai, passou a se deliciar com aquela carícia, me arrancando suspiros. Decidiu se aprofundar mais e começou a lamber ao mesmo tempo, eu, enlouquecida, gemia feito louca, apertando seus ombros, e ela me olhava, se divertindo com a situação.
Sentia medo misturado com prazer, e isso só aumentava o tesão. Eu a queria para ontem, ela me fez ir ao céu em alguns minutos que pareciam longas horas, respirei na curva dos seus ombros recuperando o fôlego. Afastei com minhas pernas fazendo com que ela se deitasse, me deixando totalmente no controle. Engatinhei até seu membro, deixando meus seios à mostra, mordi meu lábio inferior ao vê-lo fazer o mesmo, guiei minha boca até seu membro que pulsava de anseio e a fiz se derramar para mim. Até pegarmos no sono. Totalmente entregues, aquela noite negra acabava de deixar de existir naquele instante. Eu a amava e nada mais importava.

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Por Amor
FanfictionAte aonde você pode ir para salvar alguém que ama ? A que ponto o amor pode fazer você se esquecer de quem te fez mal para conseguir recomeçar ? Estão preparados para os desencontros e encontros de alma ? E sobre todas as historias mal contadas de...