Ultimo encontro

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– Ela está morta?

– Está sim!

– Agora todos precisamos depor.

– Ainda não consigo acreditar como uma assasina entrou na nossa vida.

– Ta insinuando alguma coisa Juliana? Nossa  vida está assim porque tive algo com a Patrícia?

– O que você tem haver com isso? Eu vivi na mesma casa que aquela assasina é por isso que digo. Mais você tem razão era uma funcionária qualquer nas nossas vidas.

– Ela entrou nas nossas vidas e tudo ficou destruído.

– Tudo bem. Já aconteceu.

– Vem Thomas vamos.

– Juliana precisamos colher seu depoimento.

– Não me esperem podem ir.

– Vamos ir embora daqui.

– Não vou com você.

– Não aceito um não.

– Já terminaram?

– Já sim!

– Ana estou indo ficar fora por um tempo. Precisará tomar conta dos negócios sozinha.

– Tudo bem!

– Boa sorte.

(...)

– Eu vou com você.

– Karina já disse que não precisa.

– Não vai sozinha.

– Patricia já morreu. Hoje é o ultimo dia que enfrentarei meu passado. Só preciso dar um depoimento e encerrar esse assunto. E nunca mais vou lembrar daqueles dias.

– Entendo amor. Mais prometa que vai se livrar dessa tristeza.

– Tudo bem! Até mais.

(...)

– Ontem a noite eu suspeitei que os dois estavam metidos em algo.

– Eu também mais tinha a doença da Nadia e não tive tempo de ir atrás disso

– Mais o que meu propio irmão fez? To tão envergonhada.

– E você acha que posso olhar pra minha própria cara? Olha o tipo de filho que criei. 

– Porque eles fizeram isso? Pra quem deviam tanto dinheiro?

– Jogos de cartas.

– O que?

– No início foram bem. Carlos comprou aquele carro pra você depois da cerimônia de casamento de vocês. Com o dinheiro das apostas.

– Ele disse que era dinheiro de trabalho.

– Mais depois começaram a perder tudo que ganharam. 300 mil reais. - Nadia escutava tudo atrás da porta.

– O que está dizendo?

– No fim seu marido chegou ao extremo de roubar a fábrica do próprio pai e seu irmão também me traiu jessica. Que filho eu criei. Que filho! - Nadia entra no escritório.

– Não vale a pena ficar triste por esse filho desgraçado.

– Nadia!

– Perdoamos tudo que ele fez até agora. Já chega! Se ajudarem eles saírem da prisão será por cima do meu cadáver deixem que ele apodreça lá.

(...)

– Agradeço a sua dedicação.

– Não foi nada!

– Ate mais senhorita Ana...

– Eu disse ao Delegado que não queria te ver aqui.

– Mais precisamos conversar.

– Eu não quero falar com você. Sou grata pelo que fez mais acabou.

– Iremos conversar agora sim. Ou farei da sua vida um inferno. Não te deixarei em paz. Nem que eu vá até o fim do mundo te acharei. Agora vem comigo.

– Primeiro solte o meu braço.

...

– Se a Patricia não tivesse te dado chá envenenado o nosso bebê estaria aqui. Você soube que ela matou o nosso Neném e me contou por telefone. Por favor olhe nos meus olhos. Estamos falando do nosso filho meu e seu. Ele não era importante? Achou justo que tivesse falado daquela maneira? Sem nenhuma compaixão? Como se fosse um animal? Era isso que era pra você?

–  Não me fale de valores Ana. Por sua causa todos souberam que eu era uma  prostituta.

– Não. Eu nunca contei pra ninguém sobre aquela noite negra. Tudo bem eu contei pro thomas que fiquei com uma mulher por dinheiro mais nunca disse seu nome. Thomas descobriu sozinho por culpa dele o nosso segredo foi revelado.

– No final todos ficaram sabendo. Todos. Eles sabem. Todos sabem. Não é mais segredo e está se espalhando como um vírus não vai parar nunca.

– Nós nos casamos Vitoria. Nos casamos.

– Queria não ter casado. Queria ter ido pra longe. Assim não teria importância mesmo você contando pra todo mundo.

– Não fale isso.

– Eu não sou uma qualquer. E agora todo mundo já sabe. E Kauã vai saber que a mãe dele é uma prostituta.

– Kauã vai saber que você foi uma heroína capaz de fazer de tudo pra salvar a vida de um filho.

– Nada apaga a vergonha que sinto Ana. Tudo bem digamos que eu tenha me perdoado e a você também. E o resto será que não vão pensar que dormi com alguém por causa de dinheiro?

– Isso é problema deles Vitoria. A verdade é você que não me perdoa por puro orgulho.

– É verdade! E se eu pudesse voltar no tempo faria tudo de novo pra salvar meu filho. Mais desapareceria. Quero que esse seja o nosso último encontro.

– E como você olha pra aquela mulher? Você olha e lembra que foi uma prostituta?

– Ela sabe.

– Você contou?

– Contei porque tenho uma alma limpa. Mesmo tendo feito que fiz, mais ainda tenho vergonha. Que essa seja a ultima vez.

– Você ama aquela mulher? - Ana a segurou.

– Se ainda tenho valor pra você não me procure mais.

(...)

– Filha!

– Oi mamãe.

– Precisamos conversar.

– Já sei papai fez besteira.

– Sim! Ele e seu tio não estão não Russia estão presos por ter feito uma burrada.

– Eu já sabia. Mais porque mentiram?

– Me desculpe seu avô ficou com med da sua reação.

– Tudo bem. Já estou acostumada. Mais não minta mais por favor.

– Não vou mentir Luna. Seremos sempre amigas e contaremos tudo uma pra outra.

– Sinto saudades da Gaia.

– Também sinto filha. Falta pouco pra ela voltar pra casa.

(...)

Cecilia chorava sem parar no quarto.

– Cecilia porque está chorando?

– Eu não estou bem mamãe. Kauã não vem mais e eu estou muito sozinha. Tia Vitoria naquele dia disse que falaria comigo mais vezes e nunca mais voltou.

– Não chore mais filha.

Ana saiu revoltada do quarto e destruiu tudo que você tinha de Vitoria em seu quarto. Pensava que tudo bem ela sumir da sua vida. Mais Cecilia era uma criança inocente que sofria todos os dias por suas escolhas. E Kauã também.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora