Saudades

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– Cecilia cadê você? - Ana procurou por todo o jardim e achou Cecilia sentada atrás de um arbusto chorando. - O que está fazendo? Brincando de pique esconde? - A menina não respondeu. - Então vou me esconder para você me achar que tal?... Huum já sei vamos brincar de cobra cega, vou buscar um pano e já volto.

– Nãoooo! Por favor fique aqui.

– Eu vou ficar se você der um sorriso. - Cecilia forçou um sorriso. - Entenda uma coisa, ninguém vai ter tirar daqui, a casa é tão minha quanto sua. Ficaremos aqui juntas não importar o que acontecer entendeu?

– Mesmo?

– Super mesmo! - Cecilia abraçou Ana. - E agora vamos brincar de que?

– De pique pega!

– Então está contigo. - Ana saiu correndo sendo seguida pela menina no jardim.

– Quem ta ligando?

– A Vitoria!

– Você não vai atender?

– Eu deveria?

– Hum rum!

– Oi Ana. Acho que precisamos conversar.

– No cais as 20 hrs.

....

– Oi Ana!

– Olá!

– Eu aceito você como é. Cecilia é sua filha. E eu jamais ficaria contra ela.

– Abriu o envolope?

– Não abri.

– Porque não?

– Eu não sou ninguém para abrir esse envelope, esse direito é só seu. Você já é mãe dela. Independente do resultado ou não.

– Eu não sei o que vai acontecer se eu abrir esse envolope Vitoria. Digamos que ela seja a minha filha. Não sei como você reagiria! E não sei como reagiria se não fosse.

– Eu disse que meu amor não mudaria.

– Eu não tenho certeza. Porque não aguento mais que você me abondone. Agora vc diz que fica comigo com tudo e se mudar de ideia? Como sei que não vai pegar as suas coisas e sumir de novo.

- Então acha que estou falando mentira?

– Não! você é uma mulher que foge quanso se sente insegura. Esse é nosso passado, coisas já aconteceram, e eu não sei se permaneceria comigo. Quando vou saber que não vai me abandonar quando a vida me trouxer outras surpresas? Você não é a unica que tem orgulho Vitoria. Estou cansada. Eu tenho que pensar em mim também.

– Ana... eu te amo!

– Não tenho duvidas que me ama. Mais isso não te impede de ir embora.

– O que eu faço então?

– Prove que não voltará a me abondonar.

– Como?

– Isso você vai ter que descobrir.

– Minhas palavras não basta?

– Não.

– Então não posso fazer nada se minhas palavras não bastam.

– Está dizendo que não pode fazer nada?

– Mais é verdade!

– Pense! O amor só é feito com palavras? Aconteça o que acontecer te amarei até o fim da minha vida. E é com você que quero está. Então pense.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora