Para que você viva

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Sai bem cedo no outro dia para ir até o hospital aliás era a vida da minha luz que estava em jogo. O amor supera todas as expectativas. Mais a aflição em meu peito ainda me causava um grande desconforto. Um doador. Esperança. Tudo ia ficar melhor. Era o que eu precisava acreditar.

Deixei kauã com dona Dora. E fui de encontro a Doutora Amelia.

–Bom dia Dra. Amelia. - apertei sua mão.

– Bom dia senhorita Castelli. Sente-se.

– Estou tão ansiosa para saber o que a senhora tem a me dizer. - eu a olhava apreenciva.

– Encontramos um doador compatível, aliás, uma doadora. Só tem um porém. Ela não é daqui de são paulo. Mora em Portugal.

– O que ? Portugal ? - exclamei assustada.

– Sim infelizmente não temos muitos doadores por aqui. E os que temos não são compatíveis com o kauãn.E essa senhora se mostrou bem solicita.

– Tudo bem Doutora.

– A unica exigência que teremos é que você consiga uma quantia significativa de dinheiro para realizarmos o procedimento. - engoli a seco. – Na verdade nem é só o procedimento em um todo. A doadora exigiu que se fosse vir para cá, precisariamos arcar com as despesas. Passagem de avião,Hospedagem, medicamentos para a recuperação dela e até mesmo do própio paciente.

– E de quanto a senhora estima que precisamos ? - falei apreensiva.

– Bem eu imagino que pelo menos 500 mil reais.

– Tudo isso ? - comecei a chorar.

– Sim, eu acho...

– Meu Deus aonde vou conseguir 500 mil ? Eu não consigo arrumar um trabalho. Nem em sonhos eu conseguiria arrumar esse dinheiro. - chorei desesperada.

– Se acalme senhorita Vitoria. É uma quantia que estou estimando, não posso saber o quanto pode ser realmente. Não posso afirmar.

(...)

– Eu não sei o que vou fazer Julia. 500 mil reais ? Como vou conseguir essa quantia ?- chorei ainda mais.

– Amiga você precisa ter calma. Vamos tentar fazer um emprestimo. Eu e o...

A interrompi.

– Não julia, eu não quero que vocês se sacrifiquem mais por mim, eu vou dar um jeito.

– Mais aonde você vai conseguir 500 mil ? Nem emprego você tem. É a vida do nosso menino. Deixe de orgulho.

– Não é orgulho. Vocês já me ajudara muito. Eu vou dar um jeito.

– Bella e o avô do kauãn ele é muito rico não é ? Porque você não pede a ele ?

– Aquele homem nunca me aceitou como sua nora, como você acha que ele aceitara meu filho como seu neto ? Ele nunca nos aceitaria.

– Mas porque você não tenta. Vá ate a casa dele. Abra o jogo.

– Não Ju, não acho que seja uma boa idéia.

– Vitoria - segurei suas mãos. ‐ por seu filho, faça isso.

Respirei fundo.

– Ta bem vou tentar.

– Isso mesmo. Meu vôo sai as 16, amanhã estarei por aqui. Nos vemos em breve.

[...]

Peguei um táxi e fui de enconto ao que mais temi a minha vida toda. Tomei coragem e bati na porta da mansão dos Bongiovanni. A mais conceituada familia nobre de São Paulo. Dono da metade de todas as lojas de utensílios e eletrodomesticos da área. Donos da maior construtora daqui.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora