Ao saírmos do quarto vimos os correderes em chamas, as pessoas corriam para fora tendando escapar do incêndio, não se via mais aquele alojamento grande e com o ar de poder, agora só se podia sentir a fumaça sufocando os pulmões, o fogo cubria todo o local.
Me paralizei, não conseguia me mover, os gritos das pessoas e as chamas criavam um cenário que não se poderia imaginar com tudo que ouvimos na escolas ou em qualquer outro lugar.
Olhei para Apollo sem acreditar no que vi, ele saltou no fogo! Tentei segura-lo mas não pude, mais uma vez me deparei preso por aquela figura que parecia ter saído de um livro. Não consegui pensar em nada naquele instante, seus cabelos pretos se destacavam nas chamas enquanto seus olhos cheios de confiança e coragem vagavam por entre o fogo olhando por cada canto.
Recobrei a coragem após alguns segundos e segui Apollo por entre o fogaréu. Os móveis de madeira já estavam quase em cinzas, as paredes de concreto eram pintadas pelo fogo, o piso de cimento coberto por foligem. Me perdi de Apollo, comecei a gritar o nome dele e a procura-lo. Quanto me aproximei de outro quarto ouvi duas vozes conversando, pareciam tão calmos como se já soubessem que o incêndio aconteceria, após alguns segundos Apollo apareceu do meio das chamas como se nada tivesse acontencido.
Quando finalmente conceguimos sair do alojamento, fomos recebidos com gritos, assobios, aplausos, mas eram de zoação, os novatos que conceguiram sair do alojamento foram recebidos por seus veteranos, com nada menos do que uma leve demonstração de que a guerra não é como dizem ser.
-O QUE SIGIGNIFICA ISSO?!- Alguém gritou após recebermos as boas vindas.
-Isso é o que vai se tornar seu dia a dia- Um dos veteranos nos azucrinou sendo seguido por gargalhadas dos outros soldados.
-Bem vindos à guerra!- Outro falava
-Vão ver como se chega ao outro mundo- Alguém dizia rindo.
- O que eles querem dizer com isso?- Um dos novatos falou o que se passava na mente de todos os ingênuos recrutas.
-Bem vindos nobres cidadãos, vocês são os heróis da nação ou melhor dizendo, os imbecis que irão morrer por ela- Falou o Capitão que sorrindo em desprezo recebia apoio dos soldados com risos e assobios enquanto ele terminava nossa calorosa recepção.
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A Culpa É Do Cupído
General FictionMarchamos para o bem do povo como os heróis da nação, ou ao menos era o de se esperar, mas a realidade não passa nem perto de um conto de fadas e nos atinge como labaredas de fogo, como uma lâmina, a guerra perfura nossos corações e almas levando mu...
