*Apollo on*
Não vou dizer como achei ele, estava com muita raiva para isso, mas ao que parece ele nem sequer sabia que hoje tinha treinamento... E vamos dizer que foi totalmente normal ver alguém todo suado em um beco.
E o cara de pau nem me agradeceu por chamar ele, bem que seja, consegui chegar a tempo.
Por um momento achei que iria levar punição por estar atrasado, isso sim não seria bom, quer saber esquece o que disse acabei de ver alguém que não queria ter visto. Não não não. Não chega perto daqui, já era, ele tá vindo aqui.
-Apollo venha comigo.
-Sim Senhor.
Ele nem sequer me chamou de soldado pra fazer isso parecer normal, se minha situação não tiver ruim, agora eu tenho certeza que tá pior. É nesses momentos que pergunto se ainda tô com sanidade e se deveria matar os treinos. Ele parou quando já estávamos afastados e se virou para mim.
-O Major quer falar com você na sala dele, siga o corredor e entre na primeira porta a direita- Ele falou curto e grosso.
-Entendi- Ele colocou a mão em meu ombro e sussurrou em meu ouvido.
-Despois quero falar com você- Ele se afastou e seguiu seu caminho.
Meu coração começou a bater rapidamente ao pensar no que me estaria esperando hoje.
Senti que ninguém me acompanhava ou observava, porém de qualquer forma se eu não fosse onde fui ordenado poderia ser considerado um fugitivo, e dada a situação isso era bem provável. Segui o corredor e chegando na primeira porta a direita, e de uma coisa eu tenho certeza, não é aqui que fica a sala do Major.
Peguei a maçaneta com cuidado, com um leve giro a abri e pude ver o interior da sala. Era escura e parecia não permitir o som sair muito para fora, mas eu não tinha escolha, então adentrei o local e me dirigi para o centro do cômodo onde havia uma cadeira com cheiro de ferro bem forte, a porta se fechou atrás de mim, agora eu podia ver a cadeira claramente e o sangue seco nela era bem visível.
- Fique aqui e espere pelo Major - Um militar falou depois da porta ser fechada.
Com certeza eu não estava em bons lençóis, dei uma olhada em volta, havia correntes, facas, uma pequena lareira, uma caixa no chão, materiais de torturas... É eu tô na maravilha de uma sala de tortura, o que viria em seguida com certeza não era algo bom.
A porta se abriu depois de alguns minutos, três militares armados entraram, um deles dirigiu a palavra a mim.- Sente-se - O major falou.
Me sentei na cadeira no centro da sala os dois militares ficaram cada um de um lado meu. O Major estava a frente e me encarava. Olhei ao redor e comecei a imaginar o por que deu estar aqui denovo.
-Precisava de tudo isso?- Falei quando voltei a olhar para o Major.
Ele foi até o fundo da sala, onde a luz quase não alcançava, e de lá trouxe uma cadeira.
-Não se preocupe não pretendemos fazer nada com você, mas com o que aconteceu da última vez, imagino que não esteja tão surpreso pelo nosso cuidado- Ele falou enquanto colocou a cadeira em minha frente, não tão perto, e se sentou.
Eu bufei um pouco e desviei o olhar.
-Eu só agi daquela forma pois estava sendo acusado de um crime que não cometi- Falei com um gosto amargo na boca.
-Sua inocência será discutida em outra hora, não é esse o motivo pelo que te trouxemos aqui.
Eu olhei confuso para ele, por qual outro motivo eu estaria ali? Ao menos se fosse para conversar sobre questões normais de guerra não precisariam ter me trazido aqui.
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A Culpa É Do Cupído
General FictionMarchamos para o bem do povo como os heróis da nação, ou ao menos era o de se esperar, mas a realidade não passa nem perto de um conto de fadas e nos atinge como labaredas de fogo, como uma lâmina, a guerra perfura nossos corações e almas levando mu...