Já estava ficando de tarde e nada de Apollo, o silêncio tomou conta do lugar, ao que parecia o treinamento tinha acabado. Provávelmente ele tinha desistido e tentado fugir, se for esse for caso eu nunca mais o verei. Não que isso realmente importasse, eu não o conhecia a muito tempo, apenas será mais difícil cumprir as missões sem um colega de quarto. Ninguém apareceu para me chamar, fiquei ali deitado enquanto o tempo passava, os sons dos metais das armas era o que começava a ocupar o silêncio, sem nenhum aviso prévio alguém gritava me tirando de meus pensamentos, mas logo me perdia denovo e denovo. O tempo foi se passando e já estava quase de noite, o silêncio tomou conta de tudo novamente, perdido na maionese não tinha noção do tempo, um barulho familiar me despertou de meu transe, alguém está batendo na porta.
-Soldado Asvard?
Me levantei e abri a porta.
-Sou eu Senhor - Olhei quem estava na porta, não o reconheci.
-O comandante exige sua presença na sala dele - Homem desconhecido.
-Sim senhor, irei imediatamente!
Fechei a porta do pequeno quarto de madeira e segui o homem desconhecido, ele parecia ser um cabo ou sarjento pela sua forma de agir, comecei a olhar em volta, não pude acreditar, os campos de treinamentos estavam tão vazios que nem parecia que há poucas horas atrás estavam cheios de soldados. Deveria estar acontecendo algo. Cheguei na porta da sala do comandante.
Me surpreendi quando o homem bateu na porta da sala pendindo permição para entrar, uma voz concedeu a permição, ele abriu a porta e logo após entrar eu entrei.-Com lincença.
Não tive muito tempo para olhar a sala mas sabia que era muito bem organizada e de uma estrutura forte.
Um homem com um uniforme impecável estava sentado atrás de uma grande mesa de madeira que estava lotada de papéis.-Eu sou o comandente Rogers - Ele falou.
Sua expressão permaneceu séria enquanto ele falava.
-Vejo que teve um ótimo currículo.
Ele revisou alguns papéis.
-Nenhuma resistência a aderir ao exército.
Percebi que ele estava revizando minha ficha.
-Quais são seus objetivos no exército?
-Servir ao exército e ao meu país Senhor.
Ele manteve um olhar firme em mim durante toda a conversa que parecia mais como um interrogatório.
Finalmente tive permição para me retirar, o homem desconhecido abriu a porta para mim, sai e ele saiu logo atrás.-Não se preoculpe o capitão é sempre assim - Homem desconhecido.
Me virei e olhei para ele.
-Desculpe a intromição mas o Senhor é de qual patente? - Eu perguntei confuso.
-Desculpe a falta de modos - Ele estendeu a mão - Me chamo Desvan.
Estendi minha mão e o comprimentei.
-Meu nome é Asvard - Respondi.
Ele riu e voltou o olhar para mim.
-Pode relaxar sou um soldado que nem você - Desvan.
Olhei para ele surpreso, ele não parecia ser um soldado normal.
-Você é da nova leva de novatos? -Desvan.
-Leva? - Asvard.
-É assim que chamamos os grupos de novos soldados - Desvan.
-Sim eu sou novo aqui - Respondi meio meio confuso.
Ele mudou sua postura ficando mais relaxado.
-Então ainda não jantou? - Desvan
-Não
-Sabe onde fica o refeitório?
-Não
-Então deixa que eu te levo lá - Desvan passou por mim me puxando junto.
-Vamos antes que a comida acabe! - Ele falou.
Desvan me levou até o refeitorio. Era uma tenda grande com umas 3 ou 5 mesas longas e estreitas, estavam praticamente lotadas, o cheiro da comida cobria todo o local e saia pela entrada e pela saída chamando aqueles que ainda não tinham comido. O cheiro era ótimo, estava morrendo de fome, Desvan me levou até onde ficava a comida, pegamos os pratos descartáveis, quando olhei a comida minha boca encheu de água, Desvan começou a se servir e eu fui logo atrás, tinha arroz branco com feijão e um pão para cada um.
O segui até um canto mais afastado no final da mesa onde não tinha quase ninguém.
Comemos e guardamos os pratos, saimos da tenda, tive a impreção de ter visto Apollo.
Continuei seguindo Desvan até os dormitórios.-Acho que vou indo qualquer coisa é só me chamar - Desvan.
-Então irei aproveitar bastante sua ajuda - Asvard.
Nos depedimos e cada um foi para seu quarto. Deitei em meu saco de dormir. A porta se abriu e vi Apollo entrando, decidi não perguntar nada, acabei dormindo.
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A Culpa É Do Cupído
General FictionMarchamos para o bem do povo como os heróis da nação, ou ao menos era o de se esperar, mas a realidade não passa nem perto de um conto de fadas e nos atinge como labaredas de fogo, como uma lâmina, a guerra perfura nossos corações e almas levando mu...