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Luke acordou zonzo. A primeira coisa que viu foi a cor rosa e se levantou rápido demais, fazendo sua cabeça doer mais.

— Cuidado para não desmaiar, amor. - Ouviu uma voz doce e melodiosa. Irritante. Ele abriu um de seus olhos e acabou vendo uma garota alta com um copo na mão. — Bom dia.

— Onde eu estou? - Franziu o cenho. — Quem diabos é você?

— O amor da sua vida. E você está na minha casa. - Ela estendeu o copo para Luke.

— Que ótimo porquê o amor da minha vida tem um pênis, é baixinho e tem olhos verdes. - Empurrou o copo de água, fazendo ele cair no chão e quebrar. — Exijo que fale quem é.

Se levanta e vai andando até ela, que se assusta e acaba ficando entre Luke e a parede.

— E-eu sou Beatriz, tenho 14 anos e pedi você... E agora você está aqui.. Na minha frente. - Ela levanta os dedos trêmulos e toca levemente o rosto de Luke, mas fora muito rápido porquê o Hemmings logo segura o pulso da garota e a empurra.

— Você é uma criança, tenho idade para ser seu pai! - Diz se afastando.

— Eu não ligo para isso, você é o amor da minha vida e eu sei que você me ama. - Ela sorri.

— Eu tenho um namorado, quase um marido. Você é louca ou o que? O Ashton vai te matar e com razão. Sabe a merda onde se meteu? - Ele começa a andar de um lado para o outro.

— Eu sei.

— Não, você não faz ideia! - Ele levanta o tom de voz. — A Deep Web não é um site de joguinhos sua criança idiota, você mexeu com duas das gangues mais perigosas e sequestro é coisa mais séria ainda. Se o meu irmão chega até mim você morre, sem se importarem se você é uma criança ou não.

— Mas isso seria crime. - Argumentou.

— Contra fatos não há argumentos. Eu trabalho há quase 15 anos com a Deep Web, eu sei bem onde cresci. Armamento pesado, drogas, sequestro, empréstimos, mortes, tudo isso faz parte. Eu sei bem que eles vão tem matar, mas se não matarem eu faço isso por você ser tão burra a esse ponto! - Socou a parede ao lado da garota, que se encolheu de medo.

— E-eu só queria que você me amasse...

— Eu sou gay entendeu? Eu amo o meu namorado, eu vou me casar com ele e pretendemos ter filhos. Quantas vezes você precisa ouvir isso, garota?! Puta merda a encomenda! - Se lembrou de Crystal e quis se matar. — Onde estamos?

— Como assim?

— Estado, país, cidade ou sei lá.

— Inglaterra. - Respondeu.

— Que ótimo, estou a um dia da casa do Mike. - Bufou e se sentou na cama. Seu humor estava tão péssimo que ele mesmo se perguntava se era ele ou outra pessoa.

Estava agressivo, talvez por ter sido sequestrado depois de avisado que seria e ameaçado. Lembrou de Michael e apertou o lençol em suas mãos, se sentindo mais fraco por pensar em seu pequeno chorando.

— Por que me afastou dele? - Perguntou em tom baixo, a encarando. Seus olhos azuis estavam cheios de lágrimas e somente uma conseguiu descer. — Por que deixou que ele sofresse assim?

— Porque ele ama a Crystal e..

— Não, ele não ama. Ele me ama e eu sei disso... Eu o amo também. - Mais algumas lágrimas descem e a menina se sentia cada vez mais culpada.

— Mas ele disse que a amava para todos. Acha que ele trocaria um amor de quatro anos por uma paixão passageira?

— O que você sabe sobre amor? Você tem no máximo 15 anos, pelo o que fez aqui agora está claro que você não se importa com ninguém além de você mesma.

— ISSO NÃO É VERDADE! - Ela grita.

— Se não fosse verdade você não teria me sequestrado. Teria ficado me admirando de longe porquê saberia que eu amo o Michael... E você não pensou no quanto eu sofreria ao ficar longe dele...

Deep Web » Muke ClemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora