Uma tentativa

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Entramos em uma rotina parecida de um casal, eu chegava em casa e o encontrava me esperando com o jantar pronto. Aquele comportamento de certa forma foi me cativando aos poucos, seu cuidado e atenção começam a desperta um carinho por ele dentro de mim. Eu estava com medo deste sentimento, pois sabia no que iria terminar. A preocupação era visível em meu rosto, tanto que um certo dia a Paula percebeu minha aflição.

Paula – Estou te achando preocupado, Luca. Está acontecendo alguma coisa?

         Ela sabia que o Ricardo estava morando comigo, mas nunca havia comentado sobre esses novos sentimentos. Preferi me abrir omitindo certos detalhes.

         Eu – Uns problemas sentimentais aí.

         Paula – Quer conversar sobre isso?

         Contei o meu drama, mas sem mencionar que a pessoa em questão era o Ricardo. Ela se compadeceu pelos meus sentimentos e me deu um abraço reconfortante.

         Paula – O que acha de sairmos hoje e conhecer corpinhos novos?

         Eu – Não estou muito no clima.

         Paula – Você vai sim, precisa de distrair. Entenda que se com esse cara não vai acontecer nada, então precisa arranjar um que faça acontecer.

         Suas palavras me fizeram refletir sobre minha situação. Eu não devia me privar de conhecer novas pessoas, já que nada iria acontecer com o Ricardo eu iria viver minha vida.

Eu – Eu topo.

Paula – Ótimo! Passo na sua casa as dez horas.

Nos despedimos q cada um voltou aos seus afazeres. Após o termino do dia eu voltei para casa para me arrumar. Enquanto escovava os dentes o Ricardo me olhava da porta do banheiro.

Ricardo – Vai sair com quem mesmo?

Eu – Com a Paula, ela insistiu que eu fosse a um jantar da família dela.

         Não sei por qual motivo omiti a ele que iria para uma balada, somente o fiz. Ele deu com os ombros e foi assistir TV. As 22h a Paula tocou o interfone. Me despedi do Ricardo que se limitou a um aceno. Paula e eu fomos a uma balada eletrônica, queríamos dançar até nossos corpos não aguentarem mais. 

Eu – Meu Deus mulher, você não cansa - disse tentando recuperar o fôlego.

Paula – Meu querido! Quando saiu para me divertir, eu me divirto.

Eu – Vamos pegar alguma coisa para beber.

No bar pedimos umas bebidas e ficamos conversando.

Paula - Tenta esquecer os problemas, aqui não é lugar para ficar assim.

Eu não havia percebido, mas meu semblante estava triste.

Eu – Tem razão, acho que fiquei assim porque faz tanto tempo que não tenho um relacionamento.

Paula – Não olha agora, mas tem um carinha ali que não para de te encarar.

Eu – Sério? É bonito? - falei assustado.

Paula – Ele é gatinho. Vou descrever ele pra você, ele é bem alto, branco, cabelo espetado, acho que ele tem olho azul, não dá pra ver direito....ah ele é bem fortão.

Paula – Ai...ele tá vindo aqui.

Eu – Nãoooooo!

Carinha – Oi, posso pagar uma bebida pra vocês?

O amor nos escolheuOnde histórias criam vida. Descubra agora