Scream - Survival 2

Ghostbusters!

A sacada se apresenta com um para-peito de uma arquitetura rústica, bem como a que o papa se põe para se anunciar. Mas não se trata de nenhum lugar "importante" culturalmente, ainda mais agora com a revolta presa na garganta dos estudantes diante da falta de atitude da diretoria da universidade, escondida atrás daquela sacada e de suas duas portas de vidro brilhantes. Ali há uma sala, grande, decorada com quadros representando os antes diretores da instituição, incluindo o falecidos Dean Addams, em lugar de destaque sobre a cabeça do formal Heitor, escondido e protegido atrás de sua mesa, que ostenta uma mini bandeira dos Estados Unidos durante a discussão que fica cada vez mais alta e energética.

- Você tem que fazer algo a respeito! -Ordenou Paul levantando a voz, assim que bateu com o punho sobre a mesa, que tremeu, quase fazendo cair uma fotografia da qual o Heitor a segurou num reflexo rápido, como se sua vida dependesse disso, portando um semblante de indignação ao jovem.

- O que quer eu faça, exatamente, rapaz? Temos uma equipe de segurança de primeira categoria, liderada pro Reese Wilson, uma profissional muito competente. Vocês estão cercados de proteção 24hrs, não entendo seu escândalo.

- Claro, uma segurança que sempre chega tarde demais. De que adianta?

- São incidentes, meu jovem. Não temos como controlar o que vai acontecer a seguir, o que podemos fazer, é nos precaver, e precaver vocês. Vamos estar distribuindo folhetos sobre a palestra de segurança e defesa pessoal que teremos até o final dessa semana.

- Até o final da semana, essa faculdade vai ser uma lista de obituário. Pra você é fácil falar, sentado com essa sua bunda gorda atrás da mesa.

O homem, diante da atitude "Mal Criada" e ousada, lhe encarou engolindo seco, retirando os óculos ao lhe apontar o dedo:

- Escute aqui, rapaz! Quem você pensa que é para falar assim comigo? Eu poderia expulsar você dessa universidade.

- Enquanto deixa um assassino solto por aí?

- Como ousa dizer isso?! Eu estou dando tudo de mim para manter esse lugar seguro.

- Está fazendo um ótimo trabalho, só tivemos quatro assassinatos, parabéns!

- Cuidado com essa língua. Esse é o mal de vocês, repórteres, gostam de falar, mas não aguentam ouvir.

- Me dê algo pra ficar de boca fechada.

- Isso é uma tentativa de chantagem?! -Demonstrou repulsa, como se estivesse horrorizado por seu caráter estar sendo duvidado, fitando o garoto de cima a baixo em desprezo.

- Não, senhor, é só uma cobrança. Do trabalho que deveria estar sendo feito.

- Vai me dizer agora como fazer o meu trabalho?

- O senhor deveria é ter ligado esse microfone há muito tempo e alertado os estudantes do perigo. Fazer um toque de recolher, colocar essa coisa em ordem!

- E espalhar o Pânico?! Não mesmo.

- Seria melhor do que deixar essa garotada desavisada, esse povo está prestes a morrer e você não está fazendo nada.

- Saia da minha sala! -Apontou para porta, em fúria.

- Não mesmo, me dá esse microfone agora! -Avançou sobre a papelada em ira, esticando os braços ferozmente, catando o objeto acoplado à mesa. Súbito, foi segurado pelo Heitor, que já havia levantado de sua cadeira num salto, apertando o garoto pelos pulsos.

- Larga! -Berrou o homem.

- Me solta, velho nojento! Eu vou ligar essa merda!

- Tire suas mãos disso aí, neste momento! Eu juro que vou fazer uma besteira! -O velhote chegou a ficar vermelho com a força que exercia segurando o jornalista revoltado, tentando a todo custo tomar o microfone das mãos dele. Paul era mais forte, mostrava os dentes urrando ao fazer força, estava para vencer o autoritarismo do coroa.