Capítulo 3

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Já fazia um pouco mais de um mês que eu e Nando ficávamos

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Já fazia um pouco mais de um mês que eu e Nando ficávamos. Não que não estivesse bom, era o que queríamos, em nosso tempo e nosso gosto. Fizemos alguns amigos juntos, saímos para os mesmo eventos juntos, muitas vezes de volta ao Bequinho. Fumamos maconha, até dançamos juntos. Não era surpresa para as outras pessoas saberem que estávamos juntos. Apenas ficando. Não com outras pessoas, mas entre nós, apenas. Eu não sabia por ele, mas eu não sentia vontade de ficar com outra pessoa.

As vezes ele era quieto demais, as vezes extrovertido demais. Amigo dos meus amigos. Ninguém reclamava. Thiago nos perturbou mais uma vez, mas Juan o pôs no lugar dele acompanhado de Rick. Não que seus olhares maldosos para Nando ou para mim, as vezes malicioso, tenha mudado. Eu não reconhecia mais esse garoto, ao qual um dia amei.

Nat havia ido para Belo Horizonte algumas semanas atrás e eu não me encontrava bem há alguns dias. Havia pego uma gripe que gerou outros problemas de saúde. Tomando remédios fortes fiquei um tempo sem sair, é claro que não deixei de ver o Nando. Algumas vezes ele até foi a minha casa. Com Nat e sua mãe viajando o Studio estava fechado por um tempo, meu tio e Juan trabalhavam. Claro que deixei Nando cuidar um pouco de mim.

Eu já não resistia mais ao seu toque, não que eu já tivesse resistido. Eu gostava demais de nosso tempo juntos, não só pelo sexo, nossas conversas eram divertidas e compartilhavamos gostos muito bons. Até certa noite, quando as coisas começaram a ficar estranhas. Eu não queria admitir para mim mesma, mas estava ali enraizado. O ciúmes. O vi com uma outra garota, ela estava abraçando ele, assim como fez com seus amigos. Mas a forma como ele segurou em sua cintura e a olhou de cima abaixo me incomodou. Não voltei para o lado dele, mandei mensagens dizendo que não queria incomodar nada e que estaria com alguns amigos. Sua única resposta foi:

Você sabe onde me encontrar Brubs.

Ele só me chamava assim quando queria me provocar. Por conta do destino filho da puta naquela noite. Thiago estava mal. Havia bebido demais e eu sabia como seus pais reagiriam se ele tivesse chegado daquele jeito em casa sozinho. Ou pior, com sua moto. Pedi que Juan levasse a moto, Thiago estava sem condições e quando me ofereci para levá-lo para casa, ele sorriu e me chamou de amor me puxando para um abraço. Senti o olhar de Nando em mim. Ele andava em minha direção e parou quando nos viu, voltando para onde estava. Sem nenhuma mensagem ou olhar. Segui com meu plano, levei Thiago para sua casa, entrando em silêncio sem querer acordar seus pais. O deixei na sala mas não saí antes dele segurar minha mão e me olhar com carinho. Aquele mesmo olhar que me dava quando dizia que me amava, amor não forte o suficiente para evitar que traísse.

— Me desculpa, Bruna. Por tudo.

— Não beba tanto da próxima vez, Thiago. Por favor.

Ele assentiu e se recostou no sofá. Dali a cinco minutos estaria dormindo. Caminhei sozinha para minha casa o vento gelado batendo em meus braços, reconheci o carro parado em frente a minha casa. Nando. Ele saiu em disparada antes que eu pudesse falar com ele, chequei meu celular e estava desligado. Ótimo.

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