Capítulo 10

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Hey
Atenção! O capítulo contém cenas de violência sexual e agressão física.
Por mais que seja ponto clímax para o desenvolvimento da história não recomendo para pessoas que tenham algum tipo de gatilho com esse tipo de tema.

Boa Leitura ♥️📚

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Não podia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo em apenas uma semana e justamente aquilo

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Não podia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo em apenas uma semana e justamente aquilo. Bomba atrás de bomba. Era muito para a cabeça. Primeiro o tio da Bruna, aquilo foi péssimo pra ela. Confesso que fiquei chateado por ela não me querer por perto. Isso passou, mas eu queria poder ter conversado para ela sobre a semana. Falei com Diego e isso me deixou irritado porque ele disse que eu já deveria ter contado tudo para ela. Justamente para não ocorrer o mesmo que houve com a Carol. Mas não, fui um babaca e resolvi sair na noite da morte do meu pai. Sabia que minha mãe precisaria de mim e eu não saberia falar com Bruna o motivo de eu estar mal ou chorar. Meu pai era meu melhor amigo, minha irmã era meu anjinho e a culpa daquilo tudo era minha. Eu precisava sair, fumar, beber, fazer alguma coisa que me intorpecesse. Acabei arranjando mais motivos para brigar com Bruna quando devia manter ela por perto. Ela era incrível e eu um babaca. Mas eu sabia que não daria para esconder pra sempre, só não esperava que fosse chegar assim. Quando a vi com os papéis e suas lágrimas, juro que meu coração parou e só conseguia pensar em como estava fodido e teria que passar por todo um inferno mais vez, mas foi diferente, eu não esperava aquela reação. Era óbvio que ela estava abalada, mas ela também fora muito forte.

Quando chegamos em casa depois do culto - que preciso dizer, havia sido maravilhoso em muitos sentidos - eu já estava mais calmo e estávamos silenciosos. Eu fazia aquilo mais para agradar minha mãe, nunca fui muito apegado a religião, mas meus pais faziam isso e nos ensinaram boas coisas.

Tirei minhas roupas e vesti apenas uma samba canção, Bruna estava tirando a maquiagem pra vir deitar também. Eu não havia guardado a caixa com meus documentos e a encarava agora que estava em cima da cadeira, meu peito sofria e doía pela perda do meu pai e da minha irmã, pelo que passei na prisão, e agora pelo medo de perder Bruna. E o bebê. Se ela se assustasse com tudo e encontrasse um bom advogado, poderia pedir medida protetiva e pelo meu histórico ela ganharia, eu teria que ficar longe dela e do meu filho. Ela não podia fazer isso! Que droga!

- No que você está pensando? - Ela me chamou atenção ao sentar na cama de frente pra mim olhando para minhas mãos.

Não percebi que apertava o edredom com força.

- Nada, só preocupado. Não pode me afastar do meu filho Bruna, entendo que possa ficar com medo, mas eu nunca faria mal algum com vocês.

Ela me olhou confusa e se enfiou debaixo das cobertas.

- Eu sei que não, eu confio em você.

Uma tonelada saiu de cima dos meus ombros com aquelas poucas palavras, peguei em sua mão e a puxei para perto beijando sua cabeça com carinho.

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