-Um pouco mais para a direita... Não, talvez um pouco para a esquerda -Comandava o João, pois o mesmo quis pendurar o quadro de uma paisagem Veneziana.-
-Rita, eu acho que está direito -O mesmo largou o quadro e afastou-se um pouco para poder examinar e acabou por concordar com a cabeça.-
Já se tinham passado algumas horas em que estávamos em mudanças, desde montar móveis, arrumar alguma decoração pelas prateleiras. O facto é que nem sequer tínhamos dado pelo tempo passar no meio de tantas brincadeiras e conversas francas.
-Acho que vou mandar vir uma pizza, não me apetece cozinhar e nem sequer tenho nada no frigorifico -Soltei uma pequena gargalhada divertida enquanto subia para cima das cavalitas.-
-Se quiseres eu posso mandar vir enquanto tomas banho -O mesmo voluntariou-se enquanto agarrava as minhas pernas.-
-Hum, parece-me bem para ser franca -Soltei uma breve gargalhada enquanto descia das suas cavalitas e subi até ao piso superior onde existia a casa de banho.-
Do armário retirei duas toalhas pousando-as sobre a sanita e depois de despir a minha roupa entrei no interior da banheira correndo as portas transparentes. Deixei que a água quente caísse sobre o meu corpo de forma a poder relaxar todos os meus músculos deixando que os pensamentos assaltassem a minha mente deixando-me fechada apenas numa bolha.
Até onde eu achava que isto tudo iria? Uma relação com um jogador de futebol, aparentemente tão conhecido entre os amantes e não amantes do desporto. Seria sensato continuar? Claro que sim, sua burra. Não deixes que as pessoas arruínem a vossa relação só porque ele é o centro das atenções! -O meu subsconsciente ralhava no interior da minha mente.
J O Ã O
Depois de encomendar as pizzas e as bebidas, escutei a água do duche correr. Posso confessar que me passaram muitos pensamentos pela mente. Não queria invadir a sua privacidade mas queria sentir pele com pele, calor com calor.
Decidi seguir o meu instinto e subi a escadaria em caracol até ao piso superior e então despi a minha roupa, ficando apenas em boxers pretos. Abri um pouco da porta da casa de banho sendo recebido pelo vapor que a água quente provocava naquele ambiente fechado. Percebi que a Rita estava mais uma vez distraída nos seus pensamentos e aproveitei a oportunidade para me juntar a ela, no banho.
Retirei o último pedaço de pano presente no meu corpo e abri a porta da banheira voltando a fechá-la. Abracei a sua cintura por trás sentindo o seu corpo molhado pela água quente contra minha pele.
-A tentação de me juntar a ti falou mais alto -Murmurei próximo do seu ouvido sentindo um arrepio percorrer toda a sua espinha e certamente não era de frio.-
-Muito espertinho, portanto -Escutei a sua gargalhada divertida.-
Virei o seu corpo de forma a poder ficar de frente para mim e uni os nossos lábios num beijo quente e necessitado. Senti as suas mãos delicadas puxarem levemente os meus cabelos e juntei-a mais a mim. Espalhei alguns beijos quentes e molhados por todo o seu pescoço enquanto as minhas mãos desciam pelas suas curvas lentamente de forma a poder decorar todas sem exceção.
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The boat of Venice | João Félix
Genç KurguUm barco, um lugar, duas almas. Conjugação perfeita para uma aventura inigualável.