Capítulo VIII

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"A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser."
- Sócrates

Henry Hopper

Meu dia certamente foi uma loucura, nunca pensei que poderia me cansar  só de dar entrevistas, foram exatamente duas horas e meia de pergunta e mais perguntas e graças ao pessoal da empresa consegui administrar todas elas. Quando viram o tanto de repórteres, eles liberaram o auditório do prédio para que eu pudesse responder as perguntas. Enfim estou na minha casa, exausto, ao menos deu tempo de ir comer alguma coisa com o Justin, tiro minha roupa e tomo um banho bem relaxe, deixando a agua quente aquecer meu corpo e relaxar todas as minhas células, fecho os olhos ao passar shampoo nos cabelos e por alguns segundos vejo toda a minha história passando em minha mente. Da minha mãe indo embora para todo o sempre e eu ficando completamente sozinho, dos oficiais me levando para o orfanato e todas as famílias problemáticas que tive que passar até finalmente encontrar os Hopper, dai em diante só tive a agradecer, por mais doloroso que foi pensar neles perdendo a minha guarda eu parei de reclamar no momento em que passei a noite em sua casa. E apenas agradeci, por tudo que tinha conseguido e hoje eu também só tenho a agradecer. Retiro o shampoo e desligo o chuveiro me sentindo revigorado, vou para o quarto e opto por apenas uma calça moletom cinza e nada mais.

Ligo para o Alex, avisando que a tarde não voltarei e peço que ele organize uma confraternização simples para amanhã. Assim posso comemorar de fato com o pessoal, o segredo para se ter um bom convívio é saber reconhecer as vitórias e quem nos auxiliou na caminhada. Ele me escuta e se anima com a ideia, sei que fará o seu melhor, e ele é realmente bom em confraternizações.

Após tudo acertado, me deito no sofá e ligo a TV, mas meus pensamentos não estão em nada que se passa no televisor. Passei o dia todo reprimindo meus pensamentos para não tirar o foco da grande conquista, mas algo não sai da minha cabeça, a reação de Lauren Campbell quando sua editora chefe derramou o líquido em mim. Seus olhos ficaram em choque olhando minha barriga, será que ela gostou do que viu? Mas, por que seu olhar não estava de cobiça e sim de espanto? Até parecia que ela havia lembrado de algo que não deveria, não consegui desvendar o que se passava em sua mente, afinal aquela mulher é terrivelmente perspicaz não deixou transparecer nada, e só consegui ver seu tormento, pois foi algo muito repentino e surpreso, porém ela logo se recompôs.

O que é tão assombrador para a maior CEO de Nova York?

Minha cabeça explode e não sei o porquê me faz querer descobrir o motivo, o qual a deixou assim. O que é isso tem a ver com você Henry? Também não sei! Apenas posso dizer que aquela reação me intrigou, seu olhar era tão fixo em mim e seus olhos repassavam pelo meu tórax, como se não acreditasse no que estava vendo. Será que ela se impressionou com o belo tanquinho? Não seja ingênuo Henry Hopper. Minha consciência esnoba! Inferno, tanta coisa para que eu me preocupe e eu vou ficar pensando na minha chefe barra sócia, passo minhas mão pelo rosto me sentindo realmente muito cansado. Relaxo meu corpo e deixo meus olhos se fecharem por minutos, preciso descansar só um pouco, acho que aqueles flashes mexeram com minha mente, me sinto atordoado. Me obrigo a relaxar e acabo pegando no sono.

Escuto um barulho estridente ecoar e remexer com a minha mente, aperto os olhos na intenção de fazer meu cérebro funcionar melhor, mas falho miseravelmente. Abro os olhos e vejo o criador do barulho insuportável, meu celular. O pego ainda atordoado e atendo a ligação.

- Alô?

- Henry? Você vem treinar hoje? (A voz do Sam ecoa do outro da linha.)

- PORRA CARA, você interrompe meu sono para perguntar de Droga de treino?

Dominados REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora