Capítulo XXX

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"Amar... é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser; é uma grande ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe". –Rilke

Henry Hopper

Já é domingo e não tenho notícias de Lauren, de acordo com Susana ela está voltando, mas não teve tempo nem de conversar, eu entendo que a situação é complicada, mas não poderia enviar uma mensagem para dizer que estava bem? Porra henry, você está ficando muito apegado a ela, não é como se ela tivesse desaparecido, ela avisou que não ia poder se comunicar. Sinto-me perdido, eu preciso contar para ela que aquele filho da Puta do Drake espalhou as notícias dela. Estou na recepção da clínica onde meus pais estão prestes a sair e meus pensamento não conseguem sair da Lauren.

- Meu filho, que saudade que eu estava de você. (Minha mãe corre ao meu encontro e me abraça.)

- Calma Dona Lívia. (Digo retribuindo seu abraço caloroso.)

- Eu estava tão preocupada com você meu amor, tem comido bem?

- Sim, mãe. Estou bem, mas quero saber da senhora, como está?

- Ah, eu estou ótim... (Somos interrompidos pela presença do meu pai, seu olhar está vago e seus olhos me olham com paixão, ele sorrir envergonhado e vejo lágrimas caírem dos seus olhos. Não digo nada, apenas abro um dos meus braços e ele vem e me abraça, ficamos os três sem falarmos nada, apenas entre lágrimas e sorrisos. Acho que no meio de tanta confusão, eles são o meu ponto de equilíbrio, me tiraram daquele inferno no orfanato e agora aparecem quando eu me sinto completamente perdido.)

- Me desculpa por tudo filho... (A voz sussurrada do meu pai faz meu coração acelerar.)

- Não tem que pedir desculpa pai. Eu que tenho que agradecer por me escolherem, eu amo vocês. (Digo sincero.)

- Nós também te amamos meu querido, foi a nossa melhor escolha. (Minha mãe diz soluçando e consigo sentir seu coração alegre.)

- Mas, vocês estão bem mesmo não é? (Questiono após nos separarmos do abraço coletivo.)

- Claro filho, seu pai está outra pessoa. E eu também precisava disso, não percebi o quanto estava tão cansada.

- Que bom mãe, fico feliz que tenham tido uma boas férias. (Sorrio) Agora vamos, pedi a Dona Laura para fazer uma refeição maravilhosa.

- Quem é Laura? (Minha mãe pergunta)

- A nova cozinheira de vocês.

- Não precisa filho já temos a...

- Eu estou bem financeiramente mãe, é o mínimo que posso fazer, aquela casa é muito grande para Maria arrumar tudo e dar conta de comida.

- Oh filho, você sempre se preocupando com a gente.

- Fique tranquilo senhor Kennedy meu desejo é que vocês tenham o melhor, é a única coisa que desejo. Agora vamos logo! (Digo pegando suas malas e saindo da clínica. Seguimos viagem tranquilamente, e eles me perguntam sobre tudo, parece que faz séculos que não nos falamos, eu conto sobre as grandes demandas na K.H e sobre o aniversário da Campbell, e eles ficam excitados ao ouvirem que terão convites. Após alguns minutos chegamos em casa e já somos recebido por Maria e Laura. Depois de muitas conversas fomos para a mesa almoçar.

- E então Maria, esse menino tem dado muito trabalho?

- Nenhum dona Lívia, ele não me deixa mais ir na casa dele.

Dominados REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora