Prólogo

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Henry

** Anos Antes **

-Você é um encrenqueiro menino, eu não quero você perto da minha família, nunca mais seu moleque. (Tudo que eu queria era que minha mãe estivesse aqui, aquele maldito AVC, se não fosse por ele, não estaria nessa casa com esses dois egoístas que só me adotaram para esse cretino se eleger e apresentar sua família perfeita. Sou interrompido dos meus pensamentos quando o homem de 41 anos calvo pega meu braço e aperta.) Você está me escutando seu moleque, você vai embora desta casa o mais rápido possível.

-Já está bom meu querido, (ele me solta e olha com desdém.) sabe como são esses monstrinhos. Damos uma casa para ele morar, um quarto, até roupa. E assim que ele nos agradece, procurando briga na escola. ( A mulher nojenta fala e nesse momento me lembro da briga, um dos meninos do último ano começaram a falar sobre minha mãe, que ela me deixou na frente do orfanato, pois não conseguiu olhar para minha cara, no momento não pensei em nada, nem mesmo na altura do tal garoto, a qual era duas vezes maior que a minha. Ganhei um olho roxo, porém ele ficou bem pior, já enfrentei coisa pior no orfanato e um garoto mimado não iria manchar a memória da minha mãe, não me lembro do seu rosto e nem de seus traços, porém a dona do orfanato me contou que ela fez de tudo para me manter saudável, sendo uma mulher solteira, pobre e com um filho e algo dentro de mim me faz sentir a sua presença, é inacreditável, porém há horas que sinto alguém me abraçando tenho certeza que é ela. Acabo o meu pensamento quando recebo a ordem para voltar ao meu quarto e esperar a assistente social que vai me levar de volta para o meu quase lar.)

Subo as escadas correndo agradecendo aos machucados por me ajudarem a sair daqui, tenho pena desta cidade se elegerem esse homem como seu prefeito, o famoso duas caras. Eu posso ser criança, mas já passei por situações horríveis nesses 9 anos e ficar aqui foi uma dessas. Arrumo minha mochila surrada, não quero e nem posso levar nada daqui ordem do seu careca lá embaixo, agradeço baixinho ao meu anjo da guarda por me tirar desse lugar. Escutei por muito tempo que deveria agradecer o favor que eles fizeram a um garoto favelado sem família, nem sei o que significa essas palavras. Mas, de uma coisa eu sei, isso não é coisa boa. Quando se é adotado você escuta que terá uma família, um futuro incrível é muito amor. O que tive aqui foi totalmente o contrário, meu jantar na maioria das vezes era o resto que eles comiam, pois já estavam gastando demais em uma escola cara para um órfãozinho e bondade tem limite. Olho o relógio em cima da bancada e conto os segundos. Falta pouco... O orfanato não é uma casa, não temos pais, porém lá eu posso viver com meus pesadelos sozinho sem dois patetas fingindo ser pais. Escuto uma batida na porta e vejo uma moça de terninho preto entrar ela me olha com pesar, como se fosse dar a pior notícia do mundo para uma criança. Mal sabe ela que é minha libertação. Ela fala algumas palavras de conforto e eu apenas concordo, pega em minha mão e eu vejo pela última vez a cara daqueles malditos cretinos. Obrigada anjo da guarda.

-----Nota da autora----

Amoras do meu coração, vocês já sabem o esquema da curtida e dos comentários não é? Então o que acharam desse prólogo? O que imaginam dessa história? Estão preparado????? Então segurem os cintos que vamos começar.
Aviso: A autora não se responsabiliza por homônimos em chamas, desejos incontroláveis e sonhos inimagináveis.

Atenciosamente Melinda Collins

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Atenciosamente Melinda Collins

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