O Amor do Canalha ( Suspenso De Postagens )

Dominic

Sabe quando você chega no seu ápice? Sabe quando tudo que acontece é simplesmente te odiar? Como eu poderia estar naquele alto campeonato da vida? Desde que Rachell fora embora tive a chance de enfim aproveitar minha vida ao lado da mulher que estava grávida de mim! Raynara se mostrava uma excelente pessoa ao meu lado, nunca nos aproximamos para que ela pudesse me dar! Toda vez que eu tentava alguma coisa, ela disfarçava dizendo ou fingindo alguma dor diferente. Comecei a estranhar a medida que tudo que eu fazia estava sendo engano. Estava parado de frente a sua casa em uma noite de quinta, passou o dia todo sem me ligar, esperava realmente uma reação sua durante o dia! Não obtive nenhuma. Fui sem nem ao menos dar a notícia, afinal eu precisava fuder naquela noite, estava enlouquecendo.
Tudo que eu tinha, todos os planos que planejei com Rachell um dia, foi parar na puta que pariu. Raynara não era quem era! Era um lobo disfarçado de ovelha! Na mesma noite, assim que entrei no apartamento de Raynara escutei gemidos. De início não estranhei, até que tudo que eu pude escutar era que aqueles gemidos eram dela. Raynara estava fodendo sem pena alguma com o único cara que eu um dia duvidei ser capaz, Gael! Ela estava sem barriga, não havia barriga, não havia amor, não havia nada além da mentira. Do lado em uma cadeira fui obrigado a constatar uma barriga falsa e ela aos gemidos! Quando me viu não teve outra chance ao não ser jogar seu veneno. Disparou tudo na minha cara e eu não tive se quer a chance de dizer nada. O burro foi eu!
Sentado naquele meu apartamento sem vida, me peguei lembrando das risadas que dei ao lado de Rachell. Me peguei lembrando o quanto eu era um fodido que encontrou por pouco sua salvação. Rachell era sem dúvida minha luz no final do túnel e eu não percebi. Ao invés de ajudá-la simplesmente deixei que ela fosse embora, e agora sem saber onde ela estava precisava de uma salvacao. A empresa Inter estava a venda! Não tinha cabeça, não tinha ideia de como levar tudo aquilo que construí a frente! Não tinha nada que eu queria naquele momento, se não aqueles olhos grandes e aquela boca carnuda me chamando de idiota. Peguei meu celular e liguei para ela, mandei mensagem e não tinha nada! Ela estava fugindo de mim. Eu não queria acreditar que um dia eu estaria chorando, e por mais que não quisesse admitir, sofrendo. Eu não estava tendo nada que me insentivasse a seguir enfrente, e por mais que aquilo doesse em mim eu estava no fundo do poço. Meu cabelo não era cortado, e tive que me acostumar com a aparência de idiota que eu assumi. Minha barba estava estilo lenhador, não quis ter o trabalho de aparar! Pra que? Ela estaria aqui elogiando? Ela estaria aqui para segurar no meu maldito cabelo enquanto a fodia sem dó? Não! Ela não estaria. Então não tinha rumo. Mal consegui escutar meu celular tocar, porém atendi.
_ Dominic...
_ Eu sei quem você é! Agora não muito, porém o mesmo babaca. – não sei muito bem quem era.
_ Eu te conheço?
_ Ah seu idiota, sou Kathe. Amiga de Rachell. – ouvi atentamente o que ela tinha a dizer! Marcamos de nos encontrar em duas horas! Antes eu tinha que me arrumar e ver o que o idiota de um advogado me propôs. Como poderia vender parte de minha empresa para uma mulher que nem o trabalho se dava de comparecer? Não mesmo. Exigi a presença da dona e caso não comparecesse não haveria qualquer acordo. Disquei seu número.
_ Foi resolvido?.- perguntei para Eduardo Fonseca o advogado de confiança.
_ Sim, senhor. Amanhã às oito horas da manhã ela está presente!. – e encerro a ligação. Pronto, ou essa misteriosa compradora comparecesse ou não haveria nada!.
**
Já estava lotado o café onde Kathe marcou de se encontrar comigo, pessoas rodeavam o local, pessoas que não ligavam nem se eu estava ali ou não! Percebi que eu era um nada naquele momento. Avistei Kathe entrar e a reconheci. Era a mulher em quem Rachell contaria onde estaria morando concerteza... Um pingo de esperança bateu naquele idiota coração!
_ Oi. – se sentou chamando o garçom.
_ Oi
_ Escuta, eu vou ser breve. – pediu um suco de laranja ao garçom e pedi o mesmo. _ Rachell tá sofrendo. – aquilo não é o que parecia.
_ Ah sério?. – perguntei me jogando na cadeira
_ Sério porra! – me xingou. _ Você precisa ir conversar com ela. Ela ainda te ama. – como amava? Eu tinha destruído tudo com palavras que eu mesmo não me perdoaria.
_ Ela não me ama. Ela me odeia. – disse por fim.
_ Dominic ela é minha amiga. – disse estalando os dedos na minha frente. Me assustando.
_ Eu não sei nem onde ela mora. Eu não sei nem quem ela ama. Ela ainda tem um filho de outro. – ela me fuzila com os olhos! Como poderia ser capaz de engravidar de outro? Como?
_ O filho é seu Dominic. E é uma menina. – eu teria surtido algum efeito se realmente fosse meu! Porém era de Ryan.
_ Sério? Deve estar agora se jogando nos braços de Ryan. – disse com ódio. Ela começou a gargalhar, me fazendo de mais idiota que podia. Eu sabia muito bem que Ryan e ela tiveram um caso, mesmo que por alguns instantes já tenha me pegado perguntando qual era a diferença entre eu e ele!?
_ Ryan foi enviado para outro país, porém pode ter certeza que ele não está com Rachell. – será que devia acreditar? Que merda, mesmo que não fosse realmente filho de Ryan eu acreditava que jamais poderia reconquistar aquela mulher, a única que realmente se mostrou confiante a mim. A única que eu fodi com a vida.
_ Onde ela está... – Aquela conversa durou um tempo com Kathe, ela me contou que Rachell estava indo bem no serviço, que a barriga crescia a cada dia e o sorriso vitorioso se elastrava no rosto! Me contou que a personalidade mudou horrores, e por mais que não quisesse admitir, me senti incapaz. Já era por volta das duas horas da tarde quando nos despedimos. Suspirando com o pedaço de papel nas mãos onde constava o endereço de Rachell, me senti um menino que realmente acabava de ganhar a primeira bicicleta... Porém estava certo que  em breve iria fazer uma visita! Ahh iria.