Rachell

597 34 12
                                    

Cheguei em casa sorrindo, o dia tinha sido cansativo porém produtivo. Eu não queria nem falar de como me sentia! Corri para cozinha e pedi para que Rubi preparasse um banho de banheira para mim. Necessitava relaxar um pouco. Amanhã cedo é minha ultrassom, onde eu poderia por fim saber meu pacotinho de amor. Eu já amava tudo que havia ali dentro, me pego pensando em como um ser humano como Levinsk poderia ter me mandado tirar um ser tão inocente daquele! Eu deveria parar de pensar em tudo que eu fazia, e pior em Levinsk.
A água quente da banheira me fez relaxar um pouco! Meu telefone toca e escuto a voz de minha mãe preocupada.
_ Oi meu pacotinho de amor. – ainda tentava me socializar com aquele jeito que apenas ela tinha.
_ Oi mãe!. – ela não tinha nem ideia de que eu não tava muito para papo.
_ Como tá seu bebê? Já descobriu o sexo? É menina?. – como poderia fazer tantas perguntas.
_ Está tudo bem mãe, vou amanhã saber o sexo!. – ela pareceu suspirar.
_ Quando vem nos ver? Sua irmã vai casar, da para acreditar Rachell?. – nem eu acreditei quando ela me disse.
_ Devo ir em breve mãe... – a conversa com ela não durou muito, pois logo já tinha inventado de ligar para Lara e contar a novidade! Desliguei o celular e saí da banheira.
Coloquei um roupão leve, peludo e quente! Olhei ao redor e a decoração que Mel e eu fizemos, ficou ótima. Ela insistiu em comprar uma cama redonda, disse que era louca com uma daquelas. Porém o apartamento dela não caberia, por isso não dei uma a ela de presente.

As cortinas brancas de renda, iam do chão ao teto dando sofisticação ao lugar. O closet foi praticamente cheio por Maik, ele tinha o dom para roupas. Sempre na moda!

Me deitei naquela cama e me deixei cochilar por alguns meros minutos, até que meu celular tocou! Número desconhecido.

_ Rachell Withers... – disse colocando o celular ao ouvido. Uma respiração pesada se fez ouvir do outro lado da linha.
_ Rachell. – não houve exatamente um fio do meu corpo que não arrepiou. Aquela voz! Aquela maldita voz... _ Me escuta eu... – antes que a ligação terminasse desliguei. Não queria ouvir ele, não queria nada dele. Muito menos sua explicação. O celular tocou várias vezes, até que coloquei no silencioso e uma mensagem de texto chegou!

Você não faz idéia de como estou! Me escuta.
D. Levinsk

Sim, eu não fazia ideia, e isso me mantinha de alguma maneira em alerta! Esse homem estava me tirando do sério!
**
As janelas salpicadas da chuva, que batia naquele sábado sem piedade alguma em minhas enormes janelas, deixou a ansiedade que me restava aflorada. A porta do quarto se abriu e aquele ser entrou pulando encima de mim! Maik quase teria me deixado  seu cotovelo me bater se eu não tivesse me desviado.
_ É hoje, hoje o titio vai saber quem é você. – falava com minha barriga. _ Isso mesmo, o tio tá aqui. – concordou como se meu filho tivesse perguntado.
_ Você vai deixar meu filho doido Maik. – disse me encolhendo olhando para ele. Maik sabia ser bonito!
_ Eu? Com uma mãe dessas eu desconfio de que eu tenha alguma coisa haver.- dei um tapa em seu braço enquanto ele me avaliava. _ Você tá bem?. – perguntou
_ Ele me ligou ontem. – ele franziu a testa, porém logo entendeu.
_ Você falou com ele?
_ Não exatamente. Desliguei na cara dele..
_ Você é impossível sabia Rachell?.- concordei gargalhando. _ E o que espera fazer ?. – perguntou indo em direção ao meu closet e pegando um vestido rosa claro, acompanhado de uma sapatilha.
_ Eu não sei Maik, tudo é tão confuso para mim. – e realmente estava sendo. Não queria que Levinsk tivesse aquela voz! Não queria que aquele canalha tivesse o poder de arrepiar todo meu corpo apenas em dizer meu nome.
_ Escuta bixa. – se sentou segurando a minha mão! _ Eu tô aqui. Por mais que seja difícil esse momento todo, quando o bebê nascer as coisas vão se tornar mais fáceis. – eu queria acreditar que um dia poderia viver. Porém não estava muito no meu controle.
_ Obrigada Maik. – disse abraçando.
_ Agora vai fazer uma maquiagem básica e corre! Tô ansioso para a sua ultrassom.
Me levantei e corri para o banheiro. Eu saberia o sexo de meu bebê, não estarei sozinha na consulta e melhor ainda... Eu estava me sentindo pela primeira vez forte! E tinha medo do viria a seguir.

O Amor do Canalha ( Suspenso De Postagens ) Onde histórias criam vida. Descubra agora