O Amor do Canalha ( Suspenso De Postagens )

Dominic

_ Irresponsabilidade dela. Como pode me fazer esperar tanto a esse ponto?.- estava aos berros naquela sala, a mulher estava atrasada cerca de quarenta minutos. Estava aponto de matar alguém ali dentro. Vi quando todos se viraram!
_ Esse não é o jeito certo de nós apresentarmos Levinsk. – eu não sei se foi o ar que faltou no momento ou se foi aquele par de olhos grandes, acompanhados logo abaixo por uma boca carnuda com tom de vermelho que fez as minhas mãos suarem e o coração acelerarem. Eu não poderia acreditar que aquele misto de sensações poderia acontecer em qualquer pessoa, e me odiei por perder a porra da voz naquele momento. Encarando-me firmamente estava ela, exatamente a única mulher que eu perdi! Rachell
_ Obrigada a todos por terem me esperado. O avião aterrissou alguns minutos e tive um problema ao encontrar um táxi. – disse fazendo o contorno da mesa como se eu não estivesse ali. Olhei ao seu lado e um homem a seguia, não pude deixar de notar que ele estava com ela. Mas que diabos ele estava fazendo com ela? Inferno.
Todos na sala sorriram e não disse nada, apenas olhava para ela com admiração. Meu avô não pôde deixar de mostrar total orgulho ao vê-la.
_ Ah senhora Rachell, que prazer reve-la. – comprimentou pegando em sua mão e a puxando para um abraço cordial.
_ O prazer é meu Senhor Levinsk. – ela estava linda. Esqueci de mencionar que a barriga já grande, poderia ser vista através do vestido que voluptava sua bunda. E que saudade daquela bunda!
_ Daremos início então?. – o advogado Eduardo que dera um abraço em Rachell anunciou. Me sentei incapaz de falar nada. Estava mudo, minha inteligência não pôde sequer ainda raciocinar oque acabara de acontecer. _ Após o anúncio da venda de sessenta e cinco por cento da empresa Inter Interpress ter serem anunciado a venda, minha patroa surtiu grande interesse em ter uma filial em Nova York. – apontou dando espaço para que vissem com deslumbre de Rachell ao sorrir. O batom vermelho, a boca carnuda e o sorriso me levava a loucura em qualquer momento.
_ Qual o propósito em querer ter uma filial em Nova York senhora Withers?.- vi meu avô perguntando. Vi quando de lado Rachell me olhou e se colocou a frente de toda conversa. Ela estava irreconhecível, não havia exatamente nada naquele momento que eu mais queria de que ela me olhasse. Desde que entrou não me mostrou surpresa, não teve nenhuma emoção, estava impassível.
_ Após várias pesquisas, cheguei a conclusão que a Inter em pouco mais de dois meses teve uma grande perda de funcionários, sem falar nos produtos que caíram de forma assustadora.- me olhou nesse momento e se dirigiu. _ E Senhor Levinsk, me impressiona o fato de ter sido um homem tão sério em negócios. – Enguli em seco. Então era isso? Ela queria agir como se não me conhecesse? Queria se mostrar uma pessoa que – ainda que não tivesse certeza- carregava um filho meu na barriga? Ok
_ Muitas das vezes, ficamos sem cabeça para as coisas senhorita Rachell. – me avaliou por um instante porém voltou sua atenção a todos na mesa.
_ Sendo assim estou disposta a pagar o valor no qual foi proposto. Claro, se o senhor Levinsk estiver de acordo. – sorriu em minha direção.
_ Como pode governar uma empresa tão grande, ainda morando em outro país Withers?.- perguntei encarando-a. Desafiando-a.
_ Ahh, tenho Maik. – olhou em direção ao homem que sorriu como um bobo apaixonado. Que merda era aquilo?
_ Pretende colocar um qualquer a dispor de todo negócio?.
_Ah Levinsk, fique sabendo que por mais que tenha quebrado a cara em algumas escolhas, aprendi a ser seletiva. – eu não sei por que, porém me senti afundar na cadeira enquanto o idiota segurava a mão macia de Rachell sobre a mesa.
_ Filho, pense nos princípios. – meu avô disse do outro lado da mesa. Não tinha ideia do motivo de Rachell querer comprar a Inter. Ela morava em outro país, morava em um lugar distante... Mais é claro, ela não queria a empresa, queria minha derrota!
_ A senhora parece ter aprendido bastante desde quando trabalhou aqui como apenas uma corretora. – Murilo que ainda se mantinha quieto mencionou.
_ Muito, e devo dizer que foi a melhor coisa que pôde me acontecer. – olhou sombria em minha direção.
_ Isso é ótimo, poder ter uma pessoa que entende de negócios é totalmente interessante para os negócios se estalarem.
_ Agradeço a gratidão. – disse virando a cabeça para ouvir o loiro cochichar em seu ouvido. Eu não teria me sentido um rolo ao ver aquela cena, mais que inferno ela sorriu como boba. E eu me senti um grande idiota por não ser a causa do riso.
A sala logo se transformou em uma conversa impossível de se entender, o murmúrio se tornou alto e vários discutiam no que poderia melhorar para a Inter com a nova proprietária. Não tive muita atenção em nada, meus olhos estavam em Rachell o tempo todo, estava mais mulher.
Aqueles braços compridos que me abraçou feliz meses atrás, estava agora gesticulando calmamente em direção a todos. Aqueles dedos, com aquelas unhas pintadas de vermelho que dias atrás segurava meu pau, estava agora pressionados sobre a grande barriga redonda. O corpo dela estava mais bronzeado, sua voz firme, seu cabelo estava ondulado e o perfume cuidando de cada canto do meu cérebro. O perfume de baunilha que ainda permanecia naquele corpo macio, continuava me matando.
Após todos se estalarem em uma conversa que não fiz questão, quarenta minutos depois todos cessaram e logo todos estavam esperando a resposta.
_ Então Levinsk, aceita fechar negócio?. – eu poderia ter dito não. Porém naquele momento aquela mulher linda, barriguda e desafiadora não era minha... E por alguma maneira tê-la perto de mim me traria alguma chance de algo que não teria certeza, um dia poder ter. Com isso disse me colocando de pé.
_ A empresa acaba de ser passado sessenta e cinco por cento para seu nome Withers. – estendi a mão para pegar em sua mão. Ela levantou confiante e o toque abrasivo de sua palma quente me deixou desnorteado junto a resposta.
_ Ótima escolha Levinsk. – sorridente assinou o contrato e me olhou de uma maneira que não pude decifrar, mais que eu queria nunca ter visto. Era um olhar de raiva, totalmente diferente daquele que me olhava um tempo atrás... Totalmente!
E naquele momento eu tive certeza de que:
- Rachell Withers seria minha novamente... Ou não me chamo Dominic Levinsk