Capítulo 4

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Esse capítulo é um dos meus preferidos :3 e a musica dele é exatamente apersonalidade de nosso personagem Ian.

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Minha resposta foi o mais obvio, eu precisava de dinheiro, então aceitei prontamente, e então começou uma sessão de treinos intensivos, que Carmem e Aurora se dispuseram a fazer.

−Porra, como uma garota consegue força suficiente para se pendurar em um negocio liso desses.

−Conseguem sim, é complicado no começo, mas depois você fará isso de olhos fechados.

O meu numero seria o pole dance, por mais que muitas garotas da casa o fizessem com facilidade, havia uma que era a atração principal que saiu recentemente por uma gravidez, e Carmem disse que atrações novas sempre eram mais bem vistas.

−Acho que as faixas são mais fáceis Aurora.

Aurora e Carmen ocuparam seu tempo em me treinar.

−Não Naty, este numero é meu, e Baltazar gosta de variações em suas apresentações. Como eu teria pouco tempo para o treino começamos a nos encontrar todos os dias após o trabalho, Aurora passou a ir trabalhar de moto para que não perdêssemos tempo.

Em meus primeiros dias de treino, os tombos eram constantes.

−Puta que pariu, Aurora se eu continuar caindo assim, eu não vou ter bunda para apresentar.

−Calma Naty, − ela se esbaldava de rir de meus desequilíbrios.

−Isso não é engraçado.

−Querida, tente jogar a sua força em seus braços, não em seu corpo.

−Estou dolorida, e pior tudo isso para servir de objeto sexual para homens.

Carmem me encarou com pesar.

−Naty, escute o que vou lhe dizer. –ela chegou próxima e fixou os olhos diretamente nos meus. –Não somos objetos, dançar é uma arte.

−Como arte?

−Assim como um pintor, ou um ator ou até mesmo um escritor coloca sua arte a mostra, nós usamos nosso corpo para atrair atenção a algo lindo, a arte arranca das pessoas aquilo que há de bom nelas, instintos emoções, e quando o fazemos usando nosso corpo mesmo que arranquemos os instintos mais primitivos e sexuais dos homens, estamos conseguindo nosso objetivo, isso é sim uma arte.

−Entendo. –realmente se observasse por esse lado, Carmem tinha razão.

Uma semana depois eu já me segurava no cano, e tentava ficar sem as mãos, usando a força de minhas pernas.

−Ela é boa e persistente. –Carmem disse ao observar meu progresso com alegria.

−Sim, ela é uma guerreira. –Aurora estava sempre me dando o apoio necessário.

Mais um tombo feio eu observei o chão sentei, e fiquei calada, observei minhas mãos vermelhas de tanta força que fazia.

Só conseguia pensar que o casamento de July estava chegando, e eu ainda caia muito e não conseguia se equilibrar por muito tempo, o que me deixava nervosa, mas eu não poderia desistir, levantei meu corpo do chão observei o cano, segurei firme, e tentei mais uma vez, e assim que consegui a força necessária, eu enrosquei as pernas em volta dele e soltei os braços.

Adorável DançarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora