capítulo 12

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A voz de Ian estava urgente do outro lado da linha, eu sabia exatamente o motivo.

− Então o que você sugere Ian?

“Quero te raptar!!!”

A oferta tentadora, mas tinha um problema, eu não estava na casa de July.

−Ian, eu te encontro em seu hotel.− tentei achar uma forma de despista-lo.

“Eu estou no carro, posso te pegar, passo aí em dez minutos.”

Ele não deu tempo de eu argumentar e desligou.

Droga! Eu tinha que correr, eu sabia que uma hora eu teria que contar a ele sobre meu trabalho, mas só a ideia disso me causava náuseas, eu imediatamente disse ao motorista ir no curso para casa da July, dei algumas sugestões de caminho a ele e logo estava na entrada do prédio e quando eu ia chamar ela pelo interfone, o carro de Ian encosta. Ele abaixa o vidro e eu vejo aquele sorriso de tirar o folego.

−Está tão ansiosa que não aguentou esperar lá em cima?

Eu fiquei tremendo e minhas pernas estavam falhas, girei nos calcanhares e fui em direção ao seu carro, me debrucei na janela.

−Uma carona?  – o encarei com um sorriso tentando disfarçar meu nervosismo.

−Entre, vamos ao paraíso.

Durante o caminho eu percebi um desconforto visível em Ian, ele também me escondia algo, o pior é que eu sabia o que ele escondia.

−E a noite foi boa? –não pude evitar a pergunta.

−Sim, aproveitável. - percebi que ele queria encerrar o assunto, mas insisti.

−Onde vocês foram exatamente?- eu encarei  sua expressão mudar, suas mãos apertavam o volante.

−Nada especial, saímos para beber e sabe sempre se acaba falando de trabalho. - “Sei”. Neste instante o meu sangue fervia, eu não sabia o que fazer, certo que só olhar uma dançarina não era algo como trair e ainda mais que eu estava mentindo a ele, queria resolver isto logo, decidi que teria que contar e logo.

Percebi que o caminho estava diferente, o encarei.

−Onde estamos indo? –perguntei temerosa.

−Não reconhece o caminho? −Olhei pela janela e vi que entramos no bairro nobre onde seu irmão residia.

−Vamos à casa de Gale? –conclui.

−Não, vamos à casa de meu pai, que, aliás, é minha também.

Quanta mudança.

Ele estacionou na garagem, assim que desembarcamos demos a volta na casa e entramos, Ian pegou minha mão e praticamente estávamos correndo em direção as escadas, subimos  e fomos ao seu quarto.

Adorável DançarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora