Um Pouco do Passado...

3.6K 224 45
                                    

MIA ON

Eu era apenas uma criança, quando descobriram que o meu corpo não era normal.

       Meus pais eram simples camponeses, que se apaixonaram e tiveram um fruto de seu amor.

       A criança, que se originou desse relacionamento, nasceu com uma rara coloração de cabelo. Uma cabelo branco como a neve.

      Como a cor do cabelo da menina se destacava, as outras crianças faziam bullying com ela, chamado-a de criança amaldiçoada.

       Seus pais, porém, não deixaram de amá-la. Pelo contrário, a amavam muito, sempre a ajudando quando precisava. Eram uma simples família, mas muito felizes e unidos. Uma felicidade ao qual se desejaria pela eternidade. Entretanto, todas as coisas boas, um dia, sempre têm de chegar ao fim.

       Certa vez, quando eu estava com 13 anos, eu estava voltando para casa após finalizar as compras no mercadinho. Mas, no meio do caminho, eu não havia prestado muita atenção, e um carro em alta velocidade estava vindo na minha direção.

        O mundo passou a ficar em câmera lenta diante dos meus olhos. Eu apenas fechei os olhos e cai no chão. Porém, nada me aconteceu.

      Lentamente, abri os olhos para ver o que tinha acontecido. Quando eu havia me dado conta, o carro diante de mim estava congelado. Todos ao meu redor cochichavam sobre mim.

      Numa tentativa de fuga, me levantei e sai correndo para casa. Subi para o meu quarto e me tranquei nele.

      Quando os meus pais ouviram sobre o acidente, voltaram o mais rápido possível e tentaram conversa comigo.

      Fomos para diversos hospitais para ver o que estava acontecendo com o meu corpo, mas todos não obtiveram respostas e as cirurgias para pesquisarem meu corpo eram muito caras e me davam medo.

      Foi nesse período, que um homem usando uma máscara e com uma cicatriz no pescoço apareceu diante de mim. Ele disse que me operária de graça desde que meus pais ajudassem em algumas de suas pesquisas.

      Claro que os meus pais aceitaram, porém algo não me parecia certo. Por que alguém ajudaria uma família sem nada para lhe oferecer ? Eu estava errada.

Durante cinco dias, o homem analisou meu corpo e fez experiências. No final, ele havia me transformando em um monstro. Tudo o que eu encostasse, se tornava puro gelo.

- Doutor, a pesquisa foi um sucesso! - disse um funcionário. - Com isso poderemos fazer a nossa pesquisa se tornar realidade.

- O que vocês fizeram com o meu corpo?! - gritei em desespero. - Você não disse que ia conserta-lo ?!

- E foi o que eu fiz. Eu o tornei muito melhor do que estava antes. Agora que eu tenho os seus dados, não preciso mais de você ... ou pelo menos era isso o que eu queria. O seu corpo parece ter uma habilidade muito peculiar. E eu ainda não consegui tirar todas as informações dele. Talvez, se você sofresse mais um pouco... - disse abrindo uma porta onde vi os meus pais mortos da pior maneira possível.

- Pai!!! Mãe!!! - gritei correndo na direção deles. - Seu maldito! O que você fez com eles! - disse entre lágrimas.

- Ora essa, me parece que você é esquecida. Não se lembra, de qual era o nosso acordo: seus pais me ajudavam na minha pesquisa em troca da cura do seu corpo.

- Que ajuda era essa que você precisava ? - perguntei temendo sua resposta.

- Eu precisava de duas coisas. Primeiro, dos órgãos internos de seus pais. Sendo eles os responsáveis por dar a luz a uma criatura que nem você, seus órgãos eram muito valiosos. Por isso eu os enganei e roubei seus órgãos. Esse dinheiro será usado como fundos da minha pesquisa. E segundo, de você. Não são muitas pessoas que eu posso usar de cobaia. Sem mencionar nas suas habilidades sobre-humanas. Só aconteceu da sua família ser o alvo perfeito para todos os meus objetivos.

Nesse momento eu caí de joelhos e fiquei pálida. Fortes emoções nasciam em mim. Eu nunca havia sentido nada igual. Medo, desespero, culpa, raiva...

Senti uma nova força em meu braço. Dominada pelas emoções, direcionei o braço no homem e disse:

- Você irá me pagar por isso! SHINEE! - disse atirando fogo pelas mãos.

O homem e a sala estavam pegando fogo, mas apagou- o de seu corpo com seus braços, que haviam se tornado lâminas.

- Muito bem feito! Esplêndido! Não precisa se preocupar com mais nada. Agora que os seus pais se foram, eu me tornarei o seu novo responsável. Teremos ótimos momentos no meu laboratório. - disse com uma voz diabólica.

- Eu não quero isso!!! Eu prefiro morrer a ter que ficar com você!!! - disse em um tom agressivo.

- Isso não seria uma coisa boa. - disse pensativo. Ele pegou meu braço, antes que eu pudesse reagir, e colocou uma algema igual a dele. - Com isso você não conseguirá mais fugir de mim. - disse me soltando. - Nos vemos na próxima. - disse saindo da sala.

Por causa do fogo, o lugar estava caindo aos pedaços. Tentei tirar os corpos dos meus pais mas já era tarde demais.

A polícia chegou mais tarde no local e me encontraram. Fui levada para interrogatório, mas devido à pressão que eles estavam colocando em cima de mim, congelei a sala e o policial. Por causa disso fui presa, sendo culpada pela morte do casal, dos meus pais.

Como os oficiais estavam com medo de se aproximar de mim, os superiores fizeram acordos e me mandaram para diversas prisões até que eu fui parar em uma prisão do Japão, a prisão Nanba.

Chegando lá, conheci a diretora e os supervisores, que discutiam quem seria responsável por mim. A diretora me olhava com pena e, depois de ver meus registros me abraçou e sussurrou:

   - Não se preocupe, nós cuidaremos de você. - disse a mesma, mas no momento não senti nada além de desconfiança.

     A conversa continuou e antes que chegassem a uma decisão, não me senti muito bem e fiz um pedido:

- Não lhes peço muito, mas me deixem longe de qualquer contato com as pessoas. Nunca mais eu quero que aquilo aconteça... - disse fechando os olhos e desmaiei.

A última coisa que eu lembro é que o chão a minha volta tinha congelado e os supervisores estavam em posição de combate. Depois disso, só vi um breu total a minha volta.

Mia OFF

Nanbaka: a nova prisioneira Onde histórias criam vida. Descubra agora