Uma noite gelada no Hotel Pássaro do horizonte

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  Eu me chamo Dave e estou em uma viagem para encontrar uma pessoa muito querida para mim, mas está tendo uma nevasca muito forte na cidade em que estou agora e os voos foram cancelados, então eu fiquei sentado pensando o que faria agora, eu tenho dinheiro para passar uma noite em um hotel, mas onde será que tem um hotel nessa cidade? Fiquei olhando o mapa da cidade pelo celular para ver se achava algo, mas acabei me atrapalhando todo.

Quando estava pensando o que ia fazer eu vi uma das funcionárias do aeroporto me chamando, ela era uma senhora de idade já, estava com o uniforme das aeromoças também, um chapéu azul e branco, com uma jaqueta e uma saia até os joelhos azuis, hum não sei se o que ela quer comigo, mas acho que ela é muito velha para ser uma aeromoça.

Dave: A Senhora me chamou?

Aeromoça: Sim, eu sou a Clotilde, aeromoça do aeroporto.

Dave: Sim eu sei, eu reconheci pelo uniforme, mas a Senhora gostaria de algo?

Clotilde: Bem eu vi você olhando o celular e por causa da nevasca todos estão procurando um hotel, eu sei onde tem um, mas ele fica um pouco longe daqui.

Dave: Ah, a Senhora pode me dar o endereço e eu vou lá.

Clotilde: Não gostaria que eu te leva-se? Eu estou terminando meu turno, eu poderia leva-lo sem problema.

Dave: Bem, eu estou sem carro mesmo, então acho que não tem problema, eu sou o Dave, tinha esquecido de me apresentar.

Clotilde: Bonito nome rapaz.

Essa aeromoça queria mesmo me ajudar, eu fico feliz com isso, mas ela é um pouco suspeita, eu percebi também que muitas pessoas que trabalham aqui estavam se oferecendo para ajudar de alguma forma o pessoal, então talvez seja o trabalho deles mesmo caso aconteça algo, ou só querem ser gentis, de qualquer modo eu esperei a Clotilde terminar o seu turno para irmos para o hotel, o engraçado que nem disse que estava procurando um hotel, mas como ela sabia que eu estava procurando no celular? Talvez esteja meio obvio pela nevasca que está caindo, acho que só estou exagerando.

Alguns minutos mais tarde

Clotilde: Já podemos ir rapaz.

Dave: Obrigado pela ajuda, aproposito como se chama esse hotel?

Clotilde: Se não me engano se chama Hotel Pássaro do horizonte.

Dave: Que nome diferente, bom espero que não seja tão longe.

Clotilde: De carro é rápido, vamos entre.

Eu entrei no carro e a Senhora acelerou muito, nem parecia a mesma pessoa que eu estava conversando agora pouco e nossa nem deu tempo direito de mim pôr o cinto e formos rápido demais podemos bater também, espero que ela saiba o que está fazendo.

Clotilde: Não se preocupe garoto logo chegaremos no hotel.

Dave: Só vá com calma Senhora, não quer que batamos, quer?

Clotilde: Não se preocupe com isso, as ruas são vazias a noite, eu dirijo assim sempre.

Isso me deixou bem surpreso, mas se ela está dizendo então eu espero não bater em lugar nenhum, pelo menos dava para ver algumas coisas da paisagem, o lugar não parece ter muitas casas, é uma área mais rural, então acredito que esse hotel pássaro do horizonte deve ficar no meio do nada, espero que eles tenham um telefone que eu possa usar também, o meu celular está nas últimas.

Não demorou muito mesmo para chegarmos, foi uma meia hora e nesse tempo eu tentei relaxar para esquecer que a Senhora estava descontrolada no volante, mas deu tudo certo no final e ela me deixou na frente do hotel, peguei minhas malas e me despedi, mas antes de ir embora ela me alertou de algo.

O Vale dos pesadelos 02Onde histórias criam vida. Descubra agora